São Simão e Ribeirão Preto, foram mais importantes no passado.

São Simão e Ribeirão Preto, foram mais importantes no passado.

Campeonato A LIGA MTB, terceira etapa disputada ontem na cidade de São Simão.

São Simão que deu origem á cidade de Ribeirão Preto, já foi mais importante no cenário nacional que hoje. Ribeirão Preto também.

O prazer de disputar uma prova na cidade de São Simão e a sensação de estarmos em família, entre irmãos, sempre recebido com cortesia pela população simonense.

Toda esse bem-estar entre as cidades tem origem na história .A cidade praticamente deu origem à Ribeirão Preto.

No dia 13 de julho, em 1874, na Villa do Ribeirão Preto, foi realizada a PRIMEIRA SESSÃO DA CÂMARA MUNICIPAL. Relembrando, a elevação à Villa (município), desmembrada de São Simão, deu-se em 12 de abril de 1871 (Lei Provincial n. 67). A eleição para a escolha dos primeiros vereadores aconteceu a 22 de fevereiro de 1874, tendo sido apurada em 18 de maio de 1874. O município foi instalado e a Câmara constituída em 04 de junho de 1874. Veja a transcrição da ATA, quem foram os primeiros vereadores, quem assumiu a presidência e onde foi realizada a primeira sessão.

A história de São Simão começa pelos idos de 1823, quando Simão da Silva Teixeira perdeu o rumo na densa floresta e, evocando Deus, se comprometeu a, caso sobrevivesse, ali naquele local, erigir uma capela em louvor a São Simão. Em 1.835, doou terras para o patrimônio, surgindo assim o povoado.

Uma epopeia é sempre um relato de acontecimentos: o sujeito da enunciação assume-se como narrador e dispõe-se a discorrer sobre um fato acontecido ou conjunto de acontecimentos a um determinado público. Assim é que, na presente obra, são narrados os principais sucessos da história de São Simão, a começar pelos idos de 1823, quando Simão da Silva Teixeira perdeu o rumo na densa floresta e, evocando Deus, se comprometeu a, caso sobrevivesse, ali naquele local, erigir uma capela em louvor a São Simão. Em 1.835, doou terras para o patrimônio, surgindo assim o povoado. Relata o surto de varíola de 1.871 e o trabalho incansável dos médicos Jorge Fairbanks e Simon Filidóris. Narra a dúvida, surgida em 1.882, quanto a titularidade das terras, onde foi aberta aquela que é hoje a artéria principal da cidade, a rua Deodoro da Fonseca.

Discorre como, em 1.886, D. Maria Tereza de Jesus, esposa de João Batista Bueno, ante a ocorrência de grave moléstia de uma de suas filhas, desesperada, saiu para os campos que lhe pertenciam, numa madrugada, chorando e de joelhos, comprometeu-se, caso a filha sarasse, erguer uma capela em louvor do Santo Lenho, surgindo, assim, a Capela Santa Cruz, hoje a Igreja de Santo Antônio. Informa sobre a necessidade que a então vila sentia de uma botica e o aparecimento do Tenente Francisco Garcia Duarte, em 31 de agosto de 1.887, o qual prestou relevante serviços à comunidade e dele descende toda a família Garcia Duarte, símbolo de honradez, trabalho e probidade .Noticia, outrossim, a carência de iluminação, tendo vencido a concorrência para implantá-la o Sr.´Felício ANTONIO Finamori, com inauguração em junho de 1.888.

