Risco de Menopausa Precoce

Sabe aquela chance de ser “a escolhida” entre 1.000?

O sentimento deveria ser de felicidade, mas no caso do risco de uma Menopausa Precoce (menopausa = última menstruação), 99,9% das pacientes prefeririam estar entre as 999 mulheres não escolhidas.

Atendo diversas pacientes jovens que fazem sua rotina ginecológica anualmente.

Entre elas, atendi uma jovem entre 25 e 30 anos e no resultado do exame de ultrassom (USG) foi identificado que o ovário tinha um volume pequeno, apesar do resultado estar dentro dos valores de referência como normal.

Sintomas?

Nenhum! Não tinha histórico familiar de problemas, a menstruação era normal e não apresentava queixas ginecológicas. Ela fazia uso de pílula anticoncepcional, que reduz o volume ovariano, mas nesse caso ainda estava menor que o habitual.

Como especialista em reprodução assistida e preocupado com a saúde reprodutiva dessa paciente, suspendi o anticoncepcional e solicitei uma reavaliação após três meses, por meio de ultrassom transvaginal e do exame Anti-Mülleriano (AMH).

Os resultados apresentaram um AMH baixo e a persistência do volume ovariano reduzido, caracterizando um quadro de risco para Menopausa Precoce.

Como a paciente não tem um relacionamento fixo, foi orientada a fazer um banco de óvulos. Agora, ela está se programando para preservar sua fertilidade e irá congelar seus óvulos para usar no futuro.

Ser mãe faz parte dos seus planos?

Previna-se! Solicite ao seu ginecologista uma avaliação da sua saúde reprodutiva, durante a rotina ginecológica.

Prof. Dr. Thomas Miklos

CRM 86811

Reprodução Humana Assistida