Relacionamento e Decisões Colegiadas em Conselho: Propulsor do Sucesso Empresarial
A eficiência na performance de um Conselho é essencial para uma governança adequada de uma corporação. Neste artigo, apresento uma perspectiva de como um Conselho deve ser estruturado e funcionar para apoiar eficazmente a empresa.
Existem diversos desafios que podem comprometer sua operação eficaz. Além de competências técnicas, os conselheiros necessitam desenvolver habilidades interpessoais específicas para atuarem com êxito. Uma boa relação entre os membros do Conselho é fundamental para um desempenho de sucesso. Respeito recíproco, comunicação aberta e consideração de diferentes visões são alguns exemplos a serem observados.
A tomada de decisão em conjunto tende a ser mais segura que a individual, graças à ampla diversidade de conhecimento e experiência, melhor avaliação de riscos e oportunidades, redução de viés individual, maior concordância e compromisso dos membros, bem como um processo decisório mais robusto e cuidadoso.
Por fim, é importante enfatizar as diferenças entre o Conselho Consultivo e o Conselho de Administração. Enquanto o primeiro oferece aconselhamento e orientações para a alta gestão, sem poder decisório, o último detém autoridade para tomar decisões estratégicas e operacionais, além de possuir responsabilidades fiduciárias legais. Aprofundarei um pouco mais sobre o assunto adiante.
Habilidades interpessoais/Soft Skills: para um conselheiro eficaz
Ser um Conselheiro eficaz requer mais que habilidades técnicas. Envolve o desenvolvimento de habilidades interpessoais específicas para uma atuação de sucesso. As principais habilidades interpessoais/Soft Skills para um conselheiro incluem:
a) Inteligência Emocional e Empatia: essas habilidades permitem ao conselheiro entender e gerenciar suas próprias emoções, bem como compreender e se relacionar com as emoções dos outros. Isso é crucial para facilitar a comunicação, solucionar conflitos e construir relações produtivas.
b) Capacidade de Comunicação clara e persuasiva: é preciso ser capaz de comunicar suas ideias de forma clara, sucinta e persuasiva. Isso inclui a habilidade de ouvir ativamente, formular argumentos convincentes e adaptar a mensagem a diferentes públicos e situações.
c) Pensamento estratégico e visão de futuro: é preciso ter uma visão holística e estratégica da organização, compreender as tendências de mercado, identificar oportunidades e desafios, e contribuir para a definição de metas e estratégias de longo prazo.
d) Habilidade de resolver conflitos e negociação: conflitos inevitavelmente ocorrem em um Conselho, e a habilidade de solucioná-los de maneira construtiva, negociar soluções de consenso e promover um ambiente de trabalho colaborativo é fundamental.
e) Orientação para resultados e capacidade de influenciar: um conselheiro deve ser orientado para resultados e focado na realização de metas quantificáveis. Ademais, a capacidade de influenciar e persuadir outros membros e stakeholders é crucial para promover a implementação das decisões tomadas.
Fatores que favorecem um bom relacionamento:
Desenvolver uma relação saudável e produtiva entre os Conselheiros é crucial para assegurar o bom funcionamento do Conselho. Fatores que favorecem uma boa relação incluem:
a) Respeito mútuo e confiança: cria um ambiente de trabalho saudável e promove a cooperação entre os membros. A confiança recíproca é crucial para a troca aberta de ideias, compartilhamento de informações e construção de consenso.
b) Comunicação aberta e franca: é um elemento-chave para um relacionamento eficaz. Os membros do Conselho devem ser incentivados a expressar suas opiniões e preocupações de maneira transparente, permitindo uma resolução de problemas mais efetiva.
c) Inclusão de diferentes perspectivas e diversidade: a inclusão de membros com experiências, origens e perspectivas variadas enriquece as discussões e decisões do Conselho. Isso oferece uma visão mais ampla e informada dos desafios e oportunidades enfrentados pela organização.
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d) Colaboração e trabalho em equipe: os membros devem ser capazes de colaborar, compartilhar responsabilidades e trabalhar juntos para alcançar objetivos comuns.
e) Definição clara de papéis e responsabilidades
: uma definição clara de papéis e responsabilidades dos membros do Conselho promove um ambiente organizado e evita conflitos. Isso permite que cada membro contribua de acordo com suas habilidades e experiências específicas.
Decisões colegiadas versus monocráticas
A tomada de decisão conjunta oferece diversas vantagens em relação às decisões individuais. As razões pelas quais as decisões conjuntas tendem a ser mais seguras incluem:
a) Maior diversidade de conhecimento e experiências: aumenta a diversidade de informações consideradas no processo decisório e diminui a probabilidade de lacunas ou vieses.
b) Melhor avaliação de riscos e oportunidades: discussões e debates entre os membros permitem uma avaliação mais abrangente dos riscos e oportunidades associados a uma decisão. Isso resulta em uma análise mais precisa e completa, minimizando possíveis erros ou omissões.
c) Redução do viés individual e aumento da imparcialidade: a decisão tomada por um grupo de membros tende a ser menos suscetível à influência individual ou a favor de interesses pessoais. A diversidade de perspectivas e a análise coletiva ajudam a reduzir vieses e incentivam uma tomada de decisão mais imparcial.
d) Maior aceitação e comprometimento dos membros do Conselho: quando os membros participam ativamente da tomada de decisão e suas opiniões são consideradas, é mais provável que ace
e) Uso de feedback e aprendizado contínuo: o processo de tomada de decisão deve ser encarado como uma oportunidade de aprendizado contínuo. O feedback após a implementação de uma decisão permite avaliar os resultados e identificar oportunidades, estimulando um ciclo de melhoria contínua.
O Conselho Consultivo e o Conselho de Administração são ambos órgãos importantes na estrutura organizacional, mas apresentam diferenças marcantes.
· Capacidade decisória: O Conselho Consultivo, apesar de importante, não possui autoridade para tomar decisões. Sua função primordial é a de aconselhar e guiar a administração superior. Já o Conselho de Administração, por outro lado, possui plenos poderes para fazer escolhas estratégicas e operacionais.
· Função de assessoramento versus supervisão: O papel do Conselho Consultivo se configura em oferecer consultoria especializada e experiência para auxiliar a tomada de decisão da administração. Em contraste, o Conselho de Administração tem o papel de supervisionar as atividades da organização e fazer decisões estratégicas.
· Obrigações fiduciárias: Os integrantes do Conselho Consultivo, geralmente, não possuem obrigações fiduciárias, ou seja, não possuem responsabilidades legais. Em contrapartida, os membros do Conselho de Administração possuem responsabilidades legais e fiduciárias.
Para resumir, o desempenho efetivo de um conselho proativo é essencial para uma boa governança organizacional. Para tal, é necessário que os conselheiros desenvolvam habilidades sociais e interpessoais, como a inteligência emocional, competências de comunicação, pensamento estratégico e capacidade para resolver conflitos. É fundamental que haja bons relacionamentos entre os membros do conselho, bem como a diversidade de pontos de vista e a tomada de decisão em conjunto, que permite uma análise mais completa, reduzindo o viés e aumentando o engajamento.
Fatores adicionais como acesso a informações relevantes, instrumentos de apoio à decisão, prazos bem definidos e aprendizado constante (Lifelong Learning) são vitais para uma tomada de decisão eficaz. É crucial entender as diferenças entre um Conselho Consultivo, que aconselha sem ter poder de decisão, e um Conselho de Administração, que detém poder decisório estratégico e operacional, além de deveres fiduciários legais.
Palestrante em Liderança multigeracional | Mentor de Marcas pessoais de sucesso | LinkedIn Top Voice e Creator | CEO | Escritor Best Seller | Conselheiro | Personal Branding | Docente | Doutorando | Palestra Geração Z
1 aMarcos Lilla, parabéns por seus conteúdos de forma frequente aqui na rede! Farias Souza, eis que nasce um escritor! :)