A queda me venceu !

A queda me venceu !

A queda me venceu por cerca de 60 dias, e foi só. Ando de bike por estradas rurais por mais de 7 anos e recentemente sofri a única queda que me parou por uns dias, fratura na clavícula e fiquei impedido de fazer meu trabalho e de pedalar por dois meses. Hoje, após esse período sai para pedalar sozinho, um pouco inseguro, percorri a distância de 22 km, olhando meu histórico no aplicativo Strava minhas ultimas pedaladas tem uma média mais alta (65km, 85km, 102km) e pode fazer pensar que hoje foi brincadeira de criança.

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Nos primeiros dias após a queda, fiz o que pude para encurtar está pausa; sem sucesso. Com isso foquei em estudar o máximo que pude, comprei mais livros que poderia ler neste período, consegui terminar Mindset de Carol Dweck; O que você diz depois de dizer olá de Eric Berne; Poder sem limites de Tony Robbins; Apresentações de Richard Hall e conclui A lógica do Cisne Negro de Nassim N. Taleb. Estou lendo neste momento Nascido para Correr de Christopher McDougall e Todo Mundo mente de Seth Stephens-Davidowitz. Estão ainda embalados para ler: Operação Cavalo Tróia 1 de J.J Benítez e A estrutura da Magia de Richard Blander e John Grinder e, ainda está em trânsito devo receber na próxima semana, Como Vender qualquer Coisa a Qualquer Um de Joe Girard (Ganhei do meu Gestor). Aproveitei cada minuto que pude com minha família, renovei as energias com minha filha que ganhou nesse período o apelido carinhoso de “o grude do papai” fomos ao cinema, ao parque e visitamos amigos além de uma pequena reforma no apartamento, minha esposa teve um pouco mais de tempo para seu trabalho e criações. Recebi propostas de negócios e emprego, voltei a ouvir bons podcast de liderança, criatividade e motivação, assisti boas palestras pelo youtube e exerci algumas práticas de Mindfulness .

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O que me chamou a atenção nesse período foi que em cada lugar que eu chegava sempre tinha alguém que me abordava com afirmações do tipo “O que aconteceu? que Merd*”, te “Falei para tomar cuidado”; “Venda a Bicicleta”; “se fude* hein”; e por ai vai. Pensando nestes é que coloquei o título acima, não me recordo de alguém tentar me apontar uma visão racional, positiva e motivadora sem antes colocar em negrito a “cagad* que eu fiz”. É triste pensar que nos momentos de aflição, tendemos a se juntar e apontar todos os pontos negativos, mostrar o quanto perdemos, sei que não somos perfeitos, mais na próxima vez que eu encontrar alguém em uma situação ruim, gostaria muito que minhas primeiras palavras sejam “O que está fazendo para melhorar” e não o “Nossa, como isso é ruim” que seja, “O que aprendeu com está experiência” e não “Você nunca aprende” que seja “Eu acredito que pode sair mais forte dessa” e não “Se fude* hein”.

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A queda não me venceu, e sim me fortaleceu. Tive a oportunidade de aproveitar cada minuto para viver em profundidade coisas que no dia-a-dia passam como corriqueiras, coisas como está volta de bicicleta que fiz hoje, para quem pensou que foi brincadeira de criança, realmente me diverti como uma criança, passei por poça de água, apenas para ver os respingos, tirei fotos de flores e placas engraçadas, respirei mais fundo quando me afastei mais da cidade e me aproximei das estrada rural, me arrisquei em pequenas subidas, fiz um caminho novo só por curiosidade e por fim identifiquei causa de minha queda que até então, não tinha entendido direito, foi uma falha no equipamento que usei no dia, o Tênis está escorregadio, estou longe de ser uma atleta , mais para uma “peba” como dizem nos pedais e, com isso defini que minha próxima aquisição não será em livros e sim, mudar do tênis para sapatilhas; já estou ansioso para saber como será minhas novas pedaladas.

Refletindo, voltei ao trabalho a dois dias e tive a mesma imersão, assim como quando passei pela água e me diverti com os respingos, percebi muitos detalhes no comportamento de toda a empresa, do colega que exerce a mesma função, do setor de manutenção dos gestores e clientes, notei oportunidades de expor o que considero minhas melhores habilidades e de testar novas técnicas que conheci neste período de estudos. Em uma das palestras que assisti, Gilclér Regina disse algo parecido com "Ver o que todo mudo vê e enxergar diferente" para fechar em uma frase, mesmo que está seja de uso comum é:

Caiu, Levanta!                 

Renan Vinicius

Auxiliar Administrativo de Cobrança na Iperbras - Ind E Com De Aluminios

5 a

Show de bola Luis!

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