Retrospectiva do Dólar: Comportamento e influências no último mês

Retrospectiva do Dólar: Comportamento e influências no último mês

Conheça os principais fatores que afetaram a variação cambial

Mercado Externo:

O dólar exibiu apreciação consistente contra o real nas sessões da última semana, o movimento se deu após comentários mais cautelosos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a política monetária dos EUA e dúvidas sobre os cortes de juros, que a depender da força dos indicadores poderá acontecer no meio do ano, mas sem perspectiva no momento.

Ainda nesta semana, o mercado aguarda os números do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre do ano passado e outros dados sobre a atividade econômica, como o índice de confiança dos consumidores.

Na zona do euro, a ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE) reforçou a perspectiva de que qualquer conversa sobre redução de juros na zona do euro é prematura, dado o forte crescimento dos salários e as pressões sobre a inflação subjacente, além disso, também foi sinalizado que era necessário continuidade, cautela e paciência, uma vez que o processo desinflacionário permanece frágil e cortar juros cedo demais poderia reverter alguns dos avanços observados.

Outros fatores que podem pressionar a valorização da moeda norte-americana, além da política monetária, são: safra de grãos menor do que o esperado, incertezas em torno das eleições americanas, o conflito entre Israel e Hamas, as ações dos houthis no Iêmen em ataques a navios no Mar Vermelho, que podem interromper cadeias de suprimentos e o fluxo do petróleo e, por fim, Rússia e Ucrânia que continuam a se enfrentar.

Mercado Brasileiro:

Na busca pelo déficit zero, Simone Tebet, ministra do Planejamento, apresentou o cronograma da revisão de gastos públicos para 2024. O projeto é uma iniciativa da pasta para identificar programas menos eficientes que podem ter uma melhor alocação dos recursos, reprogramar o uso do dinheiro público e auxiliar na perseguição da meta fiscal neutra.

O governo brasileiro determinou novo aumento da faixa de isenção da cobrança do Imposto de Renda do cidadão brasileiro. A partir de agora, a pessoa física com remuneração mensal de até R$2.824,00 mensal (dois salários mínimos) não terá mais de pagar Imposto de Renda. Este é o segundo aumento da faixa de isenção desde o início de governo.

Variações nos fluxos Cambiais e Comerciais + Reservas Internacionais:

Até o momento, o fluxo cambial em 2024 apresenta resultado positivo de +US$ 5,42 bilhões, com o fluxo comercial contribuindo com superávit de +US$ 6,02 bilhões, enquanto o fluxo financeiro está com uma saída líquida de -US$ 597,95 milhões. Sobre as reservas internacionais, houve um recuo nessa semana, passando para US$ 351,3 bilhões.

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