Quatro Lições que eu aprendi na Expo Retomada
Nos dias 14 e 15 de outubro aconteceu em São Paulo a Expo Retomada, um evento modelo de apresentação e implementação dos novos protocolos de segurança com a pandemia de Covid-19.
Parabéns aos idealizadores Paulo Octavio Pereira e Fernando Lummertz
Foram sete longos meses sem a produção de eventos corporativos. Os mais pessimistas diziam: “o mercado está acabado”; os muito otimistas diziam “vamos pivotar tudo para o digital”; e na vida real as alternativas foram se costurando, entre uma e outra. Muitos infelizmente precisaram deixar o mercado ou chegaram à falência. Outros conseguiram criar ótimas experiências virtuais. E agora estamos na fase de um novo começo.
A visita à Expo Retomada me trouxe algumas reflexões e lições que eu gostaria de deixar marcadas aqui:
1) O digital veio definitivamente para somar no mercado de eventos, sejam corporativos, de entretenimento, culturais ou outros.
Eu acredito realmente que o ponto é somar, e não substituir. Não, o virtual nunca vai substituir o presencial. Mas também não é possível hoje pensar um evento e não conceber a incorporação de tecnologias e digitalização diversas, desde credenciamento, aplicativos, interatividade até realidade aumentada. Se antes você podia considerar estes itens como “um extra possível” considere daqui pra frente como um item indispensável no seu planejamento e budget.
2) A comunicação precisa ser cada vez mais clara, direta objetiva e múltipla. Multi mídia e multi-funcional. Aqui não estou falando da esfera da comunicação apenas como a divulgação do seu evento. É indispensável considerar todas as funções da comunicação no seu planejamento de evento. Atenção e cuidado ao conteúdo e as forma que ele comunicado; uma comunicação informativa clara; e também a esfera educacional e operacional da comunicação. Garantir que tudo seja acessível e disponibilizado nas mais diferentes ferramentas, desde a digital (que já falamos agora é indispensável) até auditiva e visual estética.
3) O tempo é um fator indispensável no planejamento de qualquer evento, mesmo quando é produzido pelos maiores feras do mercado. Um evento modelo, vitrine, ousado e inovador como este que foi proposto, precisa sim de uma grande articulação profissional, ativação de parcerias e uso de metodologias ágeis. Mas a apresentação dos resultados do evento está limitada pelo tempo concreto de produção muito curto e prejudicado por todas as barreiras práticas e burocracias que foram impostas pelo cenário da pandemia.
4) O setor de eventos precisa se unir e se articular para desenvolver toda sua potencia. Essa foi, acredito, a mensagem principal do Painel apresentado no evento: “Insights da sessão de Design Thinking: o futuro dos eventos”. Para enfrentar a crise no setor provocada pelo cenário pandêmico a articulação de forças e organização desde o nível político com entidades e associações que culminou na criação da Câmara Brasileira da Industria de Eventos (CBIE), até as ações práticas de voluntariado e colaboração entre as pessoas como o projeto “Ajude um Freela” foram essenciais. Desejamos que nessa nova etapa possamos fortalecer esta união e produzir cada vez mais uma concorrência leal, amigável e cooperativa dentro do setor.
Estes foram os pontos que mais me marcaram neste evento. Mas a experiência teve tanto sucesso que já está sendo levada para outras capitais do Brasil.
E você, participou da Expo Retomada? Me conta suas impressões.
#produçãodeeventos #videdeprodutora #ExpoRetomada #eventoscorporativos