A Revolução da Sustentabilidade: Como os padrões IFRS S1 e S2 podem redefinir o futuro dos negócios

A Revolução da Sustentabilidade: Como os padrões IFRS S1 e S2 podem redefinir o futuro dos negócios

A história da humanidade é marcada por revoluções. A Revolução Industrial, a Revolução Digital e agora, quem sabe, a Revolução da Sustentabilidade. No centro desse movimento, temos o International Sustainability Standards Board (ISSB) que, como um maestro, rege a sinfonia das divulgações financeiras relacionadas à sustentabilidade, com a estreia de seus padrões inovadores - IFRS S1 e IFRS S2.

Imagine o IFRS S1 como um farol, iluminando o caminho para as corporações navegarem pelos mares tempestuosos da sustentabilidade. Ele estabelece um conjunto de requisitos de divulgação, meticulosamente projetados, que permitem que as empresas comuniquem aos investidores os riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade que enfrentam no curto, médio e longo prazo. Sob o guarda-chuva do IFRS S1, as empresas são compelidas a fornecer divulgações sobre os processos, controles e procedimentos de governança que empregam para monitorar, gerenciar e supervisionar riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade.

O IFRS S2, por outro lado, é como um termômetro, medindo a temperatura do planeta e estabelecendo divulgações específicas relacionadas ao clima. Ele é projetado para ser usado em conjunto com o IFRS S1, e ambos incorporam totalmente as recomendações da Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD). No conjunto de normas S2, as empresas precisarão divulgar seu inventário de emissões de gases de efeito estufa, desde as emissões diretas e relativas à energia utilizada nos processos, até as de escopo 3, que envolvem a cadeia de valor – desde os fornecedores até as emissões resultantes do uso do produto.

Os padrões IFRS S1 e S2 são como um escudo, protegendo o mercado de informações falsas ou pouco confiáveis, melhorando os critérios de verificação para evitar o greenwashing. Eles exigem que as empresas forneçam informações claras, precisas e verificáveis sobre suas emissões de gases de efeito estufa e suas estratégias de sustentabilidade. Isso torna mais difícil para as empresas exagerar ou distorcer suas ações de sustentabilidade. Além disso, os padrões exigem que as informações sejam auditadas por um auditor independente, o que ajuda a garantir que as informações sejam precisas e confiáveis.

O IFRS S1 e S2 também são como uma lupa, ampliando os impactos das ações de sustentabilidade e de descarbonização das empresas sobre seus balanços financeiros. Eles exigem que as empresas considerem como os riscos e oportunidades relacionados ao clima podem afetar seu desempenho financeiro e que incluam essas considerações em suas divulgações. Isso pode ajudar os investidores a entender melhor como as ações de sustentabilidade e descarbonização estão afetando o desempenho financeiro da empresa e a tomar decisões de investimento mais acertadas.

A introdução dos padrões representa um marco importante na divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade. Eles fornecem um idioma comum para a divulgação do efeito dos riscos e oportunidades relacionados ao clima nas perspectivas de uma empresa. Com a adoção e implementação desses padrões, as empresas podem comunicar de forma mais eficaz suas histórias de sustentabilidade de uma maneira robusta, comparável e verificável. Além disso, a conformidade com esses padrões é crucial para garantir o acesso ao crédito e manter a competitividade no mercado.

O IFRS S1 e S2 devem estabelecer um padrão global abrangente de divulgações financeiras relacionadas à sustentabilidade para os mercados de capitais. As autoridades jurisdicionais devem decidir se exigirão que as empresas apliquem os Padrões de Divulgação de Sustentabilidade do IFRS, que são projetados para funcionar com qualquer padrão contábil usado para preparar demonstrações financeiras, incluindo os Padrões Contábeis do IFRS.

A ideia é estabelecer uma linha de base global para permitir que as empresas forneçam informações sobre riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade que sejam úteis para a tomada de decisões dos investidores. Para reduzir os custos de implementação para as empresas que já relatam informações usando outros frameworks ou padrões, o IFRS S1 e o IFRS S2 além de incorporarem as recomendações do TCFD, se baseiam em materiais do Climate Disclosure Standards Board (CDSB), do SASB, do International Integrated Reporting Council (IIRC) e do International Accounting Standards Board (IASB).

Os benefícios prováveis da aplicação do IFRS S1 e do IFRS S2 incluem melhor transparência do mercado, melhoria do custo de capital ajustado ao risco e redução das dificuldades no processamento de informações de sustentabilidade, o que pode reduzir as divergências entre investidores e incertezas de investimento. A melhoria da transparência sobre os riscos relacionados à sustentabilidade também é esperada para contribuir para a estabilidade financeira a longo prazo, revelando informações úteis que permitirão uma tomada de decisão mais informada e melhor gestão desses riscos.

Os custos prováveis de aplicação do IFRS S1 e do IFRS S2 podem surgir de várias formas. Para suas implantações as empresas podem enfrentar custos para estabelecer ou modificar sistemas internos, processos de coleta de dados ou análise de dados. Com isso podem enfrentar custos relacionados à contratação de pessoal adicional ou aquisição de conhecimentos necessários, mudança na coleta e análise de dados, estabelecimento ou modificação de sistemas internos e produção ou modificação da produção de informações relatadas.

Para mitigar os custos, o ISSB introduziu várias medidas que reduzem os custos gerais de divulgação de informações relacionadas à sustentabilidade aplicando o IFRS S1 e o IFRS S2. Isso inclui a construção de frameworks e padrões bem estabelecidos, interoperabilidade com requisitos jurisdicionais, orientação e exemplos ilustrativos, alívios para ajudar todas as empresas, proporcionalidade parae mpresas com menos recursos e construção de capacidade.

Dessa forma, os padrões IFRS S1 e S2 surgem, não como meras sugestões, mas como imperativos para a sobrevivência e prosperidade no novo mundo dos negócios. Ignorá-los não é apenas um risco, mas uma sentença de obsolescência. As empresas que escolherem fechar os olhos para esses padrões estarão se colocando à margem do mercado, perdendo a confiança dos investidores e, consequentemente, a competitividade.

A não adoção desses padrões não só compromete a credibilidade da empresa, mas também a expõe a riscos financeiros e legais. A falta de transparência e a desinformação podem levar a decisões de investimento equivocadas, prejudicando a saúde financeira da empresa e a confiança do mercado. Além disso, a não conformidade com os padrões pode resultar em penalidades legais, à medida que os reguladores em todo o mundo começam a exigir divulgações financeiras relacionadas à sustentabilidade.

Portanto, a mensagem é clara: adotar os padrões IFRS S1 e S2 não é uma opção, mas uma necessidade. As empresas que abraçarem esses padrões estarão não apenas protegendo seus próprios interesses, mas também contribuindo para um futuro mais sustentável e justo. E aquelas que não o fizerem, estarão se colocando em um caminho de incertezas e riscos. A escolha é simples: adaptar-se ou ficar para trás.

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