Reflexão: O Lobo em pele de cordeiro
Já dizia um ditado antigo que o demônio se apresentaria como Deus aos fiéis na terra. Esta é a sensação que sinto quando leio e vejo discursos dos “novos paladinos da verdade” que em busca de poder político ou econômico propagandeiam os bons costumes como aos fariseus no templo da famosa passagem bíblica.
O compromisso com a mudança deve ser, a priori, realizada por atos e por exemplos. Não por discursos ocos e demagógicos. A impressão é que estes que se posicionam ao público, organizam protestos, passeatas e inflam com opiniões via ghost writer com foco no pleito que se aproxima.
Assim como em décadas passadas, surfando em ondas, os novos se cacifaram com apoio de magnatas sem escrúpulos que entram na política para manter o status quo de seus bens e da boa vida.
Este é o “novo”?
A regra que utilizo para ver se o “novo” é um fanfarrão com interesses espúrios é fazer um simples teste mental o que tal pessoa fez quando teve chance de ter Poder? Ficou do lado da Justiça Social ou em salas fechadas para garantir poder a grupelhos? Lutar contras as mazelas que afetam o sistema ou lutar para garantir que esposas de amigos ganhassem cargos apadrinhados?
Essa é a nova política que tanto clamamos?
Antonio Archangelo é auditor em saúde, jornalista e atualmente ocupa a função de Diretor de Gestão de Pessoas da Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro. antonioarchangelo@gmail.com.