Reflexão: Tentativas e os sinais de seu prazo de validade

Reflexão: Tentativas e os sinais de seu prazo de validade

Quem nunca se deparou com tentativas frustradas e um sentimento de dúvida de como proceder?

A priori essa dúvida parece ser desconfortável e até desgastante, mas entendo que ela é importante para ajustar ações em busca de soluções que possam ajudar acertar a “mão” da última tentativa, e fazer com que ela tenha um final feliz.

Para alguém que goste de aventuras ao ar livre, as várias tentativas frustradas de academia, podem servir para mudar a escolha da atividade física.

Ou então imagine uma pessoa que compra só com o foco no preço, porém tem extremo incomodo em receber produtos quebrados ou que duram muito pouco, essa indignação pode ser a virada de chave para que ela procure uma empresa com foco em qualidade.

O fato é que essa incerteza recorrente sinaliza que as tentativas com resultados abaixo do esperado devem ser abandonadas e ter sua validade findada.

A questão é que a dúvida alerta, mas não dá o veredito! Penso que seria muito bom se nós soubéssemos quantas tentativas ainda temos, quantas chances de se permitir errar com segurança e sem grandes consequências.

Não seria ótimo se soubéssemos o quanto ainda podemos seguir abstraindo esses sinais?

Se assim fosse saberíamos exatamente quando tempo ainda temos para ajustar, parar, recomeçar, ou continuar.

Em épocas de crises e cortes quantas chances de continuar com emprego são cortadas a colaboradores que precisavam apenas de mais uma lapidação, e que entretanto na régua de corte ficaram abaixo e foram dispensados?

Já na retomada da economia, quantas tentativas excedentes são oferecidas para novos colaboradores recém chegados, por escassez de mão de obra?

Então já que não temos essa certeza, dá para generalizar e estimar uma quantidade máxima de chances para as tentativas sem sucesso? Particularmente eu gosto de pensar que 3 vezes são suficientes. Acho que essa regra funciona, porém com já citato por Miguel de Cervantes não há regras sem exceções! No contexto de desenvolvimento profissional eu apostaria nesse número. O palestrante e treinador de liderança Ricardo Piovan fala que 3 feedbacks bem aplicados são suficientes, porém na prática acaba sendo difícil. Nem sempre se consegue contemplar todos os pontos em 3 feedbacks, as vezes a pessoa melhora, mas não no ritmo que se espera, as vezes situações novas empurram a concessão de uma “vida extra’ e lá se vai mais nova aposta de que a oportunidade seja aproveitada.

Pablo Marçal um dos maiores líderes em branding da atualidade, faz uma analogia de nossas vidas com barcos, cada esfera de nossa vida seria um barco furado, furado porque na verdade todos temos defeitos e em algum momento erramos. Segundo ele o que realmente importa é quem está conosco em nosso barco profissional /amigos / família, e destes quem te ajuda a tirar a água do barco e remar. Se utilizarmos essa analogia, uma boa forma de saber exatamente quando continuar ou quando parar seria com a resposta da pergunta. “Até quando consigo levar meu barco sozinho? ”

Saber o limite certo de tentativas te ajudaria? Essa reflexão faz sentido para você?

Me conta, eu adoraria saber mais.


Jaqueline Moraes

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