Quando é a hora de recomeçar?
Muitas vezes estamos realizando alguma tarefa por tanto tempo que sequer sabemos como chegamos ali, porque estamos fazendo aquilo ou qual foi o momento em que esse vórtice de repetição começou.
Tal qual Bill Murray em Feitoço do Tempo muitas vezes ficamos presos à rotina e perdemos o nosso objetivo de vista. Nessas horas é importante responder algumas perguntas antes de tomar qualquer ação, pois como já disse anteriormente o autoconhecimento é essencial para uma carreira e vida plena.
Existe uma série de sinais que podemos perceber para entendermos que o trabalho está nos fazendo mal, contudo não farei uma lista específica e ao invés disso vou falar sobre o assunto de uma forma mais generalista e reflexiva. Acredito que ler uma lista pode atrair a atenção, mas não ajuda muito por ser muito superficial e não existe uma receita de bolo para a
Sendo assim vamos começar com as razões que podem estar gerando esse questionamento, afinal esse artigo deve ter tido algum tipo de reconhecimento na situação vivida por vocês leitores.
Se você sente que aprendeu tudo que podia e está trabalhando há tanto tempo nas mesmas coisas que as suas tarefas não passam de rotina, se não está progredindo ou aprendendo nada, porém há um desejo de novos conhecimentos e técnicas, então um novo trabalho pode ser o caminho que te levará ao próximo nível. E uma das melhores coisas sobre um novo trabalho é a possibilidade de aprender ou desenvolver um conjunto de habilidades novos ou não tão desenvolvidos anteriormente, às vezes passamos por uma fase de redescobrir quem somos através desses processos.
Gostaria de ressaltar antes de progredir nos tópicos que nesse caso há de se fazer uma reflexão mais profunda pois caso haja pouco ou nenhum espaço para crescer então, sim, é hora de partir em busca de algo novo, todavia se houver espaço para mobilidade interna eu sugiro o investimento de tempo e dinheiro na busca desses conhecimentos antes de se jogar nessa aventura.
E falando sobre haver pouco ou nenhum espaço para crescer, apesar de algumas pessoas se sentirem confortáveis realizando a mesma função por anos, outros anseiam ascender profissionalmente mais rapidamente, enquanto a maioria de nós fica entre esses dois extremos. Dessa forma se você sente que no ambiente no qual trabalha não existe a possiblidade de realizar as suas metas profissionais então é hora de partir em uma nova jornada.
Abordando agora aquela oportunidade repentina, inesperada, que nos surpreende positivamente mas envolve uma mudança drástica na nossa vida. Às vezes a vida faz dessas e nos permite mudar tudo, se nos permitirmos, mas será que queremos? Talvez não seja hora, talvez o relacionamento afetiva venha a ruir, existem muitos talvez a serem considerados, mas no final a decisão, a escolha e a vida são suas.
Apenas gostaria de apontar que independente do caminho escolhido não se apegue ao que poderia ter sido caso fosse diferente. Viva com intensidade e sem arrependimentos independentes do caminho que se escolha, caso contrário seguimos com dúvidas e remorsos que não passam de fantasmas.
Em todas as situações que coloquei há um cenário de conforto e relativa tranquilidade, mas digamos que você está está infeliz, enfadado e pronto para um novo começo, ou ganhando mal e talvez sem reconhecimento. Nesse caso buscar algo novo não é apenas uma opção, mas uma obrigação. Entenda que se não nos dermos valor e se não buscarmos crescer e evoluir não serão outros que o farão. A iniciativa sempre deve ser nossa e sempre buscando os nossos sonhos.
Um bom salário e diversos benefícios não necessariamente justificam uma vida monótona e infeliz. Você pode, e deve, se aventurar mais, buscar uma vida plena com atividades que tragam satisfação, afinal quem não permite viver simplesmente não vive.
Gostaria de encerrar esse artigo com os significados de algumas palavras:
Resiliência: fig. capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças.
Plenitude: s.f. estado do que é inteiro, completo; totalidade, integridade.
Desapego: s.m. qualidade ou estado de quem demonstra indiferença, desinteresse, desprendimento, pelas coisas ou por certa coisa em particular; despego.