Quiet quitting ou mudança? O que você prefere?
Muito tem se falado sobre “quiet quitting” ou “demissão silenciosa” que significa fazer apenas "o esperado" para a posição que você ocupa no momento.
Esse comportamento seria uma resposta a pressão cada vez maior por melhores resultados e mais produtividade?
Uma coisa que sempre vi acontecer nas empresas foi a expectativa de entregas maiores e melhores aumentarem a cada ano, expectativa que vem de ambos os lados por motivos diferentes, mas não conflitantes: a empresa espera resultados melhores e as pessoas esperam ser reconhecidas e promovidas.
Isso sempre pareceu relativamente normal, principalmente para uma ou duas gerações anteriores, que cresceram vendo o trabalho como prioridade e símbolo de sucesso.
Mas com a pandemia e novos modelos de trabalho, as pessoas muito interessadas em se conectar com seu propósito (não o só o propósito da empresa) e tendo saúde mental como valor importante, colocaram em evidência as discussões sobre equilíbrio entre vida pessoal e profissional, burnout e lideranças pouco preparadas para lidar com todas essas variáveis.
Ficou então, ainda mais claro o quanto esse “elástico está esticado” em algumas organizações, onde a expectativa por reconhecimento e crescimento profissional levam líderes e liderados a extrapolarem horas de trabalho, perderem o foco na família e no lazer, perseguindo resultados e superação de problemas de forma bastante agressiva.
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Além disso, um modelo de avaliação de performance focado no gap das pessoas, motivam decisões que pioram ainda mais esse cenário, já que desenvolvimento baseado somente “no que falta” é trabalhoso, desgastante e com baixo resultado. O O “quiet quitting” pode ser uma resposta a esse modelo, mas nem por isso a melhor estratégia a médio e longo prazo.
Não ter um combinado claro sobre os resultados esperados pode desencadear entregas muito inferiores a expectativa da empresa, pode gerar estagnação na carreira, perda da motivação e até o distanciamento do seu propósito... mas não vai necessariamente mudar a questão central.
Nesse caso, uma boa conversa com seu líder para conhecer o que é realmente esperado do seu desempenho pode te ajudar a combinar os limites e saber o que é mínimo e o que é “extra”.
Refletir sobre seu desenvolvimento e em como as suas fortalezas irão ajudar a ter grandes entregas e como seu líder e suas relações na empresa podem apoiar nesse crescimento, buscar mentorias e olhar para os temas por outra perspectiva.
Recombinar a estrutura, a distribuição do trabalho e mesmo as responsabilidades também pode mudar a situação e ressignificar os resultados.
E se nada disso funcionar, refletir se esse é mesmo o melhor lugar ou posição para você estar nesse momento, porque as vezes a mudança é o melhor caminho.
Engenharia de Produção | Analista de Compras | Supply Chain | Analista de PCP | Logística
2 aAdorei o texto, uma ótima reflexão para os dias atuais. 👏🏽👏🏽👏🏽
Analista de processos e de produção / Qualidade
2 aExcelente "post" e algo importante a se pensar. Parabéns pela postagem!
CHRO | HR VP | Direção de RH | Transformação Cultural & Engajamento | Change Management |Diversidade & Inclusão | Desenvolvimento Organizacional | Executive Coach | Mestre em ESG-Governança e Sustentabilidade |
2 aParticularmente acho que isso não é nem tendência e nem novidade. Dizem que o que e combinado não e caro, então quem quer fazer um pouco mais faz , quem quer fazer o mínimo combinado faz e quem quer enrolar e não fazer o mínimo tudo bem também. Quem faz mais tem mais chances de progredir, quem faz o padrão colhe o padrão e quem não faz nem o mínimo está sempre na corda bamba. Assim é .
Mentora de carreira | Especialista em LinkedIn | Psicóloga | Coach | Supervisora de RH | Te ajudo a conquistar uma carreira com propósito
2 aAmei o texto! Que bom ter você por aqui compartilhando esse tipo de reflexão. 😉😘
Secretaria Executiva | Diretoria FVC & CEX | Grupo Boticário
2 aQue bela reflexão ... Interessante! Parabéns 👏