Quem pedala precisa saber conviver com elo mais frágil
Todos os dias venho para o trabalho pedalando pela ciclovia do Minhocão.
Tanto para ciclistas quanto para pedestres a ciclovia passou a ser uma opção –para os primeiros, ao trânsito selvagem das ruas do centro, e para os últimos, às calçadas sofríveis da região. Afinal, é uma superfície lisa, limpa e com boa iluminação, coisa rara na cidade de São Paulo.
Mesmo antes de um ciclista atropelar e matar um pedestre na via, já havia um certo estranhamento entre quem pedala e quem anda debaixo do Minhocão, fruto da novidade.
Há pontos de ônibus que obrigam pedestres, muitos deles idosos, alguns com bengalas e andadores, a seguir um trecho a pé pela ciclovia. Ao mesmo tempo, a ciclovia permite que as bicicletas desenvolvam certa velocidade.
Para os ciclistas, é perfeitamente possível conviver com os pedestres, apesar dos pontos cegos causados pelas pilastras do Minhocão. Mesmo que haja necessidade de melhorar a sinalização, basta pedalar a uma velocidade razoável, desacelerar quando vir alguém a pé e seguir adiante. É isso que a maioria dos ciclistas faz o tempo todo.
É mais fácil evitar um acidente fatal com pedestre a bordo de uma bike. Não é à toa que, no ano passado, em plena proliferação das ciclovias, dos 538 atropelamentos fatais na cidade, apenas dois foram cometidos por pessoas usando bicicletas. Os carros mataram 200, seguidos pelos ônibus (114) e motos (90).
Mas, como acontece com automóveis e ônibus, há ciclistas que pedalam agressivamente. Antes das vias segregadas, em meio aos carros, isso podia ser até um meio de sobrevivência.
Agora, com a expansão das ciclovias, quem pedala em vias compartilhadas tem que tomar consciência de que deixou de ser o elo mais frágil. E que, mesmo fora da faixa, os pedestres têm sempre a preferência.
Não são ciclovias ou avenidas que matam as pessoas, mas a imprudência, principalmente a de quem está atrás do volante. Ou do guidão.
Team Leader II na Inventus Power
9 aTudo se deve ser feito obedecendo o plano diretor com projetos urbanístico, e culpar no que concerne à cultura venhamos aceitar que tudo é questão de adaptação com mudanças de culturas, não podemos viver o resto da vida com culturas do tempo dos povos da pedra lascada, ou seja, tudo se pode e deve mudar sem agredir e afetar a geração futura. Vamos sim agregar valores desde do berço ao túbulo. Claro que existem cidades exemplos, mas afirmar que as outras não são capazes é uma questão de inferioridade, aproposito, somos Brasil capazes de mudar e padronizar e darmos exemplos aos outros países. Avança Brasil na utilização de recursos renováveis.
Gerente Nacional Propaganda Médica e INVESTIDOR EM CONSÓRCIOS
9 aInfelizmente as ciclovias estão sendo feitas sem planejamento e de forma arbirtrária. Locais que ligam nada a lugar nenhum. Proprietários de imóveis e comércios que não podem estacionar nas suas portas ou mesmo seus clientes para carregarem seus carros. Bom, se a prioridade é o transporte público...
Coordenador Supply Chain / Aconselhamento profissional voluntário
9 aAlerta pertinente, muito bom.
Analista/ Tecnólogo de Logística e Produção/ Cursando 6⁰P de Engenharia de Produção.
9 aAqui em Floripa e região tem muitos adeptos da bicicleta, mas estamos anos luz em ter um bom sistema de ciclovias . Nas grandes cidades esse um dos principais motivos para que muitos ainda utilizem seus carros para trabalhar, tornando o trânsito um caos.
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9 aConcordo com você Márcia, falta educação e respeito pelo ser humano, principalmente pelos idosos.