Real Politik x Má Vontade Ideológica
"Nenhum homem decidido a dar o melhor de si pode reservar tempo para contendas pessoais" Abraham Lincoln
Que partido votaria contra o aumento do servidor que estava com o salário congelado há mais de 20 anos?
Que partido votaria contra a criação de 51 cargos de supervisão escolar?
Que partido votaria contra o aumento substancial de verba de locomoção, entre 38% e 57%, para mais de 6 mil servidores da educação?
Que partido lavaria as mãos AO SE AUSENTAR de uma votação para a construção de moradias para mais de 900 famílias que vivem há décadas em uma favela que alaga na época das chuvas?
De maneira friamente eleitoral o PSOL que no discurso fala em valorizar o servidor e defender os excluídos mostra-se na realidade um partido contrário ao povo na Câmara de São Paulo. No último mês durante as votações os vereadores do PSOL votaram contra o projeto de aumento de salário de todos os servidores da ativa e aposentados de 5% que há mais de 20 anos tem um aumento simbólico de 0,01%! A alegação foi de 5% é pouco frente ao caixa (R$ 35 bi) que a prefeitura dispõe, então preferem votar por mais um ano de aumento ZERO ao aumentar em 5% os vencimentos dos servidores. Tem lógica nisso? Isso é sabotar o funcionalismo por pura amargura eleitoral.
Recomendados pelo LinkedIn
Em tempo a Prefeitura de São Paulo após décadas conseguiu sanar as contas públicas e equilibrar a relação dívida/receita. Desse modo, hoje, São Paulo possui capacidade para INVESTIMENTOS em mais de 10% do seu orçamento anual. Além disso, a agência de rating Fitch classificou São Paulo como AAA no quesito de sustentabilidade da dívida. Ou seja, temos um horizonte saudável para fazer investimentos com segurança e sem dinamitar as contas públicas. Isso aumenta a credibilidade externa da cidade e acaba atraindo mais investimento externo direto. Investimento produtivo na veia, gera mais empregos, mais renda e mais prosperidade. Este é o único ciclo virtuoso de superação da pobreza que deu certo no mundo inteiro.
Para se ter uma ideia da fraquíssima argumentação do PSOL para votar contra oi aumento dos servidores, eles exigem um aumento de 27% - um % sem lógica alguma, pois retroage de 2018 até 2022, sendo que o funcionalismo está sem aumento há 20 anos! De todo modo um aumento de 27% para servidores ativos e inativos significa nas contas públicas queimar todo o caixa de 35 bilhões em 4 anos!!! Ou seja, PSOL prefere destruir R$ 35 bilhões destinados para investimentos em saúde, educação, moradia, assistência social e mobilidade, entre outros para pagar um valor INSUSTENTÁVEL aos servidores por 4 anos e depois vai pagar como o aumento? Vão ter que aumentar ainda mais o IPTU de toda população, é obvio!
No caso dos 51 novos cargos de supervisores e aumento de quase 60% de verba de locomoção, alegaram o voto contrário porque queriam 200 cargos e que a verba deveria ficar atrelada a um % do salário, como era a regra antiga, só que não falam que a regra antiga é que deixou esse a verba defasada (!!!) pois o salário estava sem aumento! Mais uma vez votaram contra quem dizem defender. Não se importam em ter mais 50 supervisores educacionais na rede de ensino. Não se importam em atualizar as verbas dos servidores. Não se importam com nada porque mais uma vez o projeto era de iniciativa do Executivo. Só por isso eles votam contra. Isso é raiva e má fé eleitoral.
Por último o maior absurdo de todos aconteceu havia duas semanas quando pela primeira vez na cidade de São Paulo, um projeto de intervenção urbana previa a construção de moradias populares para mais de 900 famílias que vivem em três favelas na Vila Leopoldina, bairro de classe média alta, além de reforma completa em um conjunto habitacional Cingapura da década de 1990. Essas moradias são a contrapartida para a construção de prédios comerciais e residências na área entre o Ceagesp e o parque Villa Lobos. Ou seja, teremos em uma mesma área de um bairro nobre de São Paulo, moradias para ricos e pobres lado a lado e sem gentrificação alguma! Será a maior experiência de uma cidade inclusiva planejada para a convivência de todas as classes sociais e o partido que tem como seu representante maior na cidade, um líder de ocupações do movimento dos sem teto, simplesmente se ausentou da votação que criou estas mais de 900 moradias populares.
Essa é a maior hipocrisia eleitoral que São Paulo já viu! Triste pensar que o PSOL seja visto por muita gente séria como uma alternativa ao status quo político, quando na verdade eles usam e abusam de práticas de retaliação e infantilidade eleitoreira para sabotar as vidas dos mais humildes e de quem está na linha de frente do funcionalismo.
Não basta falar, um partido (com P Maiúsculo) tem que FAZER!
E fazer, propor boas soluções, negociar pontos comuns, abrir diálogos construtivos e vislumbrar caminhos de consenso não é com o PSOL. Ao PSOL basta ser contra e uma vez no poder sabe-se lá em quanto tempo irão falir a cidade com promessas eleitorais absurdas e sem sustentabilidade. O PSOL não é alternativa a nada, é apenas a perpetuação do atraso com um discurso raso!