São precisos apoios para combater juros. Exportar e investir é o segredo. Salários de licenciados sem evolução.
Boa tarde. No início de mais uma semana, são estas as notícias selecionadas para si:
Empresas. São precisos apoios para combater juros
O Banco Central Europeu aumentou pela oitava vez consecutiva as taxas de juro diretoras, o que não causou surpresa, tendo em conta a determinação do banco central em atingir o objetivo de uma inflação em torno de 2% no médio prazo. Mas os efeitos deste novo aumento são controversos, pois se, por um lado, ajudam a combater a inflação, por outro, intensificam as dificuldades nas condições de financiamento por parte das empresas e das famílias. “Este novo aumento das taxas de juro penaliza as empresas e agrava as suas dificuldades no financiamento, adiando investimentos na inovação, no capital humano, na transição energética, entre outros”, salienta o presidente do Conselho de Administração da AEP, ao jornal “Novo”, acrescentando que estes investimentos “são fundamentais para a melhoria da produtividade e competitividade das nossas empresas e do nosso país”. Nesse sentido, Luís Miguel Ribeiro sublinha que cabe ao Governo apoiar o tecido empresarial, “nomeadamente através da rápida implementação do Portugal 2030 e do PRR”, bem como avançar com uma redução da carga fiscal “por forma a aliviar as empresas e as famílias”. [Ler mais]
Crescimento. Exportar e investir é o segredo
O Banco de Portugal (BdP) reviu em alta o crescimento da economia portuguesa entre 2023 e 2025, tendo o investimento e, sobretudo, as exportações como principais impulsionadores, contribuindo para que se estime para este ano um saldo positivo da balança de bens e serviços (1,7% do PIB), o que não acontecia desde 2019. De notar que nas previsões de março o BdP apontava para um défice de 0,2%. Quanto ao consumo privado, a componente com maior peso, projeta-se um crescimento abaixo do PIB, em resultado da inflação elevada e da deterioração das condições de financiamento. A evolução do investimento, sobretudo na componente empresarial, é condicionada pelas medidas de política monetária mais restritivas, perspetivando-se uma forte dinâmica do investimento público, impulsionado pela execução dos fundos europeus. A projeção para a inflação em 2023 é de 5,2%, menos 0,3 pontos percentuais face à previsão anterior. Contudo a pressão nos preços, excluindo os bens energéticos e alimentares (a denominada inflação subjacente), é revista em alta em 0,6 pontos percentuais. De notar que a revisão em alta da inflação subjacente para a Zona Euro foi precisamente um dos fatores que ditou o oitavo aumento consecutivo das taxas de juro diretoras por parte do Banco Central Europeu. Como reflexo da economia a crescer, a dívida pública deverá situar-se abaixo de 100% do PIB em 2024. [Ler mais]
Estudo. Salários de licenciados sem evolução
A Fundação José Neves (FJN) lançou a terceira edição do estudo “Estado da Nação: Educação, Emprego e Competências em Portugal” e chegou à conclusão que o diferencial de salários entre jovens que concluíram o Ensino Secundário e os que concluíram o Ensino Superior é cada vez mais curto, tendo em dez anos esta diferença diminuído de 50% para 27%. Já quem possui um grau de mestrado face a uma licenciatura regista uma diferença salarial na ordem dos 10%. O documento elaborado anualmente pela FJN diz ainda que é necessário estimular a coordenação entre instituições de educação e as empresas de modo a reter os talentos formados nas universidades e a aumentar a produtividade e a competitividade das empresas. [Ler mais]
Curtas
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Frase
“A experiência que as empresas com assento no Conselho Geral trazem para a AEP será seguramente uma mais-valia para a continuação da defesa dos interesses das empresas e consequente afirmação da AEP”
José Manuel Fernandes, Presidente do Conselho Geral da AEP
Número
3,4 mil milhões de euros do Portugal 2030 destinados a apoiar investimentos na mobilidade urbana sustentável e nas redes de transportes. A maioria (2.707 milhões) virá do Sustentável 2030
Agenda
Opinião. A logística via e-commerce
“O e-commerce veio abrir um modelo novo de exposição instantânea ao mercado internacional e permitir que as empresas alcancem o objetivo extraordinário de expansão internacional a baixos custos. (…) Contudo, ainda que se suponha que o e-commerce elimina todas as fronteiras nacionais, existem barreiras quer externas quer internas, que precisam ser superadas” – as palavras de Raul Magalhães, presidente da Associação Portuguesa de Logística – APLOG, na 27.ª edição da revista BOW, dedicada aos temas “Logística, Cadeia de Abastecimento, E-commerce e Internacionalização”. [Ler mais]
É tudo, por hoje. Até amanhã.