Roda ESG de Impacto Futuro
O framework baseia-se na estrutura da Roda de Futuros, desenvolvido originalmente pelo futurista Jerome Glenn, mas aprofunda e integra, diretamente, diretrizes e atributos de ESG, permitindo visualizar as interconexões e os impactos entre os aspectos ambientais, sociais e de governança, com um recorte mais preciso e aprofundado. O objetivo é antecipar como as decisões e ações de uma empresa ou organização podem afetar essas três áreas, identificando riscos e oportunidades em uma perspectiva de longo prazo.
Estrutura da Roda ESG de Impacto Futuro
- Evento Central: No centro da roda, insere-se uma ação ou evento central de ambito Ambiental, Social ou de Governança que será analisada.
- Divisão ESG em 3 Eixos Primários: Diferente da Roda de Futuros original, onde os impactos primários são identificados de forma geral, a Roda ESG de Impacto Futuro divide automaticamente o evento em três dimensões principais, cada uma ligada aos pilares de ESG: Eixo Ambiental (E): Questões relacionadas a mudanças climáticas, uso de recursos naturais, gestão de resíduos, poluição, energia limpa, descarbonização, biodiversidade etc. Eixo Social (S): Impactos sobre comunidades, trabalhadores, direitos humanos, diversidade, equidade e inclusão, saúde e segurança, desenvolvimento de capital humano, entre outros. Eixo de Governança (G): Práticas de transparência, ética nos negócios, combate à corrupção, estrutura de liderança, diversidade no conselho de administração, política de compliance, responsabilidade corporativa etc.
- Consequências Primárias (1º Círculo): Para cada eixo de ESG, identifica-se as consequências diretas que a ação ou evento central pode gerar. Exemplo: Uma mudança na política de governança pode gerar uma melhoria imediata na transparência e nos processos decisórios.
- Consequências Secundárias (2º Círculo): Em seguida, mapeia-se as consequências indiretas derivadas das primárias. Exemplo: Melhoria na governança (G) pode, como consequência secundária, aumentar a confiança dos investidores, e a partir disso, melhorar o acesso a financiamento sustentável.
- Consequências Terciárias (3º Círculo): Continuando a análise, são identificadas as consequências mais distantes ou indiretas. Exemplo: Maior acesso ao financiamento sustentável pode permitir que a empresa invista mais em inovação tecnológica limpa, impactando positivamente no eixo ambiental (E), com redução de emissões de carbono.
Aplicação dos Atributos ESG em Cada Eixo
Ao aplicar a Roda ESG de Impacto Futuro, os atributos de ESG devem guiar a identificação dos impactos em cada eixo. Aqui estão exemplos de perguntas orientadoras:
- Ambiental (E): Como essa ação afeta a eficiência energética ou o uso de recursos naturais? Há uma contribuição para a redução de emissões de gases de efeito estufa ou para a proteção da biodiversidade? Quais são os impactos na cadeia de fornecimento em termos de sustentabilidade ambiental?
- Social (S): Quais comunidades ou grupos de stakeholders serão afetados por essa mudança? A decisão cria empregos de qualidade ou promove inclusão e diversidade? Há impactos na saúde e bem-estar dos colaboradores e das comunidades envolvidas?
- Governança (G): A governança corporativa está alinhada com as melhores práticas de ética e compliance? Existe um aumento na transparência e na accountability para com os acionistas? A liderança está comprometida com o desenvolvimento sustentável a longo prazo?
- Visão Holística: O framework integra os três pilares do ESG, permitindo que as empresas considerem de forma equilibrada os impactos ambientais, sociais e de governança de suas decisões.
- Tomada de Decisão Baseada em Impacto: Facilita a identificação de riscos e oportunidades de forma sistêmica, considerando as interconexões entre ESG e os desdobramentos futuros.
- Prevenção de Riscos Reputacionais: Ajuda a antecipar impactos negativos que podem afetar a imagem da empresa, além de promover uma gestão de riscos mais eficaz.
- Capacitação para o Crescimento Sustentável: Ao visualizar como decisões afetam os pilares ESG, o framework oferece um guia claro para o desenvolvimento de estratégias sustentáveis.
Imagine que uma empresa decide adotar uma política de descarbonização como seu evento central.
- Eixo Ambiental: As consequências primárias podem incluir redução de emissões, transição para energia limpa, enquanto as consequências secundárias podem ser melhorias na qualidade do ar, diminuição da pegada de carbono. Em um nível terciário, pode-se observar impactos como a redução de multas e maior conformidade regulatória.
- Eixo Social: Consequências primárias podem incluir a criação de novos empregos na área de energia renovável, melhorias nas condições de saúde das comunidades locais. Consequências secundárias podem envolver uma melhor imagem corporativa junto aos consumidores.
- Eixo de Governança: Consequências primárias podem incluir a criação de um comitê de sustentabilidade, enquanto as consequências secundárias podem ser uma maior atratividade para investidores focados em ESG.
NexIAlista | Conselheiro | Advisor | Professor | Consultor | Inteligência Artificial + Humana que Nunca 😉
3 mAlberto Malta Junior
NexIAlista | Conselheiro | Advisor | Professor | Consultor | Inteligência Artificial + Humana que Nunca 😉
3 mExcelente iniciativa, Wellington Porto!
MSc Professional Futurist, TEDx Speaker, Foresight Consultant, Global Executive Teach the Future, Director The Millennium Project Brasil
3 mque legal! você utilizou o modelo da Roda do Millennium Project criado pelo Gustavo Machado e pelo Diego Maffazzioli?