QUAL É A SUA BÚSSOLA?

Circular pelas cidades, com tantas obras e mudanças no trânsito, mesmo usando os aplicativos de GPS corre-se o risco de pegar um caminho errado. Sabemos desses riscos em qualquer cidade. O que dá para dizer que um mapa ou esses aplicativos não são suficientes para nos guiar, se o território está em constante mudança.

Mas, não é assim a vida? Se quisermos caminhar com segurança pelas estradas da vida, precisamos conhecer bem o território além de manter os nossos mapas atualizados.

Que mapas são esses? São nossos modelos mentais, nossas crenças que tomamos muitas vezes como verdades absolutas e intocáveis, julgando ser melhores que os “outros mapas” e que nos guiam pelas vias desse mundo.

Será que são melhores mesmo? Podem ter sido úteis e adequados em algum momento, mas se usarmos um velho mapa em um território que já mudou, de que nos serve esse mapa?

Precisamos continuamente atualizar nossos “aplicativos” que nos guiam, do contrário, os modelos mentais que estão enraizados não nos permitirão dirigir com a segurança necessária e chegar ao nosso destino.

Há, ainda, muitas organizações cujos dirigentes conduzem seus negócios, decisões e ações usando “mapas” elaborados no século XIX, que podem ter sido úteis nos primórdios da revolução industrial até a algumas décadas do século passado. O território já mudou tanto e não se deram conta que o velho modelo de comando e controle e das hierarquias enrijecidas não funcionam mais... não funcionam nas empresas, nas famílias, associações, Igrejas, escolas, enfim em nenhum espaço onde os humanos circulam.

Esse vídeo explica bem o que quero dizer:

Foi-se o tempo em que para chegar a um destino, podia-se perguntar a alguém na rua “onde fica tal lugar? ”. São muitos os que estão perdidos. Há territórios que sequer foram explorados ainda...não há mapas para eles!

A complexidade agiganta-se a cada dia e requer novos conhecimentos. habilidades e comportamentos, se o mapa de ontem funcionou muito bem, hoje pode servir apenas para contar como era antes, mas certamente não nos conduzirá ao ponto onde devemos chegar. Precisamos olhar para frente, buscar novos referenciais, interagir com outros saberes e em especial com aqueles que questionam o nosso para ampliar nossa consciência; precisamos aprender a lidar com as contradições e paradoxos o que exige atitude de diálogo constante... Os novos cenários exigem novos “instrumentos” que possibilitem um olhar transdisciplinar, holístico e profundo.

• Que “aplicativos” precisamos para nos guiar com segurança?
• Que competências que são essenciais para trilhar esses caminhos e, até mesmo, para criar novos caminhos?
• Quais "skills" você já domina e quais você precisa desenvolver para transitar nesses novos territórios?

Dos muitos que podem nos ajudar, ainda penso que essencial é a bússola. Mas, como se usa uma bússola?

Se a bússola é o instrumento que indica a direção e não nos deixa ficar perdidos, precisamos fazer uso constante dela. Para mim, a melhor bússola é aquela que aponta sempre para o PROPÓSITO, o meu Norte e que me ajuda a escolher os melhores caminhos para atingi-lo; que diante das encruzilhadas da vida me aponta a via segura e mesmo na escuridão que muitas vezes surge e embaça a visão é capaz de acender o visor e me ajuda a fazer as minhas escolhas.

Propósito tem a ver com o nosso porquê e para quê estamos aqui, é o que nos move. Lembro-me do pensamento de Nietzsche, tantas vezes citado por Viktor Frankl: “quem tem um para quê, suporta qualquer como.” Faz refletir sobre algumas questões instigantes:

• Qual a nossa contribuição para o mundo?
• O mundo, de fato, fica melhor porque estamos aqui?
• Se deixarmos de existir, que falta nós faremos?

Ao longo do tempo venho fortalecendo a minha consciência e convicção de que quero estar sempre a serviço do bem-comum, de contribuir para que cada pessoa seja, conscientemente, a melhor pessoa que puder ser e colaborar para a humanização das organizações com lideranças mais humanas e conscientes de suas responsabilidades.

Toda organização deve ter clareza do seu propósito para que entendam os seus papéis e se motivem e se engajem na mesma causa. O propósito deve ser inspirador para todas as pessoas envolvidas.

Há uma cena do filme A Invenção de Hugo Cabret que trata da importância do propósito. Assista:

A minha bússola, além de apontar para o PROPÓSITO, sinaliza quais são os meus VALORES, os princípios que regem o meu modo de SER.  Sem ela nenhum indivíduo caminha bem nesse mundo. Sem ela, ninguém é capaz de liderar.

Como afirma Richard Barrett

Quem você é e o que você apoia estão se tornando tão importantes quanto o que você vende.

Por isso é essencial que nos examinemos, identifiquemos os valores que realmente importam para nós, pois, segundo o próprio Barrett eles também revelam nosso nível de consciência. Os estudos de Barrett são uma imensa contribuição para todas as pessoas e organizações que querem pautar suas condutas baseadas conscientemente nos seus valores. É o que chamo de bússola.  Qual é a sua?

O Barrett Values Centre criou um relatório sobre o significado dos seus valores pessoais. Caso você queira receber o seu, responda quais são os 10 valores que você considera mais importantes nesse momento da sua vida e envie para o robson.santarem@animah.com.br e eu te encaminharei em seguida.

Que a consciência do seu propósito e dos seus valores contribuam para a sua plena realização pessoal e profissional.

Uma das minhas atividades que faço com grande alegria é o processo de coaching profissional para líderes, contribuindo para a evolução da consciência. Prossigo à disposição para servir.

 Robson Santarém

Consultor em Gestão de Pessoas, Coach de Lideranças, Palestrante, Sócio-Diretor da Anima Consultoria para Evolução Humana. Autor dos livros PRECISA-SE (de) SER HUMANO - VALORES HUMANOS: EDUCAÇÃO & GESTÃO; AS BEM-AVENTURANÇAS DO LÍDER: A JORNADA DO HERÓI; A PERFEITA ALEGRIA - FRANCISCO DE ASSIS PARA LÍDERES E GESTORES (todos publicados pela Ed. Vozes) e AUTOLIDERANÇA - UMA JORNADA ESPIRITUAL (Ed. Senac Rio)