Que tipo de coragem para qual líder nas organizações?
Quando se fala de liderança e de carreira, principalmente atreladas ao tema do empreendedorismo se fala de coragem. Quando penso em empreendedorismo não o tomo apenas sob o ponto de vista da pessoa que está abrindo uma empresa, mas sim, sob a ótica daqueles que desejam fazer a diferença em seu ambiente de trabalho propondo melhorias e destacando-se positivamente.
Contudo, que tipo de coragem pode ser mais adequada dentro do ambiente das organizações. Como assim que tipo de coragem? Elas não são todas iguais? É aí que nos enganamos, a coragem é situacional e, por isso, há um tipo de resposta diferente para cada contexto. Uma pessoa que é corajosa no trabalho pode ter medo do escuro e isto não fará dela nem menor nem pior. São coisas bastante diferentes.
A tradição filosófica, seja ela oriental ou ocidental, tem dado algumas recomendações ao longo dos séculos sobre a questão da coragem. Estas sugestões podem ser úteis quando pensadas dentro do ambiente da gestão. Vamos observar algumas delas.
Primeira: A máxima socrática: Só sei que quase nada sei! Todas as vezes que você for entrar em contato com um desafio busque fazê-lo sem pré-concepções. Permita que a realidade se expresse por ela e a partir dela mesma. Não queira já chegar com a resposta pronta, pois você será contaminado pelas suas expectativas e perderá as oportunidades que, por ventura, o contexto possa lhe oferecer. Observe, pondere, escute e busque entender quais são os movimentos inconscientes já instalados na cultura da organização.
Neste ponto um aceno é importante para algo que é bastante recorrente nas práticas organizacionais: A vaidade corporativa, que nada mais é do que pensar que você sabe tudo sobre o seu negócio ou a sua marca. Aprenda a consultar frequentemente os seus stakeholders. Feedback não é luxo ou coisa de pessoas com habilidades sociais desenvolvidas. Ele é uma estratégia de gestão poderosa.
A segunda máxima vem do Oriente e diz: O conhecimento é do tamanho do homem! Ao entrar em um ambiente empresarial, marcado pela competição e pela superexposição das virtudes, certificações e qualificações temos a tendência de super valorizarmos as coisas ou, pelo contrário, a menospreza-las. Esta máxima nos ensina a ponderabilidade. Ela nos diz que não devemos nos acomodar com o mínimo, mas também não é viável e plausível forçar as coisas e a realidade para além daquilo que está ao nosso alcance. Cuidado para não se tornar a sua mais elaborada e sofisticada mentira.
Dentro deste ponto se pode fazer um aceno a consistência organizacional. A cada vez que temos novos líderes ou, como dizem por aí, "sangue novo no pedaço", a tendência que se nota é a de abandonar a tradição e mudar simplesmente para imprimir ou "deixar" a própria marca. Cuidado com isso. É preciso ter coragem para, respeitando o propósito da organização, ser consistentemente inovador. Não seja o gestor modinha, mas sim, alguém que inteligentemente lê a realidade e sabe atualizá-la sem perder o seu propósito.
Por fim, mas não menos importante, não caia na armadilha da falsa humildade. Em cada degrau, em cada etapa, há o que lhe cabe e isto pode e deve ser reconhecido. Não é pelo fato de você não ser o CEO ou o líder que você não pode empreender e desenvolver-se dentro da função que lhe cabe.
Até breve,
Prof. Gillianno Mazzetto PhD, Co-founder EiPsi
Professora de espanhol inglês e português
4 aProfessora Esthefânia do Italki. Español para negocios, gramática y preparación para pruebas de proficiencia y ENEM. Alumnos de todos los niveles. Português para negócios, gramática e preparatório para provas de proficiência e para o ENEM. Alunos de todos os níveis.