REVIVA SUS...

A saúde ontem (antes de 88) e o SUS hoje. Estamos completando 30 anos de SUS!

Comemorando, será???

Antes de 05 de outubro de 1988, há 30 anos atrás, quem prestava assistência médico-hospitalar para a população brasileira era o antigo INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. A saúde não era um direito de todos, a assistência médica era um privilégio apenas dos trabalhadores com carteira assinada e seus dependentes. O restante da população ficava excluído desses serviços, eram atendidos como "indigentes", lembram? Isso faz apenas 30 anos! Predominava na saúde a assistência médica curativa (INAMPS – "pai rico") e o combate as endemias e a prevenção das doenças eram tratadas pelo Ministério da Saúde ("pai pobre").

Com o SUS, universal, cabe ao Estado assegurar este direito. O SUS baseia-se em três princípios ideológicos ou doutrinas: Universalidade, Equidade e Integralidade e mais outros princípios organizacionais como Igualdade, Descentralização, Resolutividade, Regionalização e Hierarquização, Participação Social. Isso por si só teoricamente já bastava para promover uma grande revolução nesse país, vocês não acham? Infelizmente, se tudo funcionasse como manda a legislação federal.

Antes do SUS, as decisões que afetavam a saúde das pessoas vinham dos gabinetes de algum iluminado de Brasília, e agora será que isso mudou muito em nossos municípios? É por isso que se adotou o processo de municipalização da saúde, que é a ênfase na descentralização dos serviços para os municípios. É muito mais fácil haver participação quando as decisões ocorrem no município. Pergunto: Estamos fazendo valer essa premissa? Já respondo que não!!!

“O SUS É PARA TODOS”. Uma das grandes conquistas a ser lembrada com a criação do SUS, mas que não ocorre é a da participação popular na formulação das políticas de saúde e na sua fiscalização. Exemplificando: apontar problemas, decidir como enfrentar e como resolver. Definir o que se espera das ações de saúde e avaliar o que está sendo ou não alcançado. Desta forma espera-se que os projetos de saúde tendem a chegar mais perto da necessidade do nosso povo. Isso realmente está acontecendo no Brasil, no nosso Rio de Janeiro? Qual o papel real do Conselho Municipal de Saúde?

Nossa realidade mostra, uma população com crescente dificuldades de acesso, obrigada esperam em imensas filas por atendimento médico muitas vezes inadequado. Apesar dos problemas, é preciso reconhecer os avanços que tivemos com a criação do SUS, mesmo assim ainda falta um correto gerenciamento das nossas instituições, sobrando partidarismos e corporativismos elementares no andamento de todo o sistema. Mas, olhando pelo retrovisor da história podemos garantir, avançamos e muito. Precisamos mais do que nunca reestruturar esse sistema que tem dentro do seu arcabouço jurídico-legal, o bem-estar da sociedade, em suma, a busca da Felicidade para Todos. Portanto posso dizer de peito aberto: Reviva o SUS!!!!!!!!!

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