Qual o impacto da gestão de riscos e tomada de decisão na criação do planejamento estratégico de uma empresa familiar?
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Qual o impacto da gestão de riscos e tomada de decisão na criação do planejamento estratégico de uma empresa familiar?

A gestão de riscos e a tomada de decisão desempenham papéis cruciais na criação do planejamento estratégico de uma empresa familiar, pois ajudam a garantir a sustentabilidade, a longevidade e o crescimento do negócio.

A intersecção dessas duas áreas com o planejamento estratégico não apenas protege o patrimônio familiar, mas também orienta as decisões estratégicas para que sejam baseadas em uma análise criteriosa das oportunidades e dos desafios do mercado. Essas decisões apresentam características específicas devido à sobreposição entre o ambiente familiar e o empresarial, como também são influenciadas por valores, emoções e dinâmicas familiares, ao mesmo tempo em que precisamos considerar os interesses comerciais e de mercado.

Para criação de um planejamento estratégico eficaz em empresas familiares, se faz necessária à utilização das competências estratégicas - chave, pois ajudam a alinhar os recursos internos com as oportunidades e desafios do mercado. Essas competências são essenciais para garantir a longevidade, a sustentabilidade e o crescimento do negócio familiar, considerando tanto as dinâmicas familiares quanto as necessidades empresariais.

Dentre as competências estratégicas - chave para o planejamento estratégico tem a visão de longo prazo, visto que as empresas familiares frequentemente têm uma perspectiva de longo prazo, focada na preservação do legado familiar e na sustentabilidade do negócio para as futuras gerações. Essa competência é vital para o planejamento estratégico, pois permite a criação de metas que vão além dos lucros imediatos e priorizam a continuidade, inovação e sustentabilidade.

Outras competências estratégicas - chave também precisam ser consideradas para a criação do planejamento estratégico de empresas familiares, tais como:

•Excelência Operacional, Corporativa, Ambiental e Social.

•Capacidade de Comercialização de Produtos & Serviços.

•Marketing & Comunicação (Interna e Externa),

•Gestão de Pessoas (Liderança)- Atração e Retenção de talentos,

•Relacionamento com o Cliente e o Mercado.

•Inovação & Tecnologia.

Após definição das competências estratégicas - chaves a serem visitadas no planejamento estratégico, o próximo passo é definir objetivos e metas. Mas por que se deve definir os objetivos e as metas?

Porque eles têm a importante função de:

• Ajudar a manter o foco na execução e a realizar as tarefas com atenção.

• Mobilizar a energia, os recursos e os esforços do colaborador.

• Ser a força que impulsiona a empresa a alcançar melhores resultados.

• Ser o meio de alavancar uma empresa ou mantê-la competitiva no mercado.

As metas são resultado da estruturação de planejamento constituído por um objetivo, seguido de uma mensuração de valores e um prazo para ter sua conclusão efetuada.

Fonte:

Para que haja efetividade na construção dos objetivos e metas é importante conhecer os princípios necessários:

1. Clareza: Quanto mais específicos e claros são os objetivos e as metas, melhor o colaborador entende o que precisa ser feito, o que se traduz em melhores resultados.

2. Desafio: Objetivos e metas precisam ser suficientemente desafiantes para motivar, mas não muito difíceis, a ponto de serem considerados impossíveis, despertando uma reação negativa na equipe.

3. Comprometimento: Geralmente, os objetivos e as metas não são individuais; eles dependem do comprometimento de todos. Por esse motivo, faz parte de uma gestão estratégica envolver a equipe no processo de definir bem quais serão os objetivos e as me

4. Feedback: Metas precisam ser mensuráveis, ou seja, devem ser medidas. Isso pode ser feito por meio de KPIs (indicadores-chave de performance). São esses indicadores que irão gerar dados para comunicar aos colaboradores como está o seu desempenho.

5. Complexidade das tarefas: Ao estabelecer objetivos e metas, é preciso ter o cuidado de não criar tarefas muito complexas, já que isso pode impactar na autoestima do colaborador, impactando na produtividade e na motivação.

As metas devem sempre ser tangíveis e realistas, além de serem SMART:

Fonte: ABC ASSOCIADOS. Em Roda Consultoria. Guia sustentabilidade e gestão ASG nas Empresas. Como começar, quem envolver e o que priorizar. B3. 2022. 51p.

 É fundamental que se tenha aparatos para medir o que deseja analisar, ou seja, é preciso ter indicador – chave performance (KPIs) disponível para que possa ser mensurado corretamente. Ele serve para medir se uma ação foi pensada considerando os objetivos da organização.

São essas métricas que permitirão aos gestores ter insights sobre melhorias no negócio e quantificar o impacto das mudanças propostas, além de possibilitar acompanhamento do avanço dos objetivos, evitando desperdício de tempo e de recursos. A sua aplicação deve acontecer a todo momento, por isso ele deve ser escolhido cuidadosamente, focando apenas nos indicadores que realmente importam.

Uma atenção fundamental na elaborar o planejamento estratégico de uma empresa familiar é a gestão de riscos, pois vai além dos riscos operacionais e financeiros. Ela precisa considerar riscos específicos relacionados à dinâmica familiar, à sucessão e à governança, além dos riscos tradicionais do negócio.

 A identificação de riscos específicos é essencial para o sucesso do planejamento estratégicos, evitando impactos danosos a longo prazo, dentre eles podemos citar:

·      Conflitos familiares, que podem surgir divergências entre membros da família, especialmente em questões de sucessão, gestão e direção estratégica. Esses conflitos podem enfraquecer a coesão e o alinhamento estratégico.

·     Sucessão mal planejada: A falta de um plano de transição claro e estruturado pode gerar instabilidade no negócio, principalmente se os membros da família não estiverem preparados ou prejudicados para assumir posições de liderança.

·      Risco de dependência: Muitas empresas familiares dependem fortemente de um ou poucos membros da família para liderar e tomar decisões. A centralização do poder pode ser um risco significativo, especialmente em períodos de transição.

O planejamento estratégico deve conter mecanismos para lidar com esses riscos, como:

- Planos de sucessão formalizados e processos de governança para garantir a continuidade.

- Estruturas que promovam a inclusão de profissionais externos no gerenciamento para diversificar a liderança.

Empresas familiares que incorporam uma gestão de riscos robusta em seu planejamento estratégico são capazes de desenvolver planos de contingência. Isso inclui, por exemplo, estratégias para adaptação rápida em cenários de crise ou mudança repentina de liderança.

A preparação para crises no planejamento estratégico também garante que o negócio possa reagir rapidamente às mudanças no mercado, mantendo sua relevância e competitividade

 

Leila Oliveira Silva

Gerente de Recursos Humanos | Desenvolvimento Humano e Organizacional | Gestão com Pessoas | Condução de equipes | Cultura Organizacional | Mentora de Mulheres | Consultoria em RH |

3 m

Excelente abordagem. Empresas familiares possuem peculiridades e o olhar atento só trará bons resultados com o Planejamento estratégico.

Marco S Borba

CEO - BCT - Borba Consulting & Coaching (Consultoria, capacitação, treinamentos customizados, atendimento de condicionantes ambientais e ao cliente de uma forma geral)

3 m

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