Também a água foi objeto de sua apreciação, imputando ao Dr. Jorge Fairbanks e ao punhado de abnegados o rasgar o chão e colocar os canos de latão confeccionados por Martin Grassmann. Uma torneira foi instalada no Largo do Edifício Municipal. Outra torneira foi instalada no Largo da Matriz e a terceira, um pouco mais abaixo, no Largo da Matriz Nova.O serviço foi inaugurado em 17 de julho de 1.888. Também foi evocada a chegada do primeiro professor de São Simão, Oscar Pinto Pacca, em 29 de novembro de 1.888. Lembra, ainda, de um fato que deu grande fama a São Simão e que aconteceu no dia 31 de janeiro de 1.888. Foi votado pelos senhores edis uma moção que dizia: "O Brasil necessita de que a Assembleia Constituinte reúna-se para revogação da Carta Magna de 1.824. Não é mais, este país, a nação embrionária da promulgação da referida Carta, que instituiu a Monarquia. Tem, o mesmo, passado já por várias fases políticas aliadas aos elementos novos que se assimilaram aos elementos primitivos da terra. Há também, a eminente redenção dos escravos e a organização do trabalho livre. Juntando-se a isso, está a educação do provo e o progresso industrial. Portanto, não pode o Brasil, continuar a ser uma Monarquia, quando tudo indica que já é tempo de dirigir-se como Federação Unitária Democrática, isto é, República, onde o povo eleja seu dirigente pelo voto individual, secreto e livre". Por essa razão São Simão é considerada o Berço da República. Assim que foi proclamada a República, os homens que, até então, eram autoridades, passaram os poderes aos novos governantes: Rodolfo Miranda, José Carvalho Leme e Dr. Americano Freire. Dentre os que assinaram a ata de posse desses novos dirigentes estava Diogo da Silva Rocha, o "Dioguinho". Discorre, mais, sobre a iniciativa do Dr. Jorge Fairbanks para a construção de uma ferrovia, que saísse de São Simão, passasse por Bento Quirino e chegasse até Serra Azul.A empresa constituída chamar-se-ia "Companhia Melhoramentos de São Simão". Justamente quando a cidade fervilhava de progresso, grassou a febre amarela, dizimando a população e chegando a ceifar a vida do Dr. Coutinho, chefe da equipe médica que viera da Capital essa equipe médica da Capital, chegou a São .Simão, em 1.892, o Dr. José Vieira Netto Leme, que, em uma tarde em seu consultório recebeu a visita de um paciente, a quem pediu para despir-se, auscultando lhe e depois receitando as devidas poções. Indagado se soubesse que havia atendido, respondeu que não costumasse indagar sobre os nomes de seus pacientes. Empalideceu ao saber que havia tratado do famoso e temível "Dioguinho". Com o ribombar dos sinos, o povo apressou-se em seguir para a Matriz.Era noite e a igreja estava iluminada por círios tremeluzentes. O ofício religioso teve início ao som do possante órgão recém chegado da Alemanha. Terminada reza, o padre José Rodrigues Secker mandou que se apagassem os círios, um a um. Quando o templo ficou completamente às escuras, o engenheiro José Ribeiro Pirajá e seu filho ligaram a chave de contato e as lâmpadas elétricas encheram de luz o recinto. São Simão viu pela vez primeira a luz elétrica, em março de 1.900. Lembra o autor, também, de contar a razão da cruz negra fincada na praça Artur Pires. Um antigo membro da tradicional família Azevedo, em ação de graças pelo seu enriquecimento, legou em seu testamento quantia suficiente para erigir dentro do que era então as suas terras uma capela em louvor a Nossa Senhora Aparecida. Passado o período de luro, os herdeiros ali lançaram a pedra fundamental da futura casa de oração. O pároco, porém, pediu aos herdeiros que abrissem mão do dinheiro legado e lhe ofertassem para completar a quantia de que necessitava para a aquisição da obra de arte que é o altar-mor da matriz, encomendada na Itália ao escultor Marino Del Fávaro. Segundo o autor, São Simão teve sua versão de "Romeu e Julieta". Ela se chamava Lídia e, ele, Osório. Eles se amavam, mas as famílias se detestavam. Uma família amiga e o padre tentaram ajudar, tudo em vão. Como os amantes estivessem impossibilitados de se encontrarem, dada a vigilância das duas famílias, Lídia , após meses de sofrimento moral, colheu, no pátio de sua casa, todos os lírios que pode abraçar, calafetou todas as frestas de portas e janelas, decidindo que as flores seriam as companheiras na sua solidão eterna. Na manhã seguinte foi encontrada morta. Outras informações no livro: como eram chamadas as ruas antigas e os nomes atuais; o primeiro casamento, o primeiro batizado e o primeiro óbito. Lembra o autor da família Louzada, cujos membros são descendentes de Cláudio Louzada. Recorda da "Tia Cora", a parteira , que era pequena, magrinha, de cabelos muito brancos, muito solícita e prestativa, estando onde quer que a sua ajuda fosse necessária. Fala, ainda, dos "Machado", cujo chefe foi Rufino Teixeira Machado, que foi Intendente da Câmara Municipal. Também lembra dos "Pires de Oliveira", recordando-se dos varões Avelino Pires de Oliveira e Salvador Pires de Oliveira. Menciona os "'Corrêa", cujo patriarca Prudente Osório Corrêa foi, por duas vezes Intendente da Câmara no tempo da Monarquia. Em "Requiescat in Pacce", são lembrados os homens que deram de si para o desenvolvimento da cidade. Ao final, o autor apresenta sob o título de "Retalhos" algumas crônicas.

Epopeia de Um Povo ( História da cidade de São Simão)

de FERRARI MASSARO, Paulo

Ano: 1963

Nº de Páginas: 182 pp.

Editora: Saraiva

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