Quem disse que a máquina de lavar antiga não era uma Inteligência Artificial?
“Sempre que se sentir autêntico e genuíno, você está indo na direção certa.” - James Clear.
Vamos fazer um resumo da semana Bimodal 11.5.2.
O papo geral foi sobre mudanças, hábitos e como podemos caminhar para uma vida mais saudável, a partir das provocações feitas pelo James Clear.
No meio do caminho tivemos um papo paralelo sobre IA.
Papo sobre IA
Melhoramos bastante nossa visão sobre IA.
IA é um conceito da moda, que, do jeito que está sendo usado, está mais atrapalhando do que ajudando.
Qual a novidade na nossa definição de IA?
1- Definimos que existem tecnologias que tem um tipo de inteligência, basta agir sozinha, tal como a máquina de lavar, ao contrário de uma enxada, que não tem nenhuma, uma separação entre máquinas não eletrônicas e eletrônicas;
2- Que temos máquinas eletrônicas que são analógicas ou digitais;
3- E que dentro das máquinas digitais, temos as Inteligências Artificiais Digitais da Gestão (que seguem ordens orais e escritas) e as da Curadoria (que funcionam pelos Rastros).
Demos um bom upgrade e contamos com as sacadas de Marshall McLuhan para nos trazer a este ponto.
Guinadas não existem sem passos
O primeiro ponto foi um questionamento da ideia de que nossa vida é feita de grandes guinadas e não de pequenos passos.
Uma vida guinadeira e não passeira é aquela que temos a fantasia de que vamos mudar de vida passando por um portal mágico.
Clear nos aponta que uma vida melhor só é conquistada justamente pelo oposto.
É dos pequenos passos do dia a dia que conseguimos dar grandes guinadas e não o contrário.
Isso foge do senso comum.
Se vende a ideia que tudo é fácil, basta comprar o produto tal e que no dia seguinte você será outra pessoa.
O mainstream vem daí.
O esforço é hoje ainda pouco valorizado por dois motivos:
Assim, quem se esforça não é valorizado. Isso é algo que Martin Seligman questiona bastante e cita Angela Duckworth como autora que questiona bastante isso.
O mainstream vende a ideia de que ou mudamos de vez (basta comprar meu produto) ou não mudamos - o que acaba nos levando para a procrastinação e a não mudança.
Fantasia Infantil Disneyliana
Nessa linha, temos a infantilização das pessoas, que acreditam que o esforço não é a base principal de uma vida melhor.
Vai na linha que questionamos do Paradigma Estrutural sobre Felicidade:
Não adianta achar que felicidade é chuva, que vai cair do céu, dançando um dia só na praça, mas é chuveiro, que precisa ser regulado o tempo todo.
Cheguei a brincar e criar a ideia da fantasia infantil Disneyliana.
Mudar a nossa vida não é definitivamente entrar no beco escuro de Clark Kent e sair cinco minutos depois de super-homem.
O processo exige tempo e paciência para colher bons resultados.
Malandrismo
Chegamos ao Malandrismo - nova e boa atitude que foi incorporada ao GFB 2.0.
Coloquei no Glossário Bimodal:
Malandrismo - a arte de transferir tarefas mais fáceis e rotineiras para nossa Mente Primária e deixar a Mente Secundária com o mais complexo. Ou ainda: problemas novos e conhecidos devem ser colocados na Mente Primária, deixando os novos para a Mente Secundária.
Saiu uma boa frase: Uma mente melhor aproveitada é aquela que automatiza tudo que é osso e dedica a área nobre para o filé!
Orgulho e Autoestima
A questão central da felicidade passa justamente onde decidimos colocar nosso orgulho.
Note que o orgulho é algo diretamente ligado à autoestima.
Se eu sou uma pessoa muito preocupada com meu cabelo, muito da minha autoestima está ligada ali.
Se você coloca a sua autoestima no lugar errado, a tendência é que ela vai flutuar sempre de forma indevida.
Vejamos a diferença das posições da Autoestima:
Porém, quando temos Ambientes Mais Centralizados, a tendência é que nossa autoestima vá se deslocando dos processos para as coisas e resultados.
No caso de um Conceituador, que passa a ter orgulho dos conceitos que cria e não do processo de descoberta de determinado fenômeno.
O orgulho é filho direto da autoestima.
Me diga onde você coloca o seu orgulho e te direi como você está lidando com a sua autoestima.
Orgulho Tóxico e Saudável
Aqui temos a diferença entre o Orgulho Tóxico do Saudável.
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Orgulho e Poder
Podemos ainda estabelecer regras de como tudo isso varia, conforme a Topologia de Poder, mais ou menos centralizada. Vejamos a regra:
Quando temos Verticalização na sociedade, temos:
Quando temos Horizontalização na sociedade, temos:
Hoje, dentro da Renascença Civilizacional que estamos vivendo, temos a exponencial demanda da passagem da Vida Sobrevivente e Instagrante para uma Mais Missionária.
O que nos levou para a conversa sobre Autoestima Mais Personalizada, que estamos tendo agora e a redução da Mais Massificada, da qual estamos saindo.
Leitura Ativa
O que é uma Leitura Ativa?
É aquela que o leitor já tem uma Narrativa Ativa e não lê por ler, mas incorpora algo no que já existe. Ao ler, ele questiona, incorpora, modifica e se torna mais forte em cada leitura. Evita fazer uma Leitura Passiva, que se aproveita pouco do que foi lido e boa parte é esquecida com o tempo.
Narrativa Ativa
Quanto mais se lê, melhor fica a nossa Narrativa Ativa.
Para que possamos ter uma Narrativa Ativa Mais Forte, entretanto, é preciso:
Papel do cientista
Detalhamos de novo, deixando claro que ele organiza Ambientes de Diálogo, que servem para entender e lidar melhor com fenômenos.
Ele não procura verdades, mas melhores verdades.
E uma das atividades principais é a criação de Conceitos Mais Fortes do que Fracos.
Na Excelência da atividade, diria até que consegue separar, sem criar confusão, os conceitos mais de sala (para um público mais leigo) e de cozinha (para um mais especializado).
Elogios e críticas ao Clear
James Clear é um autor renascentista (ligado às necessárias mudanças do tempo presente) e descentralizador (abraça visões que fortalecem a singularização).
Por isso, gostei tanto do livro.
Ele, por estar longe da academia, é mais Carpinteiro (cria conceitos) do que Escopetador (crítico do mainstream).
Falta ele um pouco mais de teorização, mas de maneira geral o livro serve de base para a Bimodais e passou a entrar na Bibliografia Básica da Escola.
Constatamos algumas falhas no livro de Clear:
Porém, serve de base, sem dúvida, para ajudar na preparação para se abraçar Guias de Felicidades Mais Fortes.
Psicologia 2.0
Cada vez fica mais claro o papel da Psicologia 2.0, que tem como missão:
Bifurcação sobre Identidade
Detalhamos duas possibilidades:
Exercícios da Mudança
Mudanças Pessoais podem ser divididas em dois tipos:
Mudanças Pessoais Estruturais passam pelas seguintes etapas:
Tripé da Mudança Essencial
Para facilitar, podemos operar com a revisão do seguinte tripé:
Momento Platô
Novo conceito que indica determinados momentos que percebemos os resultados dos nossos esforços, respiramos, nos orgulhamos e continuamos a jornada.
Destaco ainda na semana, o que comentei no artigo anterior, como relevante:
É isso, que dizes?