A realidade dos restaurantes frente a expectativa do mercado

A realidade dos restaurantes frente a expectativa do mercado

O novo normal nem sempre é tão comercial. Muitos empresários, críticos, pensadores e entendidos do meio gastronômico estão falando sobre as novas medidas de higienização que deverão ser tomadas nos restaurantes. Como se tais medidas fossem uma determinante para o sucesso nessa nova empreitada. Vejo alguns comparando e citando grandes restaurantes de países de primeiro mundo como um modelo a ser seguido. No entanto, não contam que tais medidas tem um custo que vão muito além da nossa realidade.

Acredito que os cuidados serão redobrados, e deverão ser, mas não alcançaremos tal nível como desses países que utilizam de capsulas individuais de atendimento. Quem dera que pudéssemos assegurar iguais cuidados. Infelizmente, vivemos em uma realidade em que os custos estão a cima do que realmente deveriam. Os donos de restaurantes se desdobrando para manter seus funcionários, usando seu tempo dentro de seus negócios, ao invés de buscarem uma visão macro, ao invés de buscarem networking, não conseguem ver os problemas com uma visão superior, acabam enxergando gargalos, apagando incêndios e submergindo cada vez mais nas suas complicações.

No momento em que vivemos, os empresários precisam abusar de criatividade para atrair e manter clientes. E é aí que está a nossa futura realidade. A criatividade será a chave mestra para a recuperação do comércio.

Considerando que os clientes estão se habituando a ficarem mais em suas casas, preparando suas refeições, descobrindo novas habilidades gastronômicas, dando valor a pequenos detalhes que antes passavam desapercebidos em seu dia a dia estressante. Sem ressaltar o medo viral que a pandemia trouxe, o qual só o tempo ou uma vacina irá aliviar. E ainda o fator econômico, onde muitos dos que ainda tem suas rendas, estão receosos em gastar. A pergunta que fica é:

Será que o retorno aos restaurantes ocorrerá com intensidade e rapidez? Ou, Será gradativo, lento e sem intensidade?

Agora, imagine os donos de restaurantes, que já estão com baixo capital, poucos funcionários, com os compromissos financeiros intactos e na fila do vencimento, como eles irão encarar o retorno?

Não se trata apenas de um novo protocolo de higiene a ser seguido.

Para dar certo e ser bem-sucedido, o retorno deverá acontecer com planejamento de curto, médio e de longo prazo, mesmo para aqueles que já estão no mercado há longas datas. Eles precisarão investir também no poder de negociação com seus fornecedores, buscar matéria prima local, que proporcione ao restaurante um aumento na qualidade do produto, que acelere o tempo de entrega e diminua o custo no frete, por fim, mas não menos importante, precisarão se reinventar.

Trazendo para a prática, como exemplo, posso sugerir que: o seu filé de Linguado pode virar um filé de Tilápia, o qual é criado em seu município. Essa alteração ira te trazer economia, frescor e de quebra ajuda o comércio local.

O que vai ditar a regra do seu sucesso imediato será preço (sem perder a qualidade), criatividade e um excelente atendimento. 


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