Review : LGBTI+ e Empregabilidade

Hoje participei do evento “LGBTI+ e empregabilidade” promovido pela Usina da Comunicação com apoio do Grupo Cataratas, GPTW Rio e BR Distribuidora.

Este não é o primeiro evento do projeto Bate-papo Usina - Comunicação pela diversidade, mas foi o meu primeiro. Quando vi que abordariam este assunto a primeira coisa que me preocupou foi saber quem teria o lugar de fala, e muito me orgulhou ver que todos os membros do debate eram pessoas LGBTI+.

Passei a ter uma admiração enorme pelo Grupo Cataratas que fez uma apresentação mediada pelo Robson Lourenço, sobre a inclusão e permanência de pessoas trans no Grupo, assim como um processo de educação com os atuais funcionários para que recebessem essas pessoa trans de forma acolhedora e pertencente. E o resultado foi um aprendizado incrível para todos!

As falas da Nicole, Jovem Aprendiz do Grupo, foram assertivas e reforçaram que tudo que foi falado era real e acontecia no cotidiano da empresa.

Os aspectos abordados pelo Julio Moreira, diretor financeiro do Grupo Arco íris foram incríveis, trazendo uma perspectiva sobre as oportunidades negadas e marginalização das mulheres trans, e também ressaltou pontos importantes sobre empresas que “aceitam” pessoas LGBTI+, contanto que não fujam do padrão heteronormativo.

Eu fiquei ansioso para ouvir o que o Renan Moura tinha a dizer desde que ví a programação, por que seu tema foi “A Dominação Masculina e seus impactos na vida dos LGBTQI+ nas organizações”. Que é uma pauta também levantada pelo feminismo, tendo em vista que grande parte das corporações ainda são ambientes extremamente machistas. 

E a Bruna Benevides ainda complementou com um argumento que considerei o ponto alto do debate, que foi quando disse que dentro das corporações, as lésbicas masculinizadas na maioria das vezes não são nem vistas como mulheres e que um gay afeminado não é visto como um homem, e ainda simplesmente o quão difícil é ser mulher dentro de uma organização, e tudo que se aproxima do feminino é passível inclusive de ganhar menos. A Bruna é a primeira mulher trans ativa na Marinha e atua como Segundo-Sargento, mas ainda trava uma luta constante contra a transfobia. 

A Mediadora foi a professora de PPGA da Unigranrio, Denise Barros, que mostrou enorme empatia pelo assunto, e teve um tato encantador com todos os participantes do debate e espectadores. 

Por diversas vezes me emocionei e me senti representado, foi muito bom saber que existem pessoas que entendem minhas dores do mundo corporativo, e isso significa também que muitas lutam a minha luta! Deu um orgulho danado do trabalho realizado pela Cláudia Campos e sua equipe.

Foi um presente muito bom participar desse debate, e ter esse exercício sobre as pessoas LGBTI+ no mundo corporativo.

Obrigado por tornarem isso real! 🌈