Qual o Dia da Sua Morte?

Qual o Dia da Sua Morte?

Já parou para pensar em como viveria sua vida se soubesse exatamente o dia da sua morte?

Essa reflexão, embora possa parecer mórbida, carrega uma profundidade transformadora. Aos 52 anos, tenho ponderado sobre isso.

A perda do meu pai, nesta mesma idade que estou hoje, despertou uma inquietação e uma reflexão:

O que eu faria diferente se soubesse o exato momento do fim da minha jornada?

Talvez eu tivesse me alimentado melhor, feito mais exercícios físicos, e priorizado estar próximo de pessoas que agregam positividade à minha vida.

Talvez não tivesse perdido tanto tempo com distrações e relações improdutivas.

Mas, ao mesmo tempo, me pergunto: será que, mesmo com essa informação, algo mudaria de fato?

Vivemos como se houvesse vidas infinitas.

Corremos sem freios, exageramos nas escolhas que prejudicam nosso corpo e nossa mente, não priorizamos nossa saúde, insistimos em projetos vazios e nos envolvemos em trabalhos e relações que não nos trazem propósito.

Tudo isso ignorando a única certeza que temos: que nosso tempo termina.

A morte é uma certeza.

Mas o mais intrigante é perceber que morremos várias vezes ao longo da vida e nem percebemos.

Morremos ao deixar uma carreira que já não nos representa, ao nos afastarmos de relações tóxicas, ou ao abandonarmos projetos que não fazem mais sentido.

Morremos a cada decisão que nos liberta para viver de forma mais autêntica.

E, curiosamente, é nesse morrer simbólico que encontramos renascimento.

Cada despedida abre espaço para algo novo.

A questão, então, não é tanto sobre o dia da nossa morte final, mas sobre o que escolhemos fazer com a vida que ainda temos hoje.

A vida é o nosso presente, e a pergunta é o que fazemos com nossa vida e nosso tempo hoje?

A vida é um presente, e a morte, sua mais preciosa lembrança de que não devemos perder tempo.

#produtividadesustentável

Rosana Cardoso Megda

Enfermeira / MBA em Acreditação e gestão da qualidade e saúde, MBA em Gestão de pessoas e liderança

1 sem

Verdade!Não nos damos conta ..caímos no automático e pensamos que somos eternos !Difícil essa reflexão....só quem já passou por ela que entende,talvez com a perda de um ente querido, uma doença grave ,como eu me deparei o ano de 2023 ..ai paramos refletimos, lutamos para ter uma boa vida e quando tudo volta ao normal ...as correrias ,os planos, as dívidas e projetos caímos no automático de novo ...e de novo....

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