A saída é inspirar, não reclamar
Atualmente percebo o quanto as pessoas estão tensas, fechadas e mau humoradas. É certo que o momento do país não está favorável para grandes comemorações, especialmente no mundo corporativo. Mas acredito que precisamos ser maiores que a crise agindo de forma assertiva, positiva e colaborativa. É aquele velho ditado: se não pode fazer tudo o que quer, faça tudo o que pode. Mas não se afunde em lamentações.
Quem não conhece alguém que reclama sem parar? Alguns são especialistas e praticam do nascer ao por sol. Reclamam do horário que acordam, do tempo, dos colegas, do trabalho, do salário, da comida, do peso e às vezes até por terem nascido. Parecem verdadeiros sobreviventes a cada novo dia!
Fico pensando como deve ser cansativo e chato o viver desses sobreviventes. Num dia com 24 h para escolhermos várias possibilidades, além daquelas que podemos inventar, a opção deles é sempre reclamar, seja através de palavras ou caras e bocas. Parecem artistas natos da dramaturgia, que acabam com a paz do ambiente e com a paciência de todo mundo.
Observando alguns tipos, noto algumas alternativas que parecem motivar esse comportamento.
- Uma forma de ter atenção dos outros: a pessoa com baixa autoestima, que tem necessidade de ser o centro das atenções. A insegurança causada pela baixa autoestima, traz a sensação angustiante de não ser notável, não ser aceito. E então, o reclamar se torna o meio mais fácil de atingir o objetivo, que é ser notável.
- Deixar claro que a própria vida não é fácil: há indícios de que pessoa tenha dificuldades de relacionamento interpessoal. Essa é a vítima da própria vida, e acredita que nada dá certo e que tudo é mais difícil para ela do que para os outros. “E quem disse que seria fácil?”
- Implorar piedade: nada agradáveis, são aquelas pessoas que demonstram carência, acreditam que as coisas não melhoram porque ninguém ajuda e se fazem de “coitadinhas”, acumulando desculpas para não progredirem na vida.
- Falta de assunto: por incrível que pareça, muitas pessoas que não conseguem manter um diálogo agradável ou não sabem falar sobre determinado assunto numa roda de conversa, começam a ladainha de reclamações sem fim.
Não sendo possível ficar longe dessas criaturas, o mais importante é saber conviver com sabedoria entre os que fazem da reclamação um hábito em suas vidas. Provavelmente esses indivíduos não se preocupam em mudar por não perceberem tal atitude e ainda podem “contaminar”, deixando o ambiente "pesado" e as pessoas irritadas.
Comece a observar as pessoas da família, do trabalho, os amigos.
Observe-se e descubra quem são os “sobreviventes” que estão tirando sua alegria, energia e bom humor. Contamine-os com suas atitudes positivas!