Quanto vale a sua empresa?
A importância desta pergunta em pequenas e médias empresas

Quanto vale a sua empresa? A importância desta pergunta em pequenas e médias empresas

Você que é proprietário ou gerencia um negócio de pequeno ou médio porte, por acaso já parou para pensar quanto vale a sua empresa? Ou, voltando uma questão antes, por que você iria querer saber o valor do seu negócio?

Esta não costuma ser uma questão prioritária deste perfil de empresa, mas deveria.

Geralmente médias e pequenas empresas seguem uma dinâmica de se concentrar fortemente na operação, produto, produção, vendas, tendo o lucro no final do mês ou do ano como o grande objetivo e razão de existir do negócio.

Esta abordagem de modo algum está errada, mas carece de uma visão mais ampla sobre uma outra forma de enxergar o valor de um negócio: o valor da própria empresa!

Assim como um bem imóvel, um carro ou um produto, uma empresa também pode ter um valor expresso em moeda corrente. O que difere a empresa destes exemplos é que: 1) Não se vai em uma loja comprar uma empresa exposta na prateleira ou no pátio; até mesmo por isso 2) Uma empresa é um ativo de baixa liquidez; e 3) A forma de se atribuir valor a uma empresa segue técnicas diferentes daquela de precificação de um produto ou mercadoria.

Agora, voltando à pergunta inicial: por que você iria querer saber o valor do seu negócio?

Diversos são os motivos, entre eles:

               - Transações de compra e venda de negócios

               - Fusões, cisões ou incorporação de empresas

               - Oportunidade de recebimento de aporte de investidores

               - Compra de participação societária de outro acionista

               - Dissolução societária

               - Liquidação de empreendimento

               - Medida de avaliação de geração de riqueza para os acionistas


Seja por um bom motivo - um comprador estratégico do negócio, aporte de investidores, fusão ou incorporação de outra empresa -, ou um motivo não tão agradável assim – dissolução por disputas entre sócios, liquidação da empresa em dificuldade, falta de sucessores -, fato é que tomar consciência do valor intrínseco que uma empresa possui é o primeiro passo para gerir o negócio de uma forma mais estratégica.

Isso ocorre porque, ao se fazer a avaliação de uma empresa, ou Valuation, os gestores são forçados a pensar o negócio holisticamente, já que para calcular o seu valor, é necessária a utilização de certas premissas de crescimento, que precisam ser muito bem embasadas em análises de mercado e do ambiente no qual a empresa está inserida, além de trazer informações sobre riscos, passivos, confiabilidade dos dados contábeis, e tendo como pano de fundo o quão alinhada a boas práticas de gestão a empresa se encontra.                

Diversos são os métodos utilizados para a avaliação de uma empresam, e que podem ter duas abordagens distintas: Valor Relativo ou Valor Intrínseco.

A Abordagem pelo Valor Relativo aplicada à avaliação de empresas é o que chamamos de múltiplos de determinados indicadores financeiros e contábeis, com base na comparação com empresas de porte, perfil financeiro e mercados de atuação similares. Isto gera alguns parâmetros como múltiplos de receita, múltiplos de EBITDA, e assim por diante, para se ter uma estimativa do valor relativo de uma empresa.

Na avaliação pela abordagem do Valor Intrínseco, atribui-se à empresa valores calculados a partir de bens e ativos existentes, ou de fluxos de caixa que se espera sejam gerados por ela durante sua vida útil, e os graus de incerteza a eles associados.

Ainda sobre o Valor Intrínseco, podemos citar como metodologias utilizadas o Valor Contábil, Valor Patrimonial de Mercado, Valor de Liquidação, entre outros, mas a metodologia mais amplamente utilizada é a de Fluxos de Caixa Descontados.

Na metodologia de Fluxos de Caixa Descontados, como o próprio nome sugere, o que se faz é basicamente trazer ao valor presente a geração de caixa futura do negócio, aplicando uma taxa de desconto ajustada ao risco do negócio, que é a taxa mínima de retorno atrativa para o investidor.

Mas para que possamos projetar esta geração de caixa futuro, voltamos ao ponto de sermos forçados a compreender claramente onde o negócio está, com todas as suas informações estratégicas, contábeis e financeiras, e para onde ele vai, a partir do crescimento esperado para os próximos anos e das estratégias que precisam ser implementadas para que este crescimento seja entregue.


Viu como as coisas passam a fazer muito mais sentido? A partir do momento que se faz a gestão do negócio pensando, além do lucro, na criação de valor, tem-se muito a ganhar pela oportunidade que esta abordagem traz de refletir sobre a sua empresa de uma forma muito mais abrangente!

               

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João Vitor Carminatti, CFA

Construindo o futuro dos bancos de investimento

3 a

Excelente conteúdo Lie!

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