Qual é o verdadeiro "valor" da Educação?
"Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada! Edmund Burke
*A história da Debora*
A Débora tem uma história muito interessante...
Aos 14 anos, moradora de uma comunidade carente no Capão Redondo, tinha como maior ambição na vida "conquistar o dono da boca". E não só conquistá-lo, mas ser a "Primeira Dama" - a principal.
E ela já até tinha traçado um plano mirabolante: sabendo que era bonita bastavam roupas curtas, maquiagem e gingado. Ela tinha, portanto, todos os ingredientes para a receita de sucesso. Faltava só melhorar um pouco mais o rebolado.
E para melhorar o rebolado ela treinava noite e dia "descendo até o chão". E só ia pra escola porque o pai ralhava se ela não fosse. Mas o que sabia o pai dela sobre a vida?
Pedreiro, semianalfabeto, só mandava a filha para a escola com medo de ela pegar barriga.
E então, num sábado, dia de sol em que a Débora estava na porta de casa "descendo até o chão pra treinar", o pai dela chega em casa e pega a “minina” naquela "semvergonhiça" sem tamanho! Arretado, tira a cinta pronto para arrancar o couro daquela desavisada quando uma vizinha interrompe: "Não vai adiantar, Zé... tem é que ocupar a cabeça da menina. Cabeça vazia é terreno p’ro diabo. Óh, só: ‘tão com um curso novo lá na escola e é de sábado. 'Tão ensinando inglês! Ponha a menina lá, Zé".
Pois foi isso mesmo que o Zé fez! Arrastando a bicha pelos cabelos, foi direto p’ra escola. E nem quis saber de que que era o curso. O objetivo era ocupar a cabeça da menina e tirar ela da vadiagem.
Pois a Débora esperneou, chorou, fez cara feia. Mas não teve jeito. O pai não arredou o pé e ai dela que faltasse nas aula de sábado! Pois ele entrou na escola e o professor voluntário disse que não precisava de nada não, nenhum papel e nenhum documento: só a vontade de aprender.
Ela entrou na sala, envergonhada e emburrada. Sentou no fundo, não se enturmou.
E o professor, Ricardo, todo simpático, colocou várias músicas e as foi traduzindo devagarzinho. E a Débora aos poucos foi cedendo: "caramba! Ela adorava aquela música! E era aquilo o que dizia a letra?! Muito legal entender o que as músicas queriam dizer!".
E no outro sábado, o espírito era outro. A Débora tinha aproveitado e separado várias músicas cuja melodia ela tanto gostava, mas da letra nada sabia. E foi ficando fascinada, e passou a prestar atenção no Professor Ricardo, que ensinava com tanta paixão. Na quarta semana, ele fez uma observação: "Débora, você tem um talento incrível para línguas! Muito bom mesmo. E ó, esse é só o começo".
E aquele dia fez toda a diferença na vida da Débora.
Depois de 3 meses, o professor Ricardo a convidou, sempre incentivando-a, a ser monitora da turma da tarde. E a Débora topou. E seu inglês era máximo. E na sua comunidade a Débora encantou: em vez de músicas de Funk e de descer até o chão, a Débora agora encantava a todos porque cantava em inglês.
E o inglês da Débora tanto avançou que abriu outra porta: o professor ficara sabendo de uma vaga de recepcionista bilíngue em uma empresa de Tecnologia, e perguntou para a Débora se ela não queria se candidatar. "O "não" você já tem. Não vai te custar nada tentar".
E a Débora tentou. E a Débora conseguiu a vaga. "E esse é só o começo!", Ricardo insistia. Era longe, ela pegava duas conduções, mas o mundo que se descortinava diante de seus olhos era muito mais colorido... e imenso. E conseguiu morar perto do trabalho, porque conheceu uma amiga na empresa que também morava longe... e uma coisa foi levando a outra.
E desde então, a Débora nunca mais parou. Porque era muito dedicada, conseguiu uma bolsa integral da empresa para cursar a faculdade. E, outra oportunidade, ela agarrou.
Em resumo: A Débora hoje é professora de mestrado em uma universidade no Canadá. E tudo o que ela precisou foi de alguém como o professor Ricardo que olhasse para ela com outros olhos e que acreditasse nela, que mostrasse outras rotas, outros caminhos e todas as possibilidades que ela tinha de ser ela mesma.
E hoje, sempre sorrindo, a cada semestre, lembra aos seus alunos "E esse, é só o começo!".
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"O importante não é o que fazem do homem, mas o que ele faz do que fizeram dele"
Jean Paul Sartre
E eu fico pensando... quantas “Deboras e Ricardos” existem por aí? E quantas mãos podem ser estendidas para que se formem essas correntes?
E no meio de tantas reflexões, um dia parei e me perguntei: O que EU faria se pudesse? Porque o Ricardo só deu uns empurrõezinhos, certo? As aulas voluntárias, umas indicações, caminhos possíveis. E a Débora então teve acesso a universos que muito provavelmente ela não conheceria se não fosse o Ricardo...
E então me pergunto e pergunto a quem encontro: o que você faria se pudesse?
E se houvesse uma forma, um jeito, de fazer com que as "Déboras e Ricardos" desse mundão de meu Deus pudessem se encontrar? Como vencer distâncias, obstáculos, encontrar saídas? Simples maneiras de conexão, mas que descortinariam um novo mundo possível?
E diante de mim surgiu um mundo de possibilidades porque me dei conta de que sim, eu podia.
Consultei uns amigos, construí algumas “correntes” e coloquei os planos em marcha. Várias dificuldades surgiram, claro... mas o sonho era maior, era imenso e eu não podia simplesmente passar por essa vida sem tentar, não é? Eu fiz porque eu podia.
Fundei a Agência Secreta DChain.
Se quiser saber mais, me chama no privado e eu te mando um ‘convite’.
Coach Pessoal. Coach Vocacional. Terapeuta Familiar Sistêmica. Formação na Arte da PNL pelo Centro de Formação em Programação Neurolinguística Actius. Analista DISC
6 aSensacional esta história de vida, fico emocionada e mais inspirada a transformar a vida dos jovens de um abrigo que sou voluntária. Se eles querem ? não sei, precisamos apresentar oportunidade e fazê-los acreditar que podem também!
Prev a Fraudes
6 a👏👏👏
Investment Advisory | Asset Allocation | Planejador financeiro | Seguros, previdência e consórcio.
6 aSucesso! Vc tem o brilho necessário.
Gerente | Soluções Digitais 😁
6 aMuito bom!
Executivo
6 a👏🏻👏🏻