Reflexão: fala-se muito em Inteligência Artificial, mas pouco de ética. Por quê?

Diariamente somos bombardeados por empresas lançando atualizações de suas soluções com recursos de Inteligência Artificial Generativa prometendo “mundos e fundos”. Desde o lançamento do ChatGPT, da OpenAI, a tecnologia tem sido bastante explorada por boa parte das organizações, seja com o propósito de automatizar processos, ter mais produtividade, melhorar a eficiência operacional, tornar a tomada de decisão mais rápida e assertiva, entre outras razões. De fato, motivos não faltam para apostar na tecnologia, que tende a gerar uma infinidade de vantagens nos mais diversos modelos de negócios. No entanto, por melhores que sejam os seus benefícios, já passou da hora de falarmos mais do papel da ética na IA e a sua importância.

É fundamental entender que a IA Generativa só traz todas as vantagens prometidas devido à sua grande capacidade de processar e analisar uma imensa quantidade de dados de maneira quase imediata. O ponto é que, muitas vezes, os dados são pessoais e merecem uma “atenção especial”, já que é necessário respeitar a privacidade dos seus titulares, que podem querer ou não que eles sejam utilizados para um determinado fim. E as perguntas que faço são: as empresas estão sendo transparentes com os seus clientes em relação a isso? Os colaboradores estão processando esses dados de maneira idônea e ética?

Além dessa transparência, cabe às empresas apresentar o quanto estão investindo no treinamento desses profissionais que acessarão essa enorme gama de dados pessoais. Mais do que investir nessa qualificação, é preciso elas sejam objetivas em relação aos seus propósitos, valores e objetivos para garantir que trabalharão com lisura à medida que fornece privacidade e segurança a essas informações. Não basta ser claro para os clientes sobre os riscos e os benefícios, é necessário que eles autorizem! Em uma realidade em que as empresas são cobradas pelo time to market, deixar a ética de lado ou para depois pode custar bem caro.

É claro que a ética é um aspecto importante em qualquer tecnologia, mas é especialmente crucial na IA, já que ela tem o potencial de afetar significativamente a vida das pessoas. Ainda bem que algumas empresas estão empenhadas em usufruir essas vantagens, mas de forma responsável, adotando processos e modelos de desenvolvimento que ajudam a ter uma IA mais próxima do ideal. O treinamento de algoritmos é um exemplo, já que inclui mais qualidade e diversidade de dados a fim de torná-lo menos tendencioso.

Já a anonimização de dados é outra técnica fundamental que vem sendo utilizada, já que remove informações pessoais identificáveis de um conjunto de dados, protegendo assim a privacidade dos indivíduos. Ela pode ser usada na IA para garantir que os dados permaneçam seguros, assim como a criptografia ao tornar dados ilegíveis para pessoas que não têm a chave autorizada.

Quando falamos em IA, um futuro promissor e desafiador se desenha à nossa frente. Alguns países já começaram a debater a regulamentação da IA como uma forma de garantir que a ética, a segurança e a privacidade estejam sempre inerentes a sua evolução. Se será bom ou não o tempo dirá, mas cabe a nós, players do mercado, estar atentos e aprofundar nessa discussão para que o mau uso da IA não se sobreponha às suas qualidades, que são inúmeras. Nós, da Skyhigh Security , já estamos fazendo a nossa parte.

E você, está fazendo a sua? Vamos conversar!

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