Quer engajar seus clientes e seu time? Libere endorfina
Matthew Luhn , ex-escritor e artista da Pixar, trouxe toda a mágica do storytelling para os negócios em uma palestra inspiradora no segundo dia do Gartner CIO & IT Executive Conference. Não foi de se estranhar os comentários positivos e elogios nas conversas de corredor logo após a apresentação. Com uma abordagem leve e prática, Luhn compartilhou como as empresas podem usar histórias para se conectar de forma mais profunda com seus clientes e equipes, transformando o jeito de comunicar e liderar.
Luhn começou falando sobre a importância de criar um ambiente onde as pessoas se sintam inspiradas e emocionalmente conectadas. Segundo ele, histórias que ativam emoções como alegria, empatia ou até mesmo medo, liberam endorfinas que nos fazem sentir bem, mais engajados e mais criativos. Essa química, quando desencadeada, gera não só conexões emocionais com a marca, mas também um ambiente mais colaborativo e inovador.
Act 1: Compramos porque somos emocionais
Luhn destacou que, em qualquer história, o primeiro ato é sempre sobre capturar a atenção e criar um vínculo emocional. No contexto dos negócios, não compramos produtos ou serviços simplesmente por causa das características técnicas, mas sim porque as histórias nos fazem querer fazer parte de algo maior. "Eu quero ser parte daquela história", é o que sentimos quando uma narrativa nos envolve. É o mesmo princípio que ele descreve no livro: a emoção é o que move as decisões de compra e fidelidade. As marcas mais poderosas são aquelas que conseguem contar histórias com as quais os clientes se identificam e desejam participar.
Act 2: Personalização através de metáforas e experiências
No segundo ato, Luhn enfatizou a importância de tornar as histórias pessoais e autênticas. Metáforas, testemunhos e experiências concretas são ferramentas poderosas. Ele trouxe à tona a estrutura clássica de storytelling: herói, objetivo, obstáculos e mudança. No mundo corporativo, o cliente ou a equipe é o herói, a empresa fornece as ferramentas para superar os obstáculos, e a transformação acontece quando esses desafios são vencidos. A narrativa precisa ser personalizada, mostrando de forma clara os problemas que o público enfrenta e como eles podem ser resolvidos de maneira inspiradora.
Act 3: Como criar uma história inspiradora?
Aqui, Luhn explicou os segredos para manter uma história cativante até o fim:
Luhn também destacou que boas histórias motivam porque mostram transformação. Seja uma mudança na vida do cliente ou na maneira como ele vê o mundo, a transformação é a chave para uma história de impacto. E ele deu um lembrete importante: existem histórias que mostram o que não fazer, alertando sobre os riscos de não se transformar, como o medo de ficar para trás.
Conexão com a audiência certa
Outro ponto relevante da palestra foi a importância de se conectar com a audiência certa. Luhn explicou que as histórias bem-sucedidas tocam em desejos humanos universais como pertencimento, segurança e liberdade. Além disso, muitas vezes, o medo é um grande motivador: o medo de falhar, de ser abandonado, ou de não pertencer. Histórias que abordam esses medos, de forma autêntica, conseguem capturar a atenção e gerar uma resposta emocional forte.
Em um momento cheio de vulnerabilidade e honestidade, Luhn aconselhou: "Não seja esperto, seja vulnerável e honesto." Para ele, autenticidade é o que realmente conecta as pessoas a uma história. As marcas e líderes não devem apenas repetir as mesmas narrativas, mas sim explorar novas formas de contar suas histórias, sempre com um toque de sinceridade. Em seu livro "The Best Story Wins", ele também reforça que a vulnerabilidade é essencial para criar confiança com o público. Mostrar os desafios e obstáculos que a empresa ou os líderes enfrentam torna as histórias mais reais e cativantes.
Ele também alertou sobre o risco de forçar um tema dentro de uma história. Segundo Luhn, o tema deve emergir naturalmente, não ser explicitado. "Nunca declare o tema diretamente", disse ele. Isso faz com que a história ressoe de forma mais profunda e orgânica.
Estrutura: set up, build and pay off
Por fim, Luhn trouxe a estrutura clássica de qualquer boa narrativa: começo, meio e fim. Ele explicou que, no início, é preciso definir o contexto e apresentar os personagens (setup), depois construir a tensão e os obstáculos (build) até chegar ao clímax, onde a história precisa entregar um desfecho satisfatório (payoff). Esse ciclo mantém a audiência engajada e garante que a história tenha um impacto duradouro.
Mathew Luhn concluiu sua palestra lembrando que toda boa história precisa de uma transformação. Seja pessoal, no cliente ou na organização, histórias são poderosas porque nos mostram como podemos mudar e evoluir. E, no mundo dos negócios, essa transformação muitas vezes significa a diferença entre ser uma empresa que apenas entrega um produto e uma que cria impacto real na vida das pessoas.
A apresentação foi um verdadeiro convite para que os líderes presentes usem o storytelling como uma ferramenta estratégica para engajar, inspirar e liderar com mais autenticidade. No final, o que fica na memória não são os dados ou números, mas as histórias que tocam o coração e fazem com que a gente queira fazer parte delas.
Ajudo empresas B2B a escalarem exponencialmente suas receitas ISócia Diretora Latam Winning By Design IPalestrante e Consultora: Vendas, Marketing & CS IApaixonada por vendas centradas no cliente ❤
2 mPerfeito, Fê! Histórias conectam as pessoas de uma forma super poderosa
Arquitetura Corporativa | Arquitetura de Negócio | Banking | AWS AI Certified | TOGAF 10 | SAFe | MSc. | MBA | PMP
2 mAdorei o artigo Fernanda Nascimento! É o básico, mas muitas vezes não fazemos.
Palestrante na @ DSA Palestras e Treinamentos | Fundadora @ Power Speaker — Hub de Palestrantes Mulheres | D&I | Liderança Feminina | Ajudo as Organizações a Cumprirem a Agenda ESG, Potencializando Talentos Diversos.
2 mAcredita que ainda vejo vídeo institucional colocando o fundador como herói e nada dos clientes? O pior é que as empresas lançam esse tipo de vídeo quando estão perdendo mercado. E depois não entendem por que... Obrigada pelo resumo, Fê! Muito bom!