REPENSAR PARA CRESCER
O cenário econômico brasileiro está passando por um momento de extrema instabilidade, o que faz com que diversos setores da indústria e comércio se retraiam.
Isso não significa que os gestores e os líderes das organizações devam somente olhar para trás, retrocedendo em seus planos e se desfazendo de seus ativos.
Com um cenário negativo a primeira atitude dos empreendedores é a de reduzir custos e investimentos, o que de certa forma é uma atitude de prevenção bastante comum nesse momento. Porém, há oportunidades que podem ser alavancadas nesse período e que muitas vezes não estão sendo percebidas.
Vamos lá... Detectamos em pesquisas que realizamos com executivos, comportamentos comuns, tais como:
Abandonaram a busca por informações de mercado em função de que, o que importa agora são as ações voltadas para a redução de preço e custo...
Poucos arriscaram em novas ideias e projetos por “receio” de perderem seus empregos...
Desfizeram-se de funcionários que conheciam os caminhos da mudança e poderiam contribuir com o crescimento...
Não se “apegaram” a mudanças que aconteceram em tão pouco tempo, quiseram manter os mesmos padrões, procedimentos e comportamentos...
Acreditaram que “crescer” é somente aumentar o faturamento e o lucro e esqueceram que o crescimento pode estar atrelado a outros fatores...
Cancelaram todos os tipos de investimentos em análises e acompanhamentos de mercado, tais como medição de satisfação, imagem, comportamento de produtos, hábitos, atitudes, tecnologia, etc... Porque o que importa agora é vender e sobreviver...
Não estamos dizendo que esses comportamentos estejam errados, de forma alguma, mas são medidas de “sobrevivência” e que jogam contra uma tendência de crescimento.
Acreditamos que as empresas devam começar a “repensar” seus comportamentos e estratégias para poder retomar o crescimento dos seus negócios, num, aí sim, verdadeiro enfrentamento da crise!
Para isso recomendamos algumas alternativas:
- Refletir e conscientizar-se de que tudo mudou e que devemos “desapegar da forma como as coisas são feitas”....
- Estimular os gestores na busca de oportunidades de mudança: tem que “sacudir”, tirar o pessoal da zona de conforto, que muitas vezes é resultante do receio de perderem seus empregos;
- Utilizar as informações que a empresa possui para analisar seus principais segmentos de mercado, buscar alternativas potenciais, avaliar o grau de competitividade e as tendências em relação ao consumo;
- Avaliar os gaps em relação ao potencial do mercado e iniciar um plano de ação com metas a serem atingidas nos próximos anos.
Existem poderosas ferramentas de marketing que cruzam essas informações e determinam que tipo de estratégia você deva adotar, tais como “desinvestir”, “crescimento” ou a posição de “líder”. Cada uma delas traçará o destino de sua estratégia de mercado.
É impressionante como o trabalho em conjunto dos gestores na análise da segmentação, avaliação do potencial e análises dos gaps trazem oportunidades de crescimento sinérgicas ao negócio atual, principalmente em tempos de crise.
Na maioria das vezes as oportunidades estão em atitudes do passado, ideias e projetos “engavetados” e informações esquecidas ou que, por algum motivo, não foram aproveitadas... As situações de aparente estagnação são exatamente as melhores oportunidades para “repensar” e “retomar” o crescimento!
Temos alguns exemplos de oportunidades que estavam “estocadas” e detectamos em nossos trabalhos com executivos de grandes empresas:
Alianças estratégicas com parceiros, distribuidores, canais, etc...
Novos territórios, regiões, agrupamentos de segmentos...
Novas aplicações para os produtos / serviços, subprodutos...
Novos modelos de distribuição, canais, adequação de filiais...
Novos modelos de atendimento, assistência, etc...
Retenção de clientes inativos, modelo comercial...
Novas tendências do mercado, mudança de comportamentos dos consumidores, etc...
Em momento algum mencionamos “preço”, “condições comerciais”, etc e sim buscamos alternativas de valor agregado, dentro do que já é de nosso conhecimento e vivência.
O Brasil sempre passou por momentos de oscilação, esse é nosso histórico. Estamos enfrentando um período bastante difícil para a economia e não sabemos se mudará num curto prazo.
Mas, apesar disso, recomendamos aos gestores e líderes das empresas que não desperdicem o seu potencial, que não pensem que o crescimento é somente fruto de “grandes mudanças” ou “grandes investimentos”, e, sim, também, da atitude de “repensar”, utilizando o conhecimento dos gestores, suas ferramentas mercadológicas, o seu acervo de informações e principalmente da sua ousadia!
O momento é de repensar e transformar a sua inteligência e informação em alavanca para o necessário crescimento, a fim de que o País possa retomar a situação de equilíbrio econômico e financeiro por todos almejada.
Paulo Franco
Sócio Diretor do IAM&M – Instituto de Assessoria Mercadológica & Mercadométrica Ltda.
(11) 2526-0330 www.iamm.com.br - paulo@iamm.com.br
Gerente Nacional de Vendas & Desenvolvimento de Negócios
9 aMandou bem, Paulo Mello Franco.
Growth Hacker, Executiva de Market Intelligence e Pesquisa de Mercado
9 aExcelente artigo!