Reflexões sobre a COP29 e as Perspectivas para a COP30 no Brasil

Reflexões sobre a COP29 e as Perspectivas para a COP30 no Brasil

O mês de novembro trouxe discussões cruciais na COP29, realizada em Baku no Azerbaijão. Apesar das expectativas, muitos desafios marcaram o evento, especialmente em torno do financiamento climático e da transição energética. A ausência de consenso em pontos-chave, como o diálogo sobre a transição justa e a definição de metas claras para energia renovável e armazenamento, gerou frustrações entre os negociadores. No entanto, avanços foram feitos com o Baku Adaptation Roadmap, que busca fortalecer a resiliência climática global, ainda que dependa de compromissos financeiros mais concretos nos próximos anos.

Destaques da COP29

Financiamento climático: Embora houvesse a expectativa de superar a meta anual de US$ 100 bilhões para apoiar países em desenvolvimento, ainda não se definiu um modelo robusto de alocação e uso desses recursos.

Mitigação e energia: As negociações para triplicar as fontes renováveis até 2030 e expandir redes elétricas globais enfrentaram resistência, especialmente de países que dependem fortemente de combustíveis fósseis.

Just Transition Work Programme: Sem acordo, o programa para garantir uma transição justa para trabalhadores e comunidades ficou pendente para a COP30.

A COP30 no Brasil: Uma oportunidade única

Com o Brasil como anfitrião da COP30, em Belém, as expectativas são altas. Além de liderar a discussão sobre soluções para a Amazônia, o Brasil tem a chance de demonstrar liderança global em:

Proteção florestal: Consolidar compromissos para zerar o desmatamento.

Adaptação climática: Promover metas mais ambiciosas e sustentáveis para os países em desenvolvimento.

Transição energética: Avançar em iniciativas de energias limpas, destacando seu potencial no uso de biomassa e energia solar.

A COP30 será uma oportunidade de colocar a Amazônia no centro das soluções globais, reforçando a importância das políticas climáticas inclusivas e da liderança dos países em desenvolvimento.

A participação ativa de governos, empresas e sociedade civil será essencial para transformar os desafios em avanços concretos. Cabe a todos nós contribuir para que este evento histórico tenha um impacto duradouro.

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