Relacionamentos VS Amor-própio
O relacionamento com pessoas foi algo que sempre tive e dei importância: ao conhecer as pessoas nas escola, nas viagens, processos seletivos, reuniões, trabalhos, sempre anotei os nomes e telefones, com o passar do tempo e-mails e celulares, mas só isso não era suficiente, percebi que também precisava dos sobrenomes e assim poderia pesquisar e achar a pessoa no futuro.
E graças às redes sociais algumas pessoas perdidas no passado tomaram formato de seus rostos atuais.
Ao ficar mais velho um exercício que sempre fazia era o cartão de Natal e ano novo, com minha foto e alguma mensagem para que eu fosse visto e lembrado.
O retorno pequeno desmotivava e o número de e-mails já não válidos também, principalmente os corporativos.
A lição então foi dar valor a pessoa e não ao cargo, construir relacionamentos pessoais além do corporativo, salvaguardando os limites de cada pessoa.
Após alguns contra tempos em empregos e investimentos, as perdas são cicatrizes mas novas lições foram aprendidas:
Lidar com a perda e não sofrer, tentar e se esforçar a perdoar até que consiga se relacionar novamente com a pessoa, o sucesso do processo independe do resultado, e fazê-lo é muito mais revigorante por estar se movimentando do que propriamente ao final ter um resultado positivo. Que seria ótimo mas a consciência de que um resultado negativo não é uma perda também é revigorante.
Muitos acham que tenho potencial em me relacionar bem apesar do perfil sisudo e objetivo nas palavras curtas e até grossas, pelo contrário sou uma pessoa de aversão às pessoas dado ao histórico em saber que todos estão em algo pelo interesse nem sempre para o bem do próximo mas bem do próprio interesse, e tantos passam as pernas, ou jogam as palavras sem comprometimento, tantos outros com ego inflado pelo cargo corporativo e quando o crachá é quebrado e seu cartão de apresentação rasgado, entende a realidade da vida.
Essa minha percepção me bloqueia de certa forma no interesse de me relacionar.
Apesar de muitas outras nos quererem bem e que nossos projetos dêem certo.
Mas são raros e normalmente são o ciclo mais próximo que muitas vezes acabam soltando uma energia inconsciente de proteção e negatividade do nosso sucesso, o que é muito discutido hoje com a física quântica e o que pedimos ao universo.
Dentre meus bloqueios o que mais desgosto é a necessidade de contato humano com as mãos principalmente quando já estou pronto para realizar minhas refeições.
Tenho aversão a cumprimentar as pessoas que estão chegando sem já terem feito a higienização de suas mãos.
Trabalho isso dando um soco como cumprimento ou então usando álcool em gel.
Demorou anos para que eu compreendesse a necessidade de equilibrar autenticidade com falsificação de imagem e comportamento, ou seja, ser hipócrita.
A questão entre valer a pena ou não?
Entre ter razão ou ser feliz?
E entender que há um caminho longo de aprendizado na relação humana.
Vocabulários mais floridos, questionamentos menos acusadores, respeitar o limite da pessoa mesmo que errada, não é um caminho tranquilo o exercício mental a ser feito é para mim algo de muito esforço e requer treinamento.
Dessa forma me proponho a treinar e buscar o melhor de mim para alcançar o objetivo maior em ser uma pessoa mais sociável e principalmente um SER humano melhor.
Não deixar que eu esteja no meio dos que eu mais evito e tenha o relacionamento saudável mais importante que é o relacionamento com si mesmo.
Amor-próprio!
Ache o seu, se de alguma forma minhas palavras o ajudar divida esse amor e pratique os 3Cs curta, comente e compartilhe.