As Redes Sociais
Qual a utilidade de uma rede social?
Alguns já devem ter feito essa pergunta na frente do monitor.
Das redes sociais, talvez as mais conhecidas são o Facebook e o LinkedIn. Vamos ficar nessas duas para limitar o nosso universo. O Facebook permite o uso “doméstico” e/ou profissional, e o LinkedIn o uso profissional.
A pessoa entra em uma rede social para expor suas ideias – no Face - ou o seu curriculum -no LinkedIn -, em suma, para ser vista.
Tanto o Face quanto o LinkedIn funcionam com o conceito mais explícito da palavra rede; o usuário cria um perfil e convida outras pessoas que são cada uma o novo nó da rede. Cada nó um novo amigo... ou não?
Vou falar somente do lado profissional. Eu sou engenheiro de tubulação com especialidade em materiais, no Face descobri uma empresa de válvulas, a conversa foi assim:
Eu- “não conheço V. empresa, as válvulas são de fabricação própria ou de terceiros?”
Empresa- “nossas válvulas são de fabricação própria, podemos ajudá-lo de alguma forma?”
Eu- “eu trabalho em projetos, na área de tubulação, gostaria de agendar uma visita para conhecer a empresa e seus produtos.”
Empresa- “para que eu possa encaminhar seu contato à área correta, peço que envie mais detalhes sobre o propósito de seu interesse em visitar-nos.”
Bem, o contato entre empresas passa por pessoas, e obviamente não estávamos nos comunicando de forma coerente; resolvi esperar um melhor momento, mas fiquei me questionando, o que o contato da empresa não entendeu? Talvez quisessem meu DNA.
No LinkedIn criei o perfil tempos atrás, coloquei foto, CV. Recebi algumas solicitações de trabalho, indicações, CVs. Eu procuro responder a qualquer solicitação, nem que seja para dizer não. Um não é melhor do que ser ignorado.
Com o tempo, no LinkedIn cheguei a mais de 1200 “nós”, a maioria colegas de profissão. Alguns eu convidei, mas a grande maioria entrou em contato comigo. Network é isso, colegas ligados profissionalmente que dentro do possível se ajudam mutuamente, ou quase.
Recentemente procurei por esses contatos, ora para apresentar serviços, ora para saber de uma vaga específica nas empresas em que trabalhavam. De alguns velhos conhecidos de trabalhos anteriores, recebi respostas positivas. Dos demais colegas do LinkedIn recebi o retorno de alguns poucos com a resposta “cadastre-se no site”; os mesmos sites que eu havia tentado cadastrar meu nome de forma improdutiva; esses colegas na sequência emudeceram. Do restante contatado recebi... bem, não recebi resposta alguma.
Eu entendo que as pessoas hesitem em responder, por falta de tempo, por não querer se envolver, pela possibilidade de contato com alguém que possa vir a ser impertinente, e o "eu não ganho nada com isso". Na verdade, fiquei sem entender. Por quê aceitar ou convidar um colega de profissão a fazer parte de uma "rede profissional" se não for para que haja efetivamente o contato?
Conversando com um amigo, ele comentou que usa o Face para besteirol e que no LinkedIn chegou a ter mais contatos que eu, mas cancelou sua antiga conta e abriu outra onde mantém pouco mais de 50 pessoas, e afirma que não vê motivos para mais porque mesmo com esse número reduzido, raramente mantém conversas com mais de vinte.
Caso a ser pensado!