QUAL A SUA PAIXÃO?
O que faz seus olhos brilharem?
Sempre fui cinéfila. Desde a infância eu assistia todos os filmes que eu tinha condições de assistir, o cinema era muito longe da minha casa e meus pais não tinham condições de deixar o trabalho para me levar. Com dez anos fui ao cinema sozinha pela primeira vez (depois de pegar um ônibus e metro). Comecei com o filme da Branca de Neve, Bela Adormecida e Bianca e Bernardo, eram poucos desenhos que passavam na tela grande.
Quando vieram as locadoras eu sempre ficava entre os 3 primeiros clientes de todas elas. Com 18 anos eu já tinha assistido mais de 4 mil filmes. Quem se lembra da locadora 2001 em São Paulo vai saber que somente lá era possível encontrar filmes não hollywoodianos. O acervo possuía todo tipo de filme europeu e asiático, e foi a partir daí que meu gosto ficou mais aguçado, elegante e também meu senso crítico aflorou.
No auge dos meus 25 anos, uma das locadoras , a meu pedido, tirou uma listagem para mim de tudo que eu havia assistido naquela loja, simplesmente mais de 2 mil filmes.
Eu lembro de alguns carnavais que preferi não viajar e alugar filmes, assistia em torno de 5 por dia (coisa de Nerd como diziam), isso não quer dizer que eu não ia ao cinema. Nada supera a experiência de ir ao cinema e assistir a um bom filme. E eu amava ir sozinha, porque muitas pessoas, acreditem, gostam de falar durante a sessão de cinema. Nunca entendi isso, como alguém gasta tempo e dinheiro para começar a falar durante o filme?
Nessa época eu descobri que nas 2as e 4as feiras tinha um preço especial com 50% de desconto, então eram meus dias preferidos. Assistia um ou dois filmes por semana e depois disso, aí sim, conversava sobre eles com os amigos e familiares. Claro que a paixão pelo audiovisual era minha, como meu amigo que era (e é) viciado e expert em quadrinhos. Achar sua “tribo” não era tão fácil , sem redes sociais tudo ficava mais no contato direto, mas era maravilhoso os grupos de discussão “ao vivo”.
Quando o filme era baseado em algum livro, eu corria para comprar e ler, assim poder comparar – qual deles era melhor? Claro que geralmente o #livro superava, mas até que tive algumas surpresas como o A insustentável leveza do Ser, do Milan Kundera. O filme passado em Praga , com a Juliette Binoche e Daniel Day Lewis foi maravilhoso!
Com a chegada da rede Blockbuster no Brasil a coisa mudou de figura, diferente das outras locadoras, ela oferecia um portfólio de 8.000 fitas VHS e um processo de check-out moderno e computadorizado. Também ficou fácil encontrar os filmes que estavam em alta, porém, como o próprio nome diz, eram filmes de grandes bilheterias, dificilmente você encontrava um filme de arte ou de diferente nacionalidade nas lojas. (A Blockbuster chegou a ter em 2004, 9000 lojas no mundo, a Viacom (hoje Paramount, Comedy Central, Pluto, entre outros) detinha 80% da empresa. Em 2006 ela decidiu sair do negócio e a queda real da Blocksbuter começou a acontecer. Vale ressaltar que por causa das multas cobradas de seus clientes por dia de atraso, que um deles, Reed Hastings, veio a criar a Netflix. Santo Reed!
Com a Netflix tudo mudou, os olhos de quem ama cinema começaram a brilhar ainda mais. Na chegada ao Brasil, tudo era novidade e qualquer coisa que a #Netflix fazia eu estava lá para acompanhar e aplaudir.
Navegou sozinha por um bom tempo e agora, para nossa felicidade, a concorrência aumentou, evoluiu e trouxe opções maravilhosas, não só de filmes, mas também de séries, que é a minha outra paixão. Os hábitos mudaram e a TV paga deixou de ser opção, principalmente para os menores de 35 anos. Os canais tiveram que se reinventar, fazer ações coordenadas com o digital para conquistar novos viewers.
Recomendados pelo LinkedIn
Acompanhamos a Globoplay se tornar um gigante brasileiro no #streaming, a Amazon Prime chegando com um catálogo de filmes diferenciado e, para desespero de quem quer ter tudo, criaram a HBO Max, Discovery Plus, Disney Plus, Mubi, Imovision e seus filmes europeus, Loope e agora também a Paramount Plus com o adorável canal Comedy Central e Paramount, entre outros.
As produções nacionais, principalmente dos produtos para streaming, estão crescendo e sendo exportadas, não existe mais barreira geográfica para a arte do audiovisual e isso traz muitas oportunidades em várias áreas.
E apesar de ter tudo isso em mãos, e foi o que salvou nossas vidas durante a pandemia, ainda sinto saudade da tela grande. E também existe em mim uma certa nostalgia das sessões especiais de algum filme que tinha conversa no final da sessão, fosse com um crítico de cinema ou algum ator que vinha para o Brasil especialmente para isso.
Acho lindo ver como o audiovisual se transformou, assistir ao último filme do Batman, com aquela fotografia maravilhosa e comparar aos antigos, é algo emocionante de se ver.
Tudo isso para dizer que podemos ter várias paixões e, que felicidade seria poder trabalhar com todas elas.
Viva a magia do cinema!
#cinema #audiovisual #streaming #televisao
Ajudo coaches, consultores, mentores e pequenos empresários. Juntos, criamos sistemas de vendas inteligentes. Diariamente, geramos potenciais clientes qualificados. Tudo isso com menos esforço e mais previsibilidade.
2 aExcelente, Rita :)
Estrategista de Captação de Recursos e Marketing para Impacto Social e ESG | Professor de MBA | Mentor | Multiplicador Movimento B | Fundador @LT For Good | Diretor de Relacionamento Institucional @Instituto Semear
2 aLindo artigo para refletimos sobre a importância das nossas paixões em nossas vidas ❤️
LinkedIn Top Voice e Creator | Apresentador | TEDx Speaker | Palestrante Internacional | Professor | Especialista LinkedIn | Employer e Personal Branding | Educação Corporativa | Marketing Digital | Mídias Sociais
2 aBacana demais, Ritaaa! Eu respondo: trabalho com o que amo e vale a pena demais. E uso sim minhas paixões pessoais na minha rotina, acho que isso deixa tudo mais leve, sabe?
Ecommerce | B2C, B2B, D2C | Digital Ecosystems
2 aBelo texto! É nítida essa sua paixão pelo cinema! Muitos filmes incríveis que assisti veio da sua indicação!
Muito bom! 👏🏻👏🏻👏🏻