Renda Básica Garantida - o modelo que atrai a Esquerda e a Direita

A Renda Básica Garantida ou Salário Mínimo Universal são nomes para a ideia descrita no livro "Utopia para Realistas" do economista Rutger Bregman.

Bregman esteve recentemente apresentando sua posição no Fórum Econômico Mundial. De fato muitos nomes de peso como o economista prêmio Nobel Angus Deaton, Elon Musk, CEO da Tesla e Chris Hughes, um dos fundadores do Facebook, defendem esse modelo.

Como funciona?

Toda pessoa receberia uma renda suficiente para suas necessidades básicas, como por exemplo, comida, moradia, saúde e educação. Claro que em um país que o Sistema de Saúde ou Educação é universal e gratuito, não há necessidade que esse quesito seja abordado dentro da Renda Básica Garantida.

Nesse modelo, o cidadão recebe essa renda de qualquer forma, não importando se está empregado, desempregado ou aposentado. Aliás, para que pensar em reformar o Sistema Previdenciário para as próximas gerações, se todos já tem uma renda garantida, mesmo na velhice?

A proposição tem ganhado cada vez mais adeptos da Esquerda, que espera poder assim diminuir a desigualdade e a pobreza, mas também tem agradado a Direita que vê no modelo uma saída para um sistema menos burocrático e muito mais enxuto que o atual. De fato, até mesmo organizações de centro-direita, como o Instituto Adam Smith admitem a validade da proposta.

A principal crítica tem sido o custo. Já houveram experiências pontuais na Finlândia e em regiões de alguns países, e o debate tem sido muito mais na questão da despesa e de onde viria o dinheiro do que na ideia em si da Renda Básica Garantida. Os adeptos da Renda Básica Garantida fazem propostas de onde viria o recurso em cada país, apresentando que ela seria apenas uma pequena fração do PIB per capita em cada país.

O que é previsto por Bregman?

As pessoas com uma renda garantida poderiam se dedicar realmente ao que tem dom e gostam mais de fazer, sem a pressão da fome ou mesmo da temida queda social da classe média com o desemprego. Espera-se uma nova revolução no mundo do trabalho, com o advento de mais robôs, inteligência artificial e tecnologias disruptivas, de forma que as pessoas com suas necessidades básicas satisfeitas poderiam se dedicar ao que são mais eficientes e tem prazer. Quem sabe assim as crianças não seriam apoiadas por seus pais nos sonhos do que pretendem para o futuro?

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