Quem são seus mentores?

Quem são seus mentores?

Não é de hoje que sabemos da importância de ter alguém para se espelhar. Aquelas pessoas que admiramos pelo caráter, conhecimento, carisma ou outra qualidade, que nos faz pensar "nossa, eu queria ser como ele". Seja porque nos ensinam com suas experiências, ou mesmo nos fazem entender o que estamos precisando, o fato é que podem alavancar aquilo que precisamos para ter sucesso profissional ou pessoal. Alguns temos o prazer de conhecer pessoalmente. Outros, nos ensinam por meio de livros, palestras, sites, blogs, videos, etc.

Hoje estava lendo um artigo no LinkedIn da Bruna Moreira, que chamava atenção para lições que aprendeu com pessoas que influenciaram sua carreira ( link no final deste artigo). As lições que compartilha são interessantes, e confesso que até como forma de retribuição, fiquei com vontade repassar algumas que eu aprendi ao longo do tempo. Só que ao invés de selecionar vários mentores, escolhi um só - na realidade meu mentor mais importante.

A pessoa em questão é meu grande amigo norte-americano Russ Salzmann. Russ é o ex-CEO do Institute of Real Estate Management (IREM), instituição cujos profissionais que têm suas certificações administram mais de US$ 2 trilhões em propriedades pelo mundo. Além de fenomenal executivo, é capitão licenciado da Guarda Costeira dos EUA, palestrante, coach de liderança, e nas horas vagas, pilota sua Harley Davidson e toca guitarra com sua banda de rock. Bom, sem mais delongas, vamos a algumas lições que aprendi com ele:

1) Interesse-se de verdade pelas pessoas

Basta 5 minutos conversando com o Russ e você percebe que não faz perguntas a seu respeito somente para tentar ser simpático. É fácil perceber que ele está realmente interessado em conhecer você e suas ideias. O interessante é que agindo desta maneira, ele aproveita melhor o tempo e, ao mesmo tempo, faz com que você também queira conhecê-lo melhor. É a tal da empatia dando resultado.

2) Educação faz diferença

Em tempos em que é praticamente impossível conversar com alguém sem que esta pessoa consulte o WhatsApp enquanto fala contigo, aprendi uma lição importante em uma ocasião. Em um almoço de trabalho no RJ estávamos eu, ele, e outros executivos do IREM e da empresa em que trabalho em restaurante super agradável em Santa Teresa. Lembro que em determinado momento o Russ disse: "Gostaria de pedir licença para vocês porque estou para receber um e-mail importante dos EUA e, se tiver chegado, preciso respondê-lo". Ele rapidamente consultou seu celular, respondeu ao e-mail e disse "pronto, obrigado", enquanto o grupo falava sobre outros assuntos. Depois disto, colocou seu telefone com a tela virada para baixo na mesa e não tocou mais nele durante o almoço. Por que isto me impressionou a ponto de narrar esta história aqui? Porque o que mais vejo é alguém falar com você e consultar seu celular ao mesmo tempo. Acho que na melhor das hipóteses isto é falta de educação, e na pior, desrespeito. Como se você e o que estão conversando não tivesse importância. Aposto que você conhece muita gente assim, acertei? Lembre-se que em um mundo de mal educados, alguém gentil e bem educado chama atenção naturalmente.

3) Minha ideia ou sua ideia?

Que tal uma terceira opção: "uma ideia". Sabe quando alguém tem uma opinião sobre um assunto importante e que é contrária a outra exposta anteriormente (por um colega de trabalho, chefe, etc.)? A pessoa enche a boca para falar "a MINHA ideia é..."? Este tipo de colocação muitas vezes gera a percepção que ao invés de contrapor ideias, o que está sendo contraposto são as pessoas em que estão conversando. Uma boa forma de colocar sua ideia sem que outros sintam-se desafiados é simplesmente dizer "bom, acredito que UMA ideia possa ser... ". Com isto, o foco passa para a ideia em si, ao invés de quem a apresentou. E pode ter certeza que no final das contas todos lhe darão o devido crédito na questão discutida.

4) Não tente falar tudo que está na sua cabeça

É comum estarmos na frente de um chefe ou uma pessoa importante e querer dizer tudo que está na nossa cabeça. Falar sobre como entendemos um determinado cenário, quais são os problemas enfrentados, quais são as oportunidades e soluções etc. E assim sendo, acabamos sendo prolixos. Nem sempre seu chefe terá tempo ou capacidade de processar tudo o que você quer falar. Lembre que ele tem que lidar com diversas questões ao mesmo tempo, suas e de outras pessoas. Sendo assim, seja parcimonioso, isto é, tente explicar muito com pouco. E vá direto ao que interessa, àquilo que é mais importante e sendo o mais claro possível. Deixe que ele mostre que quer mais detalhes ou outras ideias caso isto seja importante.

5) Ao invés de dar suas respostas, faça perguntas

Imagine uma situação onde você quer influenciar alguém a adotar seu ponto de vista. Vamos supor que você estudou detalhadamente uma situação e apresenta todos os seus argumentos sobre o assunto em questão. Mas que tal usar uma outra abordagem? Que tal, ao invés de dar as respostas, você fazer perguntas? A ideia aqui é fazer perguntas que direcionem a outra parte a dar as respostas que você daria. Desta forma, ele terá compartilhado seu ponto de vista, e como terá sido ele que opinou, dificilmente ele irá no futuro voltar atrás e dizer que não concorda com determinada abordagem.

É claro que o Russ me ensinou diversas outras lições, mas acho que estas são as mais importantes. E posso lhe garantir que deram resultado comigo.

E você, tem alguma lição que gostaria de compartilhar? Deixe-a nos comentários!

Link para artigo da Bruna Moreira: Clique aqui

Um abraço!

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