Quem manda?

Recentemente dei o "start" em um projeto de qualidade de vida, no qual basicamente permito algumas horas de uma boa conversa e projetos em um café com alguns colegas de diversas áreas, no qual surgiram diversas idéias.

Em um destes cafés, surgiu a seguinte questão "Até onde eu trabalho para o meu dinheiro e até onde o meu dinheiro trabalha para mim?". Pensando em uma expressão famosa na internet, "Vida adulta é comer mal, trabalhar muito e pagar boletos.", entretanto, esta realidade criada/imposta para muitos profissionais, está diretamente relacionada com a falta de estímulo e produtividade, devido aos impactos psicológicos que ocorrem em quem vive para pagar boletos. Este tipo de falta de produtividade e motivação, por mais que a empresa tente, não irá conseguir estimular por longo prazo, pois esta frustração não está relacionada com o profissional e sim com a ausência de motivação pessoal.

Opa, quer dizer que a culpa de alguém estar desmotivada é por que ela ganha pouco e só paga boleto? -Não.

Então a culpa é por que as pessoas não sabem usar dinheiro? -Não, apesar que educação financeira não faz mal a ninguém.

Certo, de que se trata este artigo?

-Vamos pensar da seguinte forma, não importa o quanto você ganha por mês e sim o que é projetado para o futuro. Pessoas necessitam de objetivos como forma de estarem motivadas em suas vidas pessoais e profissionais. Um exemplo simples de compreender, que já foi compreendido pelos grandes desenvolvedores de jogos, as pessoas tendem a ficar mais estimuladas e aficionadas pelos games no qual o personagem apresenta um objetivo e este objetivo torna-se complicado a cada momento.

Transforme isso para o mundo real, crie pequenos objetivos para seu dinheiro, um curso, uma viagem, um hobby e guarde o possível para alcançar. Comece por baixo, R$5, R$10, R$100, R$1000, aquele restinho que "não sobra", porém se guardarmos não irá fazer tanta falta .. Mês após mês, naturalmente estará pensando em cortar alguns gastos como forma de alcançar aquele seu combinado.

A falta de objetivos pessoais, reflete consideravelmente nos objetivos profissionais, consequentemente a sensação de estar trabalhando para "pagar contas" começa gerar a frustração em excelentes profissionais, que começam a sentir que não estão valorizados suficientemente e mesmo aqueles que entendem, que a situação do mercado atual é tão pesada que algumas empresas mal conseguem pagar às contas, acabam não conseguindo lidar com uma frustração auto-infligida.

Em contra-partida, conheci profissionais maravilhosos, com salários "de mercado" e com sorrisos em seus rostos, animados, empolgados.. Cada um trazendo histórias incríveis sobre viagens maravilhosas, cursos diferenciados, aprendizados únicos. Conheci alguém que foi para Paris e outro que fez um curso de massa de pizza, ambos motivados e planejando o próximo passo.

A grande verdade é: Não importa o quanto você recebe no fim do mês, nunca será dinheiro suficiente. A qualidade de vida não está relacionada com quanto você recebe e sim o que você faz com o que recebe. Pague os boletos (não queremos complicações financeiras), guarde um pouco e use um pouco para aproveitar o descanso em família.

Seja você a sua motivação, deseje e planeje algo, crie seus objetivos e corra atrás deles, não desista. Alguns meses você não irá conseguir, não desista!

Aproveite as fintech's ou instituições financeiras, use e abuse de aplicações de baixo risco para guardar seu "trocado" e classifique como "Aquela viagem/Aquele curso/Aquele sonho".. Invista, reserve, planeje e sonhe.

Obs: Uma outra verdade, profissional motivado é profissional produtivo. Profissional motivado e produtivo é o que da salto na carreira! E etapa após etapa seus sonhos poderão alcançar vôos mais altos e em cada fase os objetivos anteriores serão mais fáceis de serem refeitos e os próximos serão ainda mais interessantes de compartilhar.

E se chegou até aqui nessa leitura, que tal criarmos o objetivo de um café e pensarmos em alguns outros objetivos e como alcança-los?