RELIGIÕES (1)
Características das religiões
Há a uns tempos, perguntei aos meus amigos se estariam, eventualmente, interessados em saber qualquer coisa acerca de religiões (sim, no plural) que é um tema que me é muito grato e que estudo há muitos anos, apesar de não ser crente.
Alguns (poucos…) timidamente, disseram que “sim senhor, seria interessante” …
O tema é vasto e complexo e, provavelmente, pouca gente chegará ao fim dos meus escritos os quais vou tentar que sejam o mais simples que é possível para tratar o tema com alguma seriedade.
De qualquer modo, resolvi falar-vos hoje do princípio: o que é uma religião, quais as primeiras religiões que se conhecem, tipos de credo. No fundo, o que diferencia e o que unes as múltiplas religiões que existiram e existem.
As religiões primitivas, também conhecidas como religiões indígenas ou religiões tradicionais, referem-se aos sistemas de crenças e práticas religiosas de culturas antigas que existiam antes da disseminação das principais religiões mundiais, como o Cristianismo, o Islamismo, o Judaísmo, o Hinduísmo e o Budismo. Essas religiões primitivas têm uma variedade de formas e tradições, muitas das quais estão enraizadas em culturas específicas e em estreita relação com a natureza e o ambiente local.
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Comecemos por dizer que algumas religiões têm muitos deuses (politeístas), outras um único (monoteístas). Uma das principais característica que diferencia as religiões é o modo como encaram a possibilidade (ou não) de vida após a morte. A maneira como os credos e as práticas de uma religião são o que Ninian Smart (6 Maio de 1927 – 29 Janeiro de 2001) filósofo escocês especializado no estudo das religiões, chamou de “dimensões da religião”.
É possível identificar elementos comuns a quase todas as religiões e outros que as diferenciam.
Estão nesta categoria: as práticas do credo (forma doutrinária ou confissão de fé) ̶ orações, peregrinações, meditação, jejum, vestes, cerimónias e rituais., artefactos, relíquias, lugares de adoração e locais sagrados.
Há, também, aspectos mais subjectivos que têm a ver com o modo como o crente (de qualquer religião) vivencia a religião e os elementos místicos que, eventualmente, lhe permitem alcançar a iluminação, o êxtase, a paz interior e possibilitam uma relação pessoal com o divino.
Na maioria das religiões existem mitos fundadores e narrativas que os acompanham. Esses elementos podem constar da tradição oral ou estarem escritos num conjunto mais ou menos sofisticado de Escrituras e livros sagrados que na sua grande maioria incluem a história da criação do mundo e do homem, vidas de santos e profetas, e parábolas que transmitem valores e uma determinada maneira de viver. Em muitos casos, esses escritos são considerados como sendo ditados pela divindade ou divindades a determinados “escolhidos”.
As religiões mais elaboradas possuem uma teologia e cânones. Seguem tabus e elementos éticos que regem não só o culto como o modo como o crente deve portar-se em sociedade. São exemplos os Dez Mandamentos do Judaísmo (e do cristianismo) e o Nobre Caminho Óctuplo do budismo.
E, por hoje, fico-me por aqui. Manifestem-se, a ver se vale a pena o meu trabalho para continuar a “história”…