Quem admira, mira!
Nunca a tecnologia nos favoreceu tanto com relação ao desenvolvimento pessoal, desenvolvimento social, profissional, com relação à demanda, a entrega, a resultados, a pesquisa, a aprofundamento... Nunca a tecnologia esteve tanto ao nosso favor.
No entanto, com a mesma intensidade, na mesma altura, nunca as redes sociais, a tecnologia nos foi tão prejudicial. E eu faço um recorte específico com relação à Instagram. Eu trabalho com o Instagram. O Instagram para mim é uma ferramenta realmente de trabalho profissional. Eu ali uso como mais uma plataforma de entrega, de encontro e de possibilidades. É por ali que eu oferto minha mensagem, é por ali que eu divulgo as coisas que eu faço. Eu uso estritamente para o campo do trabalho. E eu percebo que as pessoas, de maneira geral, elas usam o Instagram de maneira muito prejudicial. E o Instagram, ele pode ser um efeito colateral, ele pode trazer uma seqüela para a nossa saúde mental, para a nossa produtividade, muito, mas muito negativa. E a gente precisa tomar cuidado.
E um desses lugares principais que fazem com que o Instagram nos destrua por dentro é a comparação. Nunca foi tão fácil da gente se comparar com o outro. Então a gente está ali num domingo à tarde, deitadão no nosso sofá, rasgado, e de repente a gente abre o Instagram e vê ali o nosso amiguinho em Dubai. E a gente se compara, inevitavelmente, porque eu estou aqui e porque ele está lá. A gente compara o nosso bastidor com o palco dos outros o tempo todo, sendo que a gente não percebe que existe um filtro, existe uma curadoria, existe um processo seletivo, quantas vezes a pessoa tentou postar aquilo, você sabe de fato o que acontece na realidade daquela pessoa?
A gente sabe da nossa, né? E isso é muito cruel. Quem compara para, quem admira mira. Como que a gente inverte esse jogo? Porque é muito mais fácil.
E eu percebo também, na vida social em geral, eu tenho frequentado a academia todos os dias há algum tempo, e eu percebo nitidamente quando passa, por exemplo, uma mulher fitnada ali, eu vou usar o exemplo da mulher, que é um exemplo mais comum, e eu ouço comentários do tipo “nossa, ela deve estar tomando bomba, ela deve estar tomando algum veneno, nossa, ela não tem trabalho, não deve ter louça”, ou seja, a gente tem a capacidade de diminuir o outro para que o outro fique do mesmo tamanho do que nós. Por que a gente não enaltece?
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Por que a gente não admira?
É aqui que está o ouro, é aqui que está o segredo do jogo. Quando a gente tira essa inveja e substitui por admiração, que benção! Isso é um espírito muito nobre. É de uma nobreza sem tamanho quando a gente faz isso. Mesmo que o outro tenha, ou ele está no lugar que a gente gostaria de estar, quando a gente enaltece, Deus abençoe, que Deus te ilumine, que o universo conspire sempre a teu favor. Como é que você fez isso? Que legal!
A gente vai para o próximo degrau. E esse comportamento, ele é um comportamento crucial de quem realiza e o de quem não realiza. Essa admiração, essa substituição que a gente precisa fazer da comparação, porque a comparação é um ladrão da felicidade, a comparação é o que rouba a nossa capacidade de realizar, e a gente precisa imediatamente substituir por admirar, celebrar.
Enquanto não chega a nossa vez de ser aplaudido, que tal aplaudir o momento do outro? Isso é comunicação. Bora junto? Bom dia para nós!