A qualidade, barreira de proteção à vida, pode provocar a morte?

Vivemos em um mundo cada vez mais carente de atenção. Repare ao seu redor e olhe como estão diversas pessoas, objetos e demais organismos que o cercam.  Será que estão em perfeito estado? Isto é, será que estão organizados, arrumados e funcionando de forma plena. E se estão em perfeito estado, eles estão em perfeito equilíbrio com os demais fatores do ambiente que os cerca?

Talvez a rotina do dia a dia distancie-nos deste olhar holístico, pois a dinâmica da vida  nos torna preocupados com o melhor uso dos produtos, tempos e pessoas,  mas nos coloca em uma rotina onde sequer podemos respirar direito, tanto menos olhar profundamente as coisas ao nosso redor  e menos ainda as pequenas coisas ditas como menos importante e que não nos agrega valor imediato.

Apressados com o tempo, buscamos cada vez mais o futuro no presente, e mesmo que em passos lentos, vivemos atropelando os pensamentos e, assim, buscamos nossos objetivos e esquecemos o contexto geral.

Vivemos em uma época onde se afloram as buscas constantes por satisfação das necessidades. Lembrando a música do grupo Titãs, Comida, pergunto: Você tem sede de que?

Necessidades básicas, segurança, sociais, autoestima e autorrealização.  Você tem sede de que? Os setores da economia querem saber, para assim prover produtos adequados.

Os níveis de exigência cada vez maiores com a qualidade fazem com que as empresas e pessoas busquem cada vez melhores produtos. Não existe espaço para produtos piores, todos querem consumir o melhor, é claro dentro do seu segmento.

É sabido por todos que o consumo de produtos e serviços de qualidade, proporciona vida melhor as pessoas consumidoras. As empresas de outro lado, fornecedoras de produtos de qualidade também conquistam uma “vida” mais duradora e aumentam o seu lucro, quando optam pela qualidade.

Joseph M. Juran, um dos gurus da qualidade, famoso por seu trabalho com qualidade e gerência de qualidade, dizia que a qualidade é uma barreira de proteção a vida e certamente ele fez desta uma vivencia, pois viveu a qualidade em sua vida e, assim, viveu um longo período (104 anos), nasceu na Romênia em 1904 e morreu em 2008 em Nova York.

Os trabalhos de Juran estão calcados na abordagem do custo da qualidade, classificando estes em três categorias: falhas internas e externas, prevenção e avaliação.

Conforme propôs Juran , a produção de produtos de qualidade deve iniciar com projetos  corretos,  iniciados primeiramente com a pesquisa de mercado, passando pela concepção do produto e especificações do projeto. Assim o projeto deve possibilitar que produtos e serviços de qualidade cheguem ao mercado gerando barreiras de proteção a vida.

Contudo proponho uma reflexão. Será que as empresas estão cuidando bem dos descartes dos produtos e, ainda será que a busca da qualidade por algumas empresas, e a busca por melhor posição no mercado, redução de custo e sucesso não estão agredindo o ambiente?

Agora olhando para os consumidores. Será o consumo de produtos cada vez maior não esta fazendo com que estes sejam descartados cada vez em menor tempo e, assim a barreira de proteção a vida esta nos conduzindo a morte?

 

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos