Redes sociais como ferramentas da sociabilidade contemporânea
Ainda há a possibilidade de sociabilidade?

Redes sociais como ferramentas da sociabilidade contemporânea

Definida como uma estrutura ou laço social que é composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. Uma das características fundamentais na definição das redes é a sua abertura, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes.

O imediatismo da comunicação nas redes sociais associada à propagação de conceitos e ideias define as pautas para o mass media contemporâneo, pois é cada vez mais comum ficar todo o tempo conectado numa rede social. Esse fenômeno também reflete em como a sociedade busca se informar. 

Um meio de comunicação pauta se pelo outro, o Facebook, por exemplo, com suas postagens e compartilhamentos, acaba por alimentar com algumas pautas os meios de comunicação mais tradicionais como o impresso e a televisão. Atualmente a vida real se confunde com a vivência virtual em diversas redes, antes a televisão especificamente pautava as conversas com amigos e familiares desde o trabalho ao lazer, hoje a rede social cumpre essa lacuna midiática. Atualmente a informação está posta em todo lugar e disponível em múltiplos aparatos tecnológicos de fácil acesso.

A adesão dos usuários as redes sociais tem sido crescente nos últimos anos no mundo todo, o país que cresce nesse contingente digital é o Brasil. Pois o internauta busca seus grupos de interesses se relacionando com seus pares virtuais.

Vive-se em um estado da arte com os equipamentos móveis, a conexão é fulltime(tempo todo). O conceito de rede social surge em 2003, que são plataformas sociais com conteúdo etnográfico e histórico, pois funciona como parte complementar do cotidiano.

Twitter e Facebook, por exemplo, são mídias sociais em ambientes de convivência colaborativa e imposta pelo uso dos participantes. A cultura participativa com confiança que possuem valores de afetividade. Essa cultura participativa é destrinchada nos estudos de Clay Shirky em A Cultura da Participação – Criatividade e Generosidade No Mundo Conectado, ao colocar milhões de pessoas conectadas, produzindo, compartilhando e consumindo informações, as novas tecnologias e as redes sociais na internet criaram um revolucionário recurso, o “excedente cognitivo”.

É dessa forma que se denomina a soma do tempo, energia e talento livres que, usados colaborativamente, permite que indivíduos antes isolados se unam para grandes realizações. O livro “A cultura da participação” mostra os meios que temos hoje para fazer a diferença e melhorar o mundo.

Esse novo cenário de convivência humana é dado pela polissemia, pois não é preciso muito aparatos tecnológicos para se gerar conteúdos, os smartphones mais modernos são importantes plataformas geradoras para a web e redes sociais. As habilidades cognitivas humanas são implementadas pelas redes sociais na atualidade.

Uma mídia não subjuga a outra, elas se convergem e somente se sobrepõe. Nossa própria concepção de inteligência colaborativa está sendo definido pelo uso das tecnologias.

A aptidão para o jogo e a capacidade de experimentar novas situações como forma de solucionar problemas, habilidade de avaliar a fiabilidade e a credibilidade de distintos canais de informação são proposições impostas pelo uso de diversas redes sociais no cotidiano hodierno.

Segundo Santaella todas as fronteiras estão se dissipando na atualidade exemplificando-se pelas peculiaridades de cada rede:

  • Colaboração – Wikipédia
  • Compartilhamento – Twitter
  • Afetivo – Facebook
  • Politização das redes – existem movimentos políticos e ciberativismo que usam os aparatos tecnológicos para a propagação das ideais e ações como Creative Commons e Anonymous.

 

As redes sociais não são monolíticas, elas extrapolam a concepção de cada um de nós. As práticas de sociabilidade superam as concepções antropológicas com a subjetividade e identidade nas redes. Exemplos de apropriação heterogêneos, pois cada um decide o que ver e compartilhar esse modo de usar é peculiar a cada individuo. Esse cibercidadão retrata sua vivência, assim cada um funciona como um gerador de conteúdos para a rede e somos afetados pelo aqui que está lá. Em termos de alteridade nas redes existe o determinismo tecnológico onde o social funciona como um novo browser (navegador).

No marketing são as redes que abriga o aprimoramento do relacionamento das empresas com seus clientes, e a comunicação viral é a veia condutora da propaganda das empresas na web contemporânea. 

As etiquetas de rádio frequência propagadas em todos os lugares. Cada vez uso de realidade aumentada com a tecnologia 3D. O fim do hardware como conhecemos e cada vez mais naturalizados como o Google Glass². Estado da questão das redes sociais e as transformações cognitivas da evolução digital. O clímax da vigilância e controle como descrita por George Orwell em sua obra 1984. Mas nem tudo ficará digital conclui em sua fala.


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