Resiliência e flexibilidade: os novos pilares do RH
O meio empresarial, como um todo, tem passado por mudanças significativas nos últimos anos. Seja pela adoção de ferramentas inovadoras, a presença cada vez mais abrangente da tecnologia no cotidiano operacional e também pela concepção de novos hábitos de trabalho para os profissionais. A verdade é que novidades chegam a todo instante, expondo a importância do gestor em conhecer as principais vertentes de seu negócio para que essa transição provoque os resultados desejados. No contexto do RH, essa situação não é diferente.
Em qualquer organização, os componentes mais importantes – e mais afetados pela contundência da inovação são, sem dúvidas, as pessoas. Gerir os Recursos Humanos é lidar com uma diversidade de profissionais distintos entre si, com pensamentos, práticas e compreensões variadas sobre o ambiente corporativo. Por isso, uma cultura suportada por pilares de resiliência e flexibilidade abre portas para que a gestão esteja alinhada com o que há de mais vantajoso nos dias atuais, sempre colocando o fator humano em primeiro lugar.
Resiliência: encontrando valor na adversidade
O conceito de resiliência tem sido debatido com frequência por lideranças corporativas, na medida em que reúne todos os elementos necessários para que um profissional lide com crises, adversidades e cenários de instabilidade que fogem totalmente do escopo da empresa. Não é fácil manter o foco e preservar a produtividade quando o sentimento geral é de incerteza pelo amanhã. Na área de RH, absorver o impacto de problemas para enfrentá-los com inteligência e pensamento focado na recuperação do que se perdeu é uma característica decisiva para os próximos anos.
Certamente, o líder possui papel determinante para que esse tipo de mentalidade seja normalizado entre as equipes. Um profissional resiliente consegue tomar decisões conscientes, sob uma visão macro do contexto que está inserido. Os resultados são refletidos em contribuições relevantes para o engajamento de todos, além dos ganhos produtivos.
Existe flexibilidade sem inovação?
Outro aspecto sujeito a mudanças constantes é a própria rotina de trabalho, na medida em que modalidades híbridas têm conquistado muito mais espaço, a exemplo do trabalho remoto. Sistemas organizacionais rígidos, estáticos e que dificultam a mobilidade dos colaboradores tendem a cair em desuso. Todos esses costumes tradicionais não são garantias de alto desempenho, e isso tem se perpetuado entre o empresariado.
Os que optam por renegar a flexibilidade no RH, por exemplo, flertam com a possibilidade de ficar para trás de seus concorrentes, assim como perder talentos. Não há como fugir da ideia de que os departamentos de Recursos Humanos precisam se adaptar à chegada da inovação. Isso se configura em inciativas que estimulem as pessoas e oficializem uma governança orientada à flexibilidade como filosofia operacional.
O futuro está no equilíbrio
Hoje em dia, discutir mudanças nas operações das empresas, preparadas para conceder uma nova abordagem à atuação dos profissionais, é uma tarefa que deve passar pelo avanço tecnológico e a consolidação da transformação digital. Uma coisa liga e beneficia a outra, principalmente no que diz respeito à digitalização de processos que pouco contribuem para o crescimento individual e coletivo.
O ato de inovar deve ter como pauta primária simplificar a vida dos que lidam com atividades exaustivas, e o uso inteligente de soluções digitais assegura essa possibilidade e vai além, oferecendo insumos para que todos explorem suas maiores aptidões em finalidades que os valorizem. Com esse equilíbrio bem definido, por meio da utilização consciente da tecnologia e preceitos de resiliência e flexibilidade construídos internamente, é natural que o setor de RH conquiste um novo patamar de produtividade e tomada de decisão.