Quanto vale 1 Like?
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Quanto vale 1 Like?

Quanto custa viver uma vida que se resume a 1200 x 627 pixels? Qual é o propósito em ter redes sociais e viver algo que não se é? Como as marcas, incluindo a sua própria como indivíduo, conseguirá sobreviver dentro de um contexto que te empurra para o lugar comum e para a pasteurização?

Há anos, tenho acompanhado, bem aqui no LinkedIn, uma verdadeira enxurrada de vidas encenadas, empresas que não existem sem a luz dos holofotes da vaidade, executivos que exploram o arquétipo acolhedor e empático, quando, na verdade, fazem da negligência e da cegueira seletiva suas armas diárias.

Quanto vale um like?

Todos os dias, acompanhamos posts, opiniões, “produtores” de conteúdos, que, como todos os “tudólogos”, resolvem compartilhar informações que são úteis apenas para si e para uma audiência ávida por bater palmas, sem ao menos, pensar e refletir sobre o que de fato está sendo comunicado.

Se ofende, se oprime, se mente ou se deprecia o outro pouco importa. O fundamental é o percentual do engajamento, são os likes, o volume de comentários, ainda que revelem o fracasso moral daquele que produziu ou reproduziu a (des)informação. É isso que se persegue. Nada mais.

Uma vez eu li que poderíamos comparar as redes sociais facilmente aos pecados capitais. Ao LinkedIn, caberia a soberba. Ao Instagram, a vaidade, a inveja. E cada vez mais me convenço que nunca fez tanto sentido essa comparação.

Quanto vale um like?

Para o nosso cérebro, atuar nas redes sociais sem medidas faz com que nosso organismo produza neurotransmissores do bem-estar de maneira desordenada. O tempo todo ativamos o sistema de recompensas e facilmente atingimos a dependência. Cientistas americanos, da Universidade da Califórnia, lá em 2016, já tinham concluído que popularidade nas postagens faz com que o indivíduo apresente sensação semelhante à ingestão de chocolate, fazer novas amizades ou ganhar dinheiro. Imagina agora, em 2023?!

Agora juntemos essa informação ao fato de que já não necessariamente nos importamos com o que falamos, mas quantas pessoas alcançamos e que o que vale é falem mal, mas falem qualquer coisa que “bombe” a leitura da minha conta pelo algoritmo. Temos aí a tempestade nada perfeita para nos depararmos com marcas e pessoas cometendo diariamente Haraquiri de suas vidas, de suas carreiras e de seus negócios.

Em um mundo em que todos nós nos tornamos emissores em massa de informações, quem resguarda a ética, a verdade e a empatia é rei!

E para você, quanto vale um like?

Paulo Henrique (PH)

Health & Benefits na Jocatec Seguros

1 a

Adorei a analogia com os pecados capitais…👏🏽👏🏽👏🏽

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