Reinventar

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“ Os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não sabem ler nem escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender.”Alvin Toffler

Aprender a desaprender significa evoluir, deixar aquilo que acreditamos e aceitar novas verdades e como é difícil. O primeiro passo é descartar, todos que já tentaram sabem como é difícil convencer as pessoas a descartar objetos e coisas, a resistência é terrivelmente grande para estas coisas físicas e materiais, agora imagine como é difícil descartar ideias, verdades absolutas e dogmas que construímos e carregamos ao longo de nossas vidas, como é difícil mudar.

Para desaprender temos que desobedecer o status quo em que nos encontramos.

Mas desobedecer não significa desacatar. O desacato fica por conta do nosso olhar. Desobedecer significa não seguir as regras impostas; significa ousar, quebrar uma lógica; fazer diferente. A punição frequente de toda e qualquer desobediência impede o desenvolvimento de uma das atitudes mais essenciais para a aprendizagem nesse novo século: quebrar paradigmas, ousar, reconfigurar. É, no mínimo, contraditório termos que educar para a mudança, para a reconfiguração constante, reprimindo permanentemente a ousadia. Os educadores e gestores confundem contestação com falta de respeito impedindo assim um ambiente favorável à aprendizagem.

Os professores estão cada vez mais inseguros, pois o aluno assiste à televisão, está ligado à Internet e brinca com o computador em casa. Viaja regularmente e participa de algumas discussões e decisões em seus lares.

 A minha geração ouvia muitas histórias e, muitas vezes, não tínhamos habilidade de argumentar e questionar. Esta novas gerações não aceitam historias mal fundamentadas. As suas percepções e o acesso às informações disponíveis no ambiente são as suas referências e usam-nos para colocar o sistema em contradição.

Seja nas corporações ou nas instituições de ensino esta nova geração questiona todas as regras e estruturas. Avessos a burocracias e processos inúteis, os seus modelos mentais simplificam tudo em seu redor. Nascidos na era da internet e globalização, esta geração está habituada às mudanças constantes.

Diferentemente dos seus pais, sentem-se à vontade quando ligam ao mesmo tempo a televisão, o rádio, o telefone, música e internet.

Um dos desafios mais importantes impostos às organizações da sociedade do conhecimento é o desenvolvimento de práticas sistemáticas para administrar a autotransformação, abandonando o obsoleto e aprendendo a criar o novo.

Compilando todas as informações que você recebeu agora, deve ter chegado à conclusão que não resta alternativa a não ser aprender reaprender. Esse será o desafio constante que cada um de nós irá enfrentar daqui pra frente.

Desaprender a ser tão coerente, pois a vida é incoerente por natureza.

Esqueçam a coerência, virtude tão exigida pela sociedade. Prefiram a inteligência de saber posicionar-se diante de novas situações, novos ambientes e novos relacionamentos. A incrível velocidade do pensamento altera tudo constantemente.

Recicle seu conhecimento. Aprenda, desaprenda e reaprenda com mente aberta e livre para absorver outras ideias.

 Fernando Cardoso

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