RELACIONAMENTO E DECISÕES COLEGIADAS

RELACIONAMENTO E DECISÕES COLEGIADAS

Existem dois tipos de fatores que favorecem um bom relacionamento nos conselhos sejam eles consultivos ou de administração.

São os fatores estruturais e os fatores comportamentais.

Os fatores estruturais referem-se a:

- Composição: maioria dos membros externos e independentes.

- Diversidade: gênero, idade, experiência, especialização. - Regimento: clareza dos papeis dos membros.

- Regras: proteção da empresa dos conflitos de interesses.

- Agenda: objetividade e foco nas competências do Conselho.

- Informações: acesso aos dados necessários.

Os fatores comportamentais referem-se a:

- Integridade: absoluta e coerência.

- Transparência: clima de confiança entre os pares.

- Ética: respeito aos valores, diretrizes e princípios morais da empresa.

- Empatia: interesse na sustentabilidade e crescimento da empresa.

- Comprometimento: com todos os objetivos da empresa.

- Autodesenvolvimento: visando melhor contribuir para com o Conselho.

Os fatores estruturais e comportamentais juntos, proporcionam melhor tomada de decisões, isso porque as decisões do conselho precisam ser colegiadas.

Mesmo quando há uma discussão colaborativa com votação majoritária ou uma discussão colaborativa com um tomador de decisão, os fatores estruturais e comportamentais são fundamentais.

Envolver as pessoas que são proponentes de cada lado da questão ou decisão e falar sobre as alternativas, pode levar a empresa a decisões inovadoras.

A melhor prática de tomada de decisão é parar de olhar apenas através de uma só perspectiva.

Olhar para uma decisão sob diversas perspectivas pode não mudar a decisão, mas pode mudar a entrega uma vez que muda o envolvimento dos que entregam.

Os líderes, especialmente aqueles em situações de crise, precisam resistir à tentação de fazer escolhas com base na preferência pessoal. Em vez disso, eles precisam ter clareza sobre os critérios que usarão para fazer essas escolhas, com base nos resultados desejados. Critérios de decisão fortes e resultados desejados claramente definidos criam condições para uma tomada de decisão bem-sucedida e tornam um líder habitualmente estratégico.

As decisões colegiadas tendem a ser mais seguras do que as monocráticas, porque são mais cabeças refletindo sobre o assunto e com fonte de conhecimento e informação mais ampla.

Com sinergia, a capacidade qualitativa da decisão é maior do que a soma de seus membros, por mais brilhantes que sejam.

Sendo o conselho formado de acordo com os fatores estruturais, principalmente referente a diversidade nas experiências e especializações multidisciplinares, o colegiado tende a adotar decisões muito melhores do que um grupo homogêneo. Porém como as boas ideias se potencializam no colegiado, se não houver um propósito claro, boa direção, envolvimento e engajamento de todos, os problemas (cognição, arrogância, omissão, etc.) podem se multiplicar anulando os benefícios pretendidos.

Pensar em cenários e/ou identificar maneiras de alavancar o lado positivo de dois pontos de vista, aparentemente “opostos”, que podem levar a uma nova solução, é a melhor alternativa.

Fonte: Aula de 29/11/2022 do PFCC da Board Academy Br com Alfredo Bottone

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Moacir Tassinari

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos