Quinhentos Mil

Escrever nas redes sociais é sempre um ato de exposição muito grande! Hoje, confesso que me segurei bastante para escrever este texto porque falar sobre os acontecimentos atuais e seus impactos em nossas vidas é algo muito delicado.

Há pouco mais de um ano, quando escrevi meu artigo “Enquanto estamos na Pandemia”, onde falava sobre os impactos iniciais que sofremos e sobre a arte de ficar em casa em meio a pandemia, jamais imaginei que chegaríamos ao patamar atual de perdas humanas no Brasil. Tinha a esperança de que conseguiríamos conter essa situação mais rapidamente. A esperança era de termos o ano de 2021 mais tranquilo e com a doença sob controle.

Infelizmente, não foi isso que aconteceu! Neste último final de semana fomos arrebatados com o número de 500 mil pessoas mortas pela Covid-19 e junto com elas, consequências incalculáveis para seus familiares. Não é possível entender como “normal” perder tanta gente. Não é possível vivenciar essa loucura e não se sensibilizar com os acontecimentos, seja enquanto pessoa física ou, organizacional.  

Neste momento, vejo somente o aumento da miserabilidade, do desemprego, do desassossego, além do crescimento da necessidade do tratamento da saúde mental dos indivíduos, jovens ou não, os quais, não estão sabendo lidar com as adversidades e problemas gerados durante a pandemia.

Muitas empresas estão preocupadas com os seus colaboradores e estão criando programas internos que visam dar respaldo e base para as pessoas lidarem com os momentos atuais e possíveis pressões psicológicas que o confinamento, o trabalho em casa e as relações humanas podem causar num período tão inusitado. Já as pessoas desempregadas, dependendo de sua situação social e econômica, passam por momentos críticos e muitas vezes de desamparo emocional e social.

Por outro lado, não podemos tapar o sol com a peneira e deixar de observar, que existem também, pessoas que não estão se atentando para as consequências cruéis que a pandemia tem gerado para a nossa sociedade, seja por tranquilidade socioeconômica ou, simplesmente pela ignorância de informação.

Não é possível entender como “normal” perder tanta gente! Não é possível, enquanto pessoa física ou jurídica, não se envolver e se sensibilizar com tudo isso!

Desculpem o desabafo, mas por aqui, sigo com a esperança de que teremos dias melhores! Sigo com a esperança que teremos no nosso país, educação de qualidade para todos e de que possamos, efetivamente, escolher os nossos destinos. Que tenhamos clareza dos intuitos de manipulação e possamos ter poder aquisitivo para o mínimo de conforto e acesso a saúde de qualidade.

Quinhentos mil, não podemos entender como algo normal!

Contudo... Boa semana à todos! É isso aí...