Quando uma criança vira um adulto?
Qual a diferença entre um adulto e uma criança?
Quando foi que dividimos o ser humano em dois tipos diferentes?
Quando é exatamente que uma criança se torna um adulto?
É aos 18 anos? Por que 18 anos?
É quando se casa?
É quando termina o colégio?
É quando perde a virgindade?
É quando sai da casa dos pais?
É quando nasce seu filho?
Ou quando assume uma responsabilidade por outro ser?
Quando uma criança se torna um adulto?
No meu processo de evolução, tenho tornado um observador de mim mesmo. E ao observar a mim mesmo, compartilho com os outros e vejo o que ressoa e o que não ressoa.
E nesse caminho vou encontrando muitas pessoas que também têm as mesmas reflexões e que já passaram pelo caminho que estou trilhando.
E ultimamente tenho olhado muito pra isso e percebido que grande parte dos nossos traumas estão na nossa criança.
Comecei a pesquisar sobre criança interior, participei de vivências de resgate e cura da criança, constelações familiares, processos com ayahuasca.
E eu achava que curando minha criança, me tornaria um adulto firme, seguro, forte e determinado.
Pensava que, em algum momento chegaria ao ponto de pensar: “Pronto, estou curado. Agora sou um adulto”
Mas quanto mais acesso a minha criança, mais acredito no seguinte:
Não existe adulto.
Somos todos crianças.
Quando é que uma criança vira adulto? O que diferencia um adulto de uma criança?
Eu olho para mim mesmo e vejo uma criança mimada, chorona, birrenta, egoísta.
Eu olho para meus pais e vejo crianças que tentam ser mais adultos que eu.
Eu olho para meus amigos e vejos crianças desesperadas para se tornarem adultos.
Eu olho para as pessoas que admiro e vejo crianças que sabem que não tentam ser adultos.
Eu olho para pessoas que são chamadas de bem sucedidas e vejo crianças que querem amor.
Enquanto escrevo, me lembro de que quando criança, tudo o que mais queria era ser adulto.
Eu queria crescer logo, andar com os mais velhos, ter 18 anos logo, , trabalhar logo, ganhar meu dinheiro logo, ter minha casa logo, ser independente logo.
Mas hoje olho pra tudo isso e penso que não quero mais.
Quero fazer o caminho de volta.
Quero andar e brincar com os mais novos, quero seguir no meu caminho mas lembrando do menino de 6 anos que já fui.
Quero trabalhar menos e brincar mais.
Quero não ligar tanto pro dinheiro.
Quero viver em comunidade e não sozinho no meu quadradinho.
Quero aceitar que sou interdepentente e aprender a aceitar ajuda.
E eu sei que pensar que não quero mais é uma atitude de criança que enjoa da brincadeira.
Mas talvez, se eu aceitar que sou uma criança, posso pegar mais leve comigo mesmo. Posso parar de me cobrar. E aceitar que a vida é só uma brincadeira. Que a Terra é um playground.
Agora vou ficando por aqui, porque vou lá brincar um pouco…
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Engenheiro Consultor, Auditor ISO 9001, 14001, 45001, Perito Judicial.
8 aO mundo não é um brinquedo.
Auxiliar administrativo de Manutenção
8 amuito bom
Tecnologista no Centro Tecnológico do Exército - CTEx
8 aGustavo Tanaka, sua reflexão ressoou... Sempre me pego pensando neste paradoxo e, com este seu belo texto, voltei a fazê-lo. Eu até me arrisco a pensar que ser adulto é ser consciente o suficiente para admitir que ainda seja uma criança cuja inocência e espontaneidade estão controladas pela razão.
Accelerating The transition to a Hydrogen Economy 97804433240027.Edited by Elsevier
8 amuito obrigado pelo texto
Operador de Produção
8 aQuando acontece a conscientização do ser finito, o mundo infantil se torna limitado aos sonhos e desejos coletivo, então...internamente aduto vive.Parabéns amei