Raízen na COP26: Como contribuímos com a principal conferência mundial de mudanças climáticas
Nos últimos dias você, provavelmente, ouviu muito sobre a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, ou COP26.
Mas, afinal, do que se trata a COP26? Nada mais é do que a maior e mais importante conferência do clima do planeta, que reúne líderes e entidades públicas e privadas de quase 200 países para debater sobre a crise socioambiental e os efeitos causados pelas mudanças climáticas no mundo, além de propor soluções e ações que mitiguem os danos causados.
Muita expectativa foi colocada na COP26 por conta de alguns de seus objetivos nada simples de alcançar, como garantir políticas que nos levem ao nível de zero emissões líquidas de Gases do Efeito Estufa (GEEs), à proteção de comunidades e ecossistemas afetados pelas mudanças climáticas, à alocação de recursos para atingir as metas mencionadas e à cooperação global entre diferentes países para finalizar a regulamentação do Acordo de Paris. Uma pauta urgente e que, mais do que debatida, precisa ser posta em prática.
Em 2015, durante a COP21, o Acordo de Paris estabeleceu um compromisso internacional de combate ao aquecimento global, para evitar que o aumento da temperatura global ultrapasse 2 °C até o final do século. A partir do Acordo, cada país signatário pôde criar suas próprias Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), traçando metas domésticas e estratégias nacionais para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
A nova COP, dessa vez sediada em Glasgow, retomou o debate e vem testando o apetite das nações para acelerar a redução de emissões globais, já que a expectativa por NDCs mais agressivas é grande desde o início do ano. Um fator importante e muito reforçado em Glasgow foi o fato que estamos na década da ação, em que temos que cumprir uma missão inédita na nossa sociedade: cortar quase pela metade nossas emissões globais até 2030. Metas somente de longo prazo não são mais suficientes, o mundo precisa de ação imediata.
Mas, apesar de cada país ter seus desafios na descarbonização, todos têm em comum a grande participação dos setores de energia e transporte nas suas emissões, responsáveis por 73% das emissões globais de GEE, segundo fontes do WRI (2020) e IPCC (2018).
É nesse contexto que se insere a participação da Raízen na COP26. O setor de energia global passa a buscar formas de reduzir suas emissões no curto prazo, e uma das formas mais eficientes de fazê-lo é por meio da energia da biomassa, como os biocombustíveis. E é justamente movidos por esse compromisso que nós, da Raízen, temos buscado ampliar a produção de uma matriz energética limpa e renovável que contribua com uma economia de baixo carbono.
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A partir do nosso etanol de cana-de-açúcar, criamos padrões de produção mais sustentáveis através da circularidade dos nossos processos produtivos e produtos, por meio da maior eficiência no aproveitamento de resíduos. Na prática, o que isso significa? Uma expansão na redução de emissões de GEE no Brasil e no mundo, possibilitada por ações como o reaproveitamento do bagaço da cana para aumentar a cogeração de energia e produzir o etanol de segunda geração (2G), a substituição de fertilizantes minerais por vinhaça e o uso do sistema de água em circuito fechado.
Além disso, açúcar, etanol, E2G, eletricidade e pellets de cana-de-açúcar produzidos pela Raízen passam anualmente pela ACV (Avaliação de Ciclo de Vida), em que são mensurados os impactos dos processos produtivos e as emissões de GEE (pegada de carbono), desde o plantio até a saída das unidades produtoras. Um cuidado integral do qual não abrimos mão.
Tais ações não poderiam ficar de fora do painel no Pavilhão Brasil da COP26. Assim, nosso vice-presidente de Trading, Paulo Neves, apresentou na Conferência nossa jornada de descarbonização global como um case de sucesso e ressaltou o papel da cana-de-açúcar na geração de energia limpa. No painel estavam também o Ministro Bento Albuquerque, Evandro Gussi, da UNICA - União da Indústria de Cana-de-Açúcar, e Maria Beatriz Palatinus Milliet, do Ministério do Meio Ambiente.
Adicionalmente, também tive a oportunidade de representar a Raízen e apresentar na COP26 o nosso case de sucesso de descarbonização (também disponível no livro “São Paulo environmental agreement: 56 successful cases in the climate agenda”) no painel “Advancing corporate descarbonization: public and private synergies and future regulatory frameworks” (Avanço da descarbonização corporativa: sinergias públicas e privadas e estruturas regulatórias futuras), organizado pelos Governos de São Paulo e da França. Uma participação que surgiu graças à nossa adesão ao Acordo Ambiental de São Paulo (CETESB), um programa voluntário que reúne empresas e associações do estado de São Paulo, na busca pela redução de emissão de GEE, no intuito de conter o aquecimento global abaixo de 1,5 °C.
Participar da COP26 e compartilhar com o mundo nosso portfólio de soluções para descarbonização já disponíveis hoje é uma prova de que a circularidade dos nossos processos tem se mostrado um sucesso ao conciliar a produção em larga escala com o desenvolvimento sustentável. Por isso, seguimos comprometidos em adotar e disseminar as melhores práticas de gestão de emissões e das mudanças climáticas no setor sucroenergético, promovendo-as ao longo de toda nossa cadeia. Ou, como costumamos dizer, seguimos comprometidos em redefinir o futuro da energia!
Engenheiro Sanitarista e Ambiental, Mestre em Ciências Ambientais | Biogás | Biometano | Resíduos | Projetos | Descarbonização | Sustentabilidade
3 aMuito bom André! Parabéns
MBA, Gerente de Contas Corporativas
3 aAndré, parabéns pelo artigo! É muito bom ver a Raízen tendo tamanha representatividade na COP26, engrandecendo e trazendo orgulho para o Brasil.
Health, Safety, and Environment Manager - Greenfield Projects | Gerente de SSMA para Novos Projetos | E2G
3 aParabéns André Valente 👏
Analista de Negócios | Analista de Recursos Humanos | Analista Finananceiro | Analista de Crédito
3 aMuito esclarecedor o artigo André Valente, valeu por compartilhar. Mais importante é ver de fato empresas com a mão na massa (em ação), como a Raízen tem feito, e que mais empresas adotem práticas possíveis e não discursos bonitos de ESG. Assim como, cada cidadão faça a sua parte! Todos temos um compromisso!
Senior Consultant/Climate Change/Environmental Governance/Sustainability
3 aMuito bom André! Parabéns pelo seu trabalho na Raízen!