Qual foi a sua percepção do seu processo de coaching?
Muito se tem falado sobre coaching, bem como vários modelos de como fazê-lo e suas variações. A proliferação de vários cursos de formação, certificação, tem qualificado e melhorado de alguma forma a execução do coaching, mas não é garantia de bons resultados, pois ainda estamos longe do ideal por vários aspectos. Estes aspectos passam tanto pela quantidade de processos de coaching que as empresas e profissionais individualmente demandam, bem como pela qualidade, pois dependem da forma que os profissionais “coachs” conduzem os processos, que certamente não é uma ciência exata e depende de vários fatores para serem bem sucedidos.
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Lore de 1996 a 2002 com as companhias listadas no Fortune 500, teve como objetivo acessar as expectativas e a efetividade do Processo de Coaching:
- 50% dos entrevistados disseram que gostariam de ter mais coaching do que estão recebendo.
- 60% dos entrevistados relataram que gostariam de ter melhor coaching do que estão recebendo.
- 56% dos entrevistados disseram que o coaching que eles receberam nem sempre foi focado nas necessidades certas e não os ajudou a aprender exatamente o que eles deveriam fazer diferente para serem mais efetivos.
- 45% dos entrevistados avaliaram que as sessões de coaching não tiveram muito impacto positivo sobre sua performance no trabalho.
Talvez um dos resultados mais impressionantes seja a percepção do resultado do processo de coaching, onde alarmantes 45% dos entrevistados avaliaram que o processo de coaching não teve muito impacto sobre sua performance, pois afinal o efeito positivo sobre competências que melhorariam essa performance, são a razão de existir do coaching.
Depois de ter feito vários processos de coaching como cliente (coachee) e como coach, e de estudar alguns modelos de sucesso, entendi que o resultado do processo pode ser melhorado, levando em conta alguns fatores e condutas a serem seguidas pelo coach:
- Utilizar diferentes estilos de coaching, tentando se adaptar mais ao cliente e fazer muito mais perguntas.
- Ser paciente o suficiente para dar ao coachee a chance dele poder dizer com as suas próprias palavras o que realmente necessita ser desenvolvido. Para isso, o coach deve ser mais aberto a desenvolver idéias do coachee do que dar direções do que deve ser feito (menos mentoring, mais coaching, assunto do próximo artigo)
- Deve ser explorada e considerada a cultura e o que acontece na empresa que o cliente está inserido, pois se isto não for levado em conta, algumas idéias podem não funcionar na prática.
- Pensar no coaching como um processo de desenvolvimento que vai continuar depois do período acordado, pois vai necessitar por parte do cliente que ele revisite e solidifique os aprendizados obtidos.
Por fim, na minha experiência, acessando estes pontos de forma efetiva, um processo de sucesso tem que ser mais focado em uma situação específica de vivência do profissional, gerando um diagnóstico melhor e a determinação dos objetivos que vão garantir que a satisfação em relação ao coaching seja muito maior.
Vice President, Training & Education at vVARDIS | Marketing | Business Development | Corporate Partnerships | KOL Management | Brand Management | Product Management | B2B Growth Hacking
6 aConcordo 100% que coaching não pode ser uma receita de bolo. Cada indivíduo possui uma necessidade específica, e o processo de coaching é algo bastante pessoal. Felizmente saí bastante satisfeita do meu e não me incluo na estatística dos 45%. 😀 E, acredito que, por sua adaptabilidade, o coaching pode ser feito mais de 1x, de acordo com o cenário atual do coachee. Eu mesma penso em fazer novamente, pois estou em uma outra fase agora.
Gestão da experiência do cliente | Yellow Belt
6 aÓtimo artigo! Provavelmente esses 45% insatisfeitos não tinham objetivos claros, imagino que um processo de coaching não existe sem metas.