Quanto tempo você tem?

Edição #9: qual a duração ideal ou o formato ideal para um conteúdo em áudio?

Pra você que chegou agora por aqui, todos os meses eu faço um apanhado do que considero interessante sobre o universo do conteúdo em áudio. Uma news pra você que talvez já escute podcasts, tá ouvindo os primeiros audiobooks (ou storycasts) e já ouviu falar de audioseries. E também pra você que trabalha na indústria!

Sou o André Palme e meu trabalho é conectar pessoas e histórias em multiformatos há mais de uma década. Se você quiser saber mais sobre o meu trabalho, esse é o link do meu site.

Se ainda não assinou a news, é só se inscrever!

Ah…e se você lembrar de alguém que também pode gostar do que tem por aqui, é só compartilhar essa news :)

Meu artigo desse mês fala sobre a forma e duração de conteúdos em áudio e como isso se encaixa em uma rotina cada vez mais fragmentada de consumo de conteúdo e entretenimento.

Quanto tempo você tem?

Esse é um assunto que sempre me desperta interesse: qual o tempo ideal de duração de um conteúdo em áudio? Qual o melhor formato, um único arquivo ou vários episódios?

E aí fui reler um artigo que fiz em 2016, sobre algo que o Google nomeou como Micro momentos, que nada mais são do que pequenas sessões de acesso a internet que fazemos ao longo do dia. Um comportamento de usuário que já era bem claro em 2016 e que só foi reforçado desde então. Para ler o artigo completo clica aqui.

> Pra começar, a Rephonic fez um artigo sobre a duração ideal de um podcast. Claro que não existe uma fórmula mágica, mas segundo eles 37 minutos é o número ideal. Vale ler o artigo todo.

> Aqui uma matéria interessante da Bloomberg falando sobre advertising de podcasts em jogos. Clica para ler.

> O autor sueco fez algo bem inusitado: uma história em áudio que só pode ser ouvida…na Suécia. Um conteúdo que tem uma geo-restrição e que convida as pessoas a conhecerem uma floresta específica por lá. Se quiser saber mais é só clicar aqui.

> O Castnews publicou um artigo que fala de uma análise que o Tom Webster sobre as diferenças entre três tipos de execução de publicidade em podcast: a ao vivo, o anúncio roteirizado lido pelo host e o mesmo anúncio roteirizado lido por um locutor profissional que se encaixa no estilo e no humor do podcast que selecionamos.

> E aqui uma matéria bem legal da PodNews sobre a origem do termo podcast, com toda a linha do tempo, parte a parte.

> Já que falamos de tempo, aqui vai um artigo da We Edit Podcasts sobre dicas simples sobre como economizar tempo no seu processo de podcast.

> Aqui um artigo do Rob Rosenthal (instrutor sobre podcasts e host do HowSound) sobre o que é necessário para produzir um bom conteúdo em áudio. Clica para ler.

> E o PodNews também publicou uma matéria contando sobre a história do primeiro feed de podcasts. Confere aí!

> E não tem como não falar sobre o lançamento do Spotify nos EUA: audiobooks. Tem vários artigos sobre isso, mas esse artigo do The New York Times resume bem!

Nessa seção eu sempre indico alguns conteúdos que tenho ouvido e curtido, sem rotular áudio formatos :)

CASA FLORESTA: uma série de podcasts realizada pelo Instituto Socioambiental (ISA) e seus parceiros indígenas, ribeirinhos e quilombolas que vivem nas bacias dos rios Negro, Xingu e Ribeira de Iguape. A equipe levou convidadas e convidados especiais para conhecer as comunidades e suas iniciativas. Foram 17 dias de gravação em quatro Estados (São Paulo, Mato Grosso, Amazonas e Pará), que resultaram em mergulhos profundos e transformadores nas raízes negras e indígenas do Brasil.

A BIT OF OPTIMISM: um podcast (em inglês) do Simon Sinek, um cara incrível que fala sobre vida, liderança, amor, conexão. Cada episódio tem um convidado que aborda um tema ou assunto diferente.

3 PERGUNTAS PARA ANTONIO HERMIDA

Esse mês tenho a honra de trazer um pouco do conhecimento de um dos caras mais competentes e maravilhosos com quem tive a honra de trabalhar. Hermida além de ser um dos maiores especialistas em conteúdo digital do Brasil é um ser humano maravilhoso :)

Antonio Hermida passou por editoras como Zahar, Cosac Naif, Sesi e Senai-SP, implementando e coordenando os departamentos digitais além de ter sido gerente de conteúdo na Storytel. Ocupa hoje o cargo de Head de áudio na Bookwire Brasil.

1/ Como você vê a evolução do consumo do áudio como formato de entretenimento?

Falando especificamente de Brasil, acho que a evolução do consumo, para além de podcasts, é ainda embrionária mas, inquestionavelmente, promissora. A meu ver, seu desenvolvimento está atrelado a 3 pilares que se impulsionam mutuamente, como dentes de uma mesma engrenagem: 

• 1) Aumento na oferta de canais e, consequentemente, preços mais atrativos para formação de público.
• 2) Amadurecimento dos produtos. Mesmo podcasts, de maneira geral, ainda têm bastante a trilhar tanto na exploração de formatos originais mais diversos, quanto em aspectos técnicos e narrativos. E, no caso dos audiobooks, audio dramas e outras formas de narrativas em áudio, apesar de formatos e mercado consumidor viverem ainda sua aurora, o amadurecimento tem se dado com velocidade considerável e constante em várias frentes.
• 3) Profissionalização de fornecedores. Podemos observar hoje uma leva considerável de bons narradores surgindo apesar da falta de formação específica, o mesmo, numa escala menor, é passível de observação em técnicos e estúdios especializados, no entanto, acho que toda a cadeia, incluindo os pontos anteriores, têm ainda um caminho considerável a percorrer nos próximos anos.

2/ Como você vê o futuro do entretenimento em áudio?

Com base em mercados mais maduros e áreas análogos da tecnologia, conseguimos inferir alguns futuros concomitantes. 

O desenvolvimento de vozes artificiais começa a se mostrar viável (em línguas que não apenas o inglês) e, em alguns aspectos, determinantes, ocupando cada vez mais espaço em leitura de colunas, artigos e notícias.

Paralelamente, no outro espectro da voz, do ponto de vista mais humano, na minha opinião, o artístico, audiodramas, séries em áudio e outras produções mais complexas como adaptações de quadrinho, já aparecem com mais frequência e menos timidamente, rompendo bolhas enquanto se ao mesmo em que se apoiam também impulsionam outros formatos, como no caso do Sandman. 

3/ O que você está ouvindo no seu fone de ouvido agora?

Acabei de acabar Agnes Grey, de Anne Brontë, narrado pela maravilhosa Lena Horn e estou começando o Madona com casaco de pele, de Sabahattin Ali, narrado pelo Alexandre Varella.

Por aqui sempre falo de meditação ou de como o áudio pode ser um aliado para respirar, relaxar e desconectar. Com o tempo comecei a tentar me disciplinar pra meditar pelo menos alguns minutos por dia. Meditação pra mim tem tudo a ver com áudio e ouvir; fechar os olhos e SE ouvir.

Essa seção é pra trazer alguns áudios que podem te ajudar a relaxar e parar, nem que seja por 5 minutos por dia pra, ouvindo algo legal, se ouvir. Eu sei que tá difícil, mas vale a pena :)

Aproveitando minha indicação de podcast, vou colocar aqui um vídeo do Simon Sinek e, a partir dele você pode encontrar muitos outros!

Junto com a E.B.A.C. eu criei um curso sobre o mercado do áudio. Se você ainda não sabe como dar os primeiros passos ou se você já tá no mercado e quer se aperfeiçoar na área você vai curtir :)

São mais de 25 horas de aulas, 100% online pra você estudar a hora que preferir e com tutores que te ajudam durante todo o curso. Pra conhecer mais e se inscrever é só clicar aqui!

E com o meu cupom PALME150, você tem R$ 150,00 de desconto no curso!!! Corre lá :)

Se quiser assistir ao trailer do curso pra saber um pouco mais, clica aqui :)

Se quiser trocar uma ideia sobre áudio, fazer alguma pergunta, dar alguma sugestão ou fazer alguma crítica, ou mesmo se precisar de uma mentoria, me manda um alô em andre@opalme.com.br

Me adiciona também no Instagram ou no LinkedIn e seguir minhas colunas no Publishnews e Castnews.

E por fim, se você acha que alguém pode curtir essa news, é só compartilhar aqui no Linkedin!

Até mês que vem. Axé!