Quando o estrategista erra, o soldado morre” (Abraão Lincoln)
Acordei nessa manhã com um pensamento recorrente: em um mundo onde tudo serve à ganância dos empresários, no qual o ser humano é considerado “ser de segunda linha” pois nosso leite contém água oxigenada, a carne é podre ou de papelão, o molho de tomate contém larvas e por aí adiante.
Contudo tem uma área na qual atuamos e que tem se mostrado carente de bons profissionais: a área do desenvolvimento humano. Várias teorias têm tentado colocar o trabalhador em caixinhas padrão, para que o trabalhador seja adequado à cultura e objetivos das empresas.
Parece que nos esquecemos da divisão da pirâmide organizacional: operacional, tático e estratégicos.
O planejamento estratégico está relacionado com os objetivos de longo prazo e às ações que serão realizadas para alcançá-los que afetam a organização como um todo. Ele é conceituado como um processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido. É geralmente de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa. Na realidade, sem o envolvimento direto do principal executivo da empresa, como o líder da condução do processo estratégico em uma empresa, ele dificilmente ocorrerá a contento.
Num segundo nível, o planejamento tático está relacionado aos objetivos de curto prazo e às ações que afetam somente uma parte da empresa. Ele tem como objetivo otimizar determinada área e não a empresa como um todo, sendo desempenhado por níveis organizacionais inferiores. E em um terceiro nível, o planejamento operacional, por sua vez, pode ser considerado como a formalização das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Nesse nível se encontram, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais.
As principais vantagens da Gestão (Planejamento) Estratégico são: (i) – Fornecer uma visão sistêmica, pois aprofunda o conhecimento sobre a organização, mercado/clientes, concorrentes, parceiros e fornecedores; (ii) - Agilizar e fundamentar decisões, pois cria um consenso natural entre os líderes da organização sobre o que realmente é importante; (iii) – Estabelecer uma direção única, pois alinha os esforços de todos na organização para o atendimento de objetivos comuns; (iv) – Melhorar a capacidade de adaptação, pois facilita a reestruturação organizacional frente ás mudanças de cenários externo e de competição; (v) – Melhorar a alocação de recursos; (vi) - Reforçar a motivação; (vii) - Melhorar o controle; (viii - Sistematizar ciclos de melhoria contínua da organização
Vou tratar agora da “Melhor alocação de recursos humanos”. O mercado de trabalho está cada vez mais exigente, obrigando profissionais a especializarem-se, buscar aperfeiçoamento contínuo e gerando um grande número de “trabalhadores não classificados”.
Que tamanha insensatez! Por que exigimos tanto dos trabalhadores operacionais? Será que deixamos de considerar o esforço, dedicação e compromisso do trabalhador operacional é o que faz a diferença? Por que não produzimos trabalhadores orgulhosos do que fazem, que têm compromisso com a empresa e seus representantes? Precisamos abrir os nossos olhos e cuidar bem desses profissionais. Se todos quiserem tocar o piano quem carregará o piano?
O que a tua empresa tem feito para valorizar esse “capital humano”? Será que ele está sendo tratado como “ser humano de segunda linha”? Coloque um novo olhar sobre os colabores operacionais – ainda é do trabalho deles que vem o nosso salário!
Não permita que o estrategista mate o soldado que vence a batalha